Tecnologia ou vaidade?
Lembro-me do primeiro frigorífico lá em casa, assim como do primeiro fogão e mais tarde da primeira televisão. Destes objectos já nenhum existe, foram substituídos por outros mais modernos. Todavia duraram dezenas de anos. Recordo ainda do ferro de engomar da minha mãe, de ferro, de um fogareiro onde ardia o carvão para fazer um churrasco e de uma velha telefonia castanha em baquelite.
Meio século passado a velocidade com que trocamos de objectos, mesmo os mais caros, é deveras impressionante. Naturalmente entendo que, estando a nossa sociedade cada vez mais adaptada às novas tecnologias, estas deixaram de ser uma utilidade para ser uma espécie de estatuto de vida.
Salvas honrosas excepções a maioria das pessoas não necessita de tanta modernidade. Ter um telemóvel de última geração, um "tablet" e um portátil, e tudo ao mesmo tempo é sinal de um estatuto igual ou semelhante aos dos meus antigos colegas quando surgiam na escola com uma motorizada nova.
Tenho este portátil donde me assino e um telemóvel moderno. Mas para durarem anos até que morram de velhice informática.