Uma questão de... mau cheiro!
Sempre pensei que com o Covid as pessoas ficassem mais cuidadosas com a limpeza. Das mãos, dos objectos, da comida etc. etc. etc.
O asseio pessoal foi sempre algo que valorizei. Mas há quem não pense assim ou no mínimo se sinta assim.Eu explico.
Hoje fui fazer um exame que constava em saber em que medida a minha rinite alérgica (coisa que até há uns meses, nem sabia que tinha!!!) influencia a respiração e consequentemente a minha pobre audição.
A rinitometria era às nove da manhã e dez minutos antes já lá estava. À hora certa chamaram-ne a um gabinete onde fui recebido por uma técnica especializada na área. Não imagino (também não perguntei) se era médica, enfermeira ou uma técnica especializada naquele tipo de exame. Era ainda jovem, mas um tanto forte. De forma competente e assertiva explicou-me o que iria fazer e como decorreria o exame, que não sendo doloroso, poderia tornar-se... aborrecido. Aceitei as explicaçõe e lá fui para uma espécie de cabine telefónica das antigas.
Quando a técnica se aproximou para me explicar com mais detalhe o que teria de fazer, veio ao meu sensível nariz o perfume nauseabundo de um sovaquinho. Aguentei! Mas custou apreciar aquele aroma. Ainda pensei que fosse impressão minha, mas de cada vez que a senhora se aproximava... lá vinha o pivete.
Provavelmente a senhora nem nota que cheira mal. Mas não haverá ninguém no serviço capaz de a chamar à atenção? No fundo fiquei sem saber se aquilo seria falta de higiene, pura e dura, ou somente alguém que já se habituou de tal maneira ao seu odor que nem percebe como incomoda os outros?
Na minha vida conheci diversas pessoas com este problema. Umas era mesmo falta de higiene, outras até tomavam banho, mas por alguma razão ficavam logo com um odor pestilento a suor. Todavia nenhum dos que conheci trabalhava com público, nem eram agentes da saúde... como é a senhora que me atendeu hoje!