PCP: que futuro?
Se ainda houvesse dúvidas quanto à postura subserviente do PCP ao Kremlin liderado por Putin, a ausência deste partido hoje, na Assembleia da República, aquando do discurso de Zelensky, eliminaria aquelas dúvidas.
Não sendo eu um simpatizante do PCP, portanto insuspeito, lamento, todavia, que um partido que se diz democrático e defensor das “amplas liberdades” tenha tomado uma atitude tão pouco democrática. Nem precisaria de aplaudir, bastaria estar presente.
O problema é que o PCP se encerrou numa ideia e postura da qual não pretende (ou não pode) sair. O fechar de olhos ao que o rodeia, durante os últimos anos, fez com que os outros partidos ganhassem eleitorado que já fora do PCP, mas que agora não se revêm naquele pensamento tão… soviético.
O caso desta ausência será mais um tiro no próprio pé do partido de Jerónimo de Sousa. E desta vez nem foi uma mera bala, mas um obus pesado e que irá deixar marcas profundas. Definitivamente um partido como o PCP não pode defender esta invasão bárbara por parte da Rússia à Ucrânia. Simplesmente não pode!
Mais… eu gostaria de saber qual seria a posição do Partido Comunista se a Coreia do Sul invadisse a Coreia do Norte?
Termino com o prognóstico que nas próximas eleições o PCP irá reduzir ainda mais a sua participação na AR. Depois não se queixe que a culpa é da direita!