Um flagelo (infelizmente) bem aceso!
Ano após ano, Verão atrás de Verão a história repete-se em Portugal! Falo como imaginam de fogos ou incêndios como lhe queiram chamar. Daqueles activados ou dos que nascem espontaneamente (pois também os há!!!).
Quando em Junho de 2017 aconteceu Pedrogão Grande com 66 mortos e mais umas dezenas em Outubro, como sempre muito se estudou, muito se prometeu, mas nada se fez. Ou o que foi feito foi insuficiente.
Recordo por aquela altura escutou-se amiúde um conhecedor da problemática dos incêndios florestais, o Professor Xavier Viegas, que denunciou publicamente a insuficiente capacidade de Portugal em lidar com os incêndios. Falou muitas vezes de como minimizar a situação propondo diversas soluções que eram obviamente onerosas e às quais o Governo disse que sim senhor, mas não passou para o papel... muito menos para a acção.
Este ano de 2022 foi pobre em água, o calor surgiu quase de repente e de um minuto para o outro Portugal pinta-se de vermelho dos avisos da Protecção Civil, mas acima de tudo pelos muitos fogos que vão devorando as poucas matas existentes.
Governo e PR mostram muita preocupação com o estado em que está o País nestes derradeiros dias, mas sabemos que passada esta crise voltam a esquecer-se das actuais preocupações e aguardamos pelo ano seguinte...
A par daquilo que não se faz no terreno e que se deveria fazer, há um pequeno detalhe e que se prende com a nossa justiça, especialmente no que se refere às condenações dos incêndiários que quase todos os anos repetem a "gracinha" de atear mais umas mechas...
Enquanto mantivermos esta justiça, demasiado branda para os criminosos e altamente injusta para as vítimas, jamais seremos capazes de por fim a este flagelo. Ou minimizá-lo!