Teleprisão!
A tecnologia é uma arte fantástica. O que antigamente parecia só ser possível em filmes de ficção ciêntifica, está agora disponível à distândia da nossa mão.
Telefones, tablets, portáteis, televisões, monitores e toda uma série de apetrechos surgem nas nossas vidas como algo indispensável.
Vou ao futebol e vejo adeptos a preferirem o telemóvel ao espectáculo que está a decorrer. No teatro enquanto se espera que o pano se erga vamos dedilhando mensagens em vez de falar com a companhia ao nosso lado. Numa qualquer sala de espera de um consultório já não revistas puídas e desactualizadas. Para quê? O telemóvel diz-nos tudo o que queremos ou gostamos de saber.
Também estou preso a estes equipamentos, mas reconheço que devo libertar-me deste jugo tecnológico que quase comanda a minha vida, quanto antes. Porque não devemos ficar reféns de ninguém e muito menos de máquinas.
É certo que a informação corre hoje muito mais depressa. As mentiras antigamente espalhadas podem ser agora denunciadas, os factos reais são mostrados sem filtros, numa efemeridade atroz, pois num segundo tudo muda.
As redes sociais são assim um campo minado recheado de desinformação, que só serve para algumas figuras surgirem na ribalta e verem o seu nome proferido por quem nunca os conheceu!
A verdade não é mais interessante! O que conta mesmo é a consciência de saber se cada um de nós existe! Para outrém ver!