Zangam-se as comadres...
... E temos Governo e o Presidente da República quase em rota de colisão.
As últimas notícias vindas a lume referem que Marcelo sabia, antes do seu violento discurso proferido em Oliveira do Hospital, o que AC estava a tencionar fazer em relação a uma eventual remodelação governativa. Ao invés, o PR acusa o Governo de não ter percebido o que se passou na sociedade portuguesa, nomeadamente com as vítimas dos fogos.
Verdadeira troca de galhardetes.
Pegando neste assunto e olhando para ele de forma equidistante e desapaixonada fico com a estranha sensação que as "comadres" governativas se zangaram profundamente. Assim sendo não imagino quais os próximos passos nesta relação que em tempos foi muito profíqua.
Até à entrada deste Verão ninguém em Portugal imaginaria que esta amizade entre uma esquerda demagógica e trauliteira e um Presidente festivaleiro e omnipresente, acabasse nesta espécie de arrufo. Mas veio o Verão quente, seco e assassino e logo tudo o que era amizade e compromisso se toldou numa tempestade.
O Primeiro Ministro não gostou obviamente da chamada de atenção do Professor Marcelo. Sentiu-se diminuido e quase humilhado. Por isso arranjou maneira de através de um conflito institucional se libertar da imagem de um governante frio e distante do povo que não o elegeu.
Não imagino como irá terminar este sarilho. Todavia o que fica é que as relações entre estas "comadres" esfriaram.
A geringonça teve o seu primeiro grande revés.
... Falta agora descobrir as verdades de parte a parte.