Utopia ou realidade?
Como se percebe pelas recentes notícias a política de limpeza das matas continua um horror. Tirando um caso aqui e ali, maioritariamente a floresta continua repleta de mato e inertes. E é neste último ponto que me vou focar hoje.
Desde o início de 2015 que iniciei uma espécie de demanda contra o mau estado dos terrenos agrícolas pertencentes ao meu pai. Uma luta dura que me tem gasto tempo e muuuuuuuuito dinheiro. Todas as semanas lá vai mais uma transferência para pagar mais uns dias de trabalho de um ou mais homens.
No entanto ainda fica muito por fazer. Especialmente a queima dos inertes ou sobrantes. O que equivali«e dizer que não obstante o desbaste e corte de mato grosso e robusto, mais não posso fazer senão deixá-lo no chão a aguardar que chova para que possa ser queimado.
Mas fica a pergunta: e se não chover?
Pois... é aqui que "a porca torce o rabo" e em vez de termos mato verde e espalhado, temos o mesmo cortado e a secar, transformando-se em pequenos barris de pólvora, sempre prontos a arder.
Na verdade quem se senta por detrás de uma secretária a proferir legislação e a dar entrevistas não tem conhecimento da realidade do terreno. E nem aponto isso como desinteresse, apenas desconhecimento.
Sugiro por isso que em cada freguesia haja alguém a fazer o apanhado dos terrenos que estão a ser limpos, mas sem possibilidade de queima, de forma a fazerem a respectiva recolha por empresas que criam energia com estes sobrantes.
Resolviam-se assim dois problemas: o mato era cortado e não haveria necessidade de queimar, colocando em perigo matas e povoações.
Tenho consciência que tudo o que escrevi acima não passará de pura utopia. Mas pelo menos fica a ideia!