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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Hoje dia da mulher!

Porque escrevo hoje sobre a mulher e não escrevi ontem? É de propósito.

Porque detesto olimpicamente os "Dias de..."

Portanto se ontem foi dia internacional da mulher hoje é de quem? Do gato, pulga, piriquito ou do Dragão da Tasmânia?

Já escrevi o que sinto sobre esta coisa horrível da paridade. Aqui neste meu postal do ano passado. Enquanto tiver dois dedos de testa jamais poderei concordar com uma lei que coloca as mulheres num posição mais fragilizada.

Sei que a violência doméstica é um dos problemas graves da nossa sociedade e a meu ver nunca terá solução, porque o problema continua a ser uma justiça branda e muuuuuuuuuuuuuuito permissiva.

Reconheço também que muitas mulheres são prejudicadas nos seus trabalhos pela maternidade. É, infelizmente, um dado adquirido. Mas que poderia ter solução. Basta que todos na Concertação Social entrem em acordo.

Uma nota à parte (fui avô há pouco mais de um mês o que equivale dizer o meu filho mais novo está desde o início de Fevereiro em casa de licença parental. Relembro aos mais novos que quando este meu filho nasceu tive direito a... dois dias... dois!)

Voltando ao dia da mulher... acho injusto que este dia não seja hoje ou anteontem! Porque digam o que disserem os dias das mulheres são todos os dias. TODOS. Sem excepção.

Daí o título deste meu postal. Hoje dia 9 de Março!

Dia da Mulher

Celebra-se há muitos anos este dia 8 que é dedicado ao eterno feminino. Pretende-se com este alertar para as desigualdades entre homens e mulheres, estando estas geralmente em grande desvantagem.

Sou olimpicamente a favor da igualdade de direitos e deveres para ambos os sexos. Reconheço, por exemplo, que em termos de mão de obra qualificada as mulheres são geralmente melhores que os homens. Não é uma opinião é a assumpção de um facto, tendo em conta a experiência que tive quando estive no activo.

Na empresa onde trabalhei muito tempo a igualdade era algo evidente. Havia mulheres desde a administração, passando por direcções de departamentos, coordenações e outras chefias. E tirando um caso ou outro, como excepção, todas se mostraram muito mais competentes que os homens. Especialmente quando tinham como base equipas masculinas.

Posso mesmo dar o exemplo da minha mulher que chefiou diversas equipas durante mais de vinte anos e sempre conseguiu liderar os homens que com ela trabalharam. Liderava não chefiava!

Talvez por isto e quiçá pela minha educação em que sempre partilhei trabalhos, outrora femininos, tenho alguma relutância em aceitar a ideia de haver uma lei que obrigue que determinado sector tenha o mesmo número de mulheres e homens.

Fico assim a pensar que determinada mulher poderá ocupar um lugar não porque se mostrou competente, mas porque há uma lei que a isso (quase) obriga. Nada mais vil para uma mulher. Ou dito por outras palavras, se eu fosse uma delas detestaria ser abrangida por essa lei.

Tenho consciência que as mulheres foram sempre vistas como o sexo fraco. Mas eu pergunto quem seria o homem que aguentaria 9 meses com uma criança no ventre, pari-lo e estar sempre disponível para ele?

Obviamente que há em Portugal demasiada violência doméstica e abusos sexuais em que as mulheres são maioritariamente as vítimas. Mas isso porque temos uma justiça seriamente permissiva e complacente.

A mulher é na sua essência assaz diferente do homem. Ainda bem acrescento. Mas NUNCA inferior. NUNCA!

Valentina, a valente!

Infelizmente não o suficiente.

Tenho muita dificuldade em entender o crime da Atougia da Baleia. Como pai, tio, tio-avô e mais recentemente avô não consigo imaginar o que levará um homem ou uma mulher a cometer um infanticídio.

Este problema leva-me para um assunto que é muitas vezes debatido, mas poucas vezes assumido e que se prende com a incapacidade que muitas pessoas demonstram para serem progenitoras. Infelizmente conheço alguns casos.

Já o disse algures por aí que as crianças não vêm ao mundo com manual incluído, qual electrodoméstico. Bem pelo contrário: do mesmo pai e mãe saem crianças completamente diferentes, fisica e intelectualmente. Deste modo o tal manual temos de ser nós pais a escrevê-lo. E quase diariamente.

A menina Valentina teve a valentia de há dois anos sair de casa. Sózinha.

Com esse acto chamou a atenção de algumas autoridades... que mais tarde arquivaram o processo por não haver razões evidentes de maus tratos. E que culminou nesta tragédia...

A responsabilidade dos técnicos que avaliaram aquela família vai ser igual a... zero. E mesmo que fossem chamados a responder a algumas questões, aqueles provavelmente diriam que na altura da avaliação não perceberam nenhum perigo para a criança.

Reconheço que o ambiente familiar pode ser deteriorado por diversos factores: desemprego, álcool, droga, depressão, descompensação familiar ou mais recentemente com este confinamento obrigatório que obrigou (passe o pleonasmo!), em muitos casos, a evidências violentas quase sempre escondidas.

Todavia nada disto é razão para se matar uma inocente, mesmo que tenha sido de forma acidental... o que certamente não se provará!

Só espero que a justiça seja realmente feita! As pessoas que cometem estes crimes de violência doméstica não merecem novas oportunidades... Eles também não as deram!

O meu destaque

Abro aqui uma nova secção.

A exemplo do que faz o Sapo aqui e o blogue Delito de Opinião também aqui, achei por bem fazer um destaque de textos que vou lendo e que gosto e que a Sapo não considerou relevante.

Começo assim por um tema que está, infelizmente, na "ordem do dia" e que se prende com a violência doméstica, cada vez mais um flagelo nacional, sem fim à vista.

Portanto eis o meu destaque de hoje:

http://stoneartportugal.blogs.sapo.pt/

 

 

Violência doméstica - Um acto cobarde

Ultimamente tem sido frequentes as notícias sobre violência doméstica com alguns casos a terminarem em profunda tragédia. Algo inconcebível no século XXI.

Mas o que mais estranho é que a justiça não defenda convenientemente as vítimas. Um destes dias uma mulher foi retirada de sua casa evitando-se assim mais violência. Nesse mesmo instante perguntei porque não devia ser o homem a sair direito aos calabouços?

Não sou sociólogo, psiquiatra ou psicólogo para tentar explicar o... inexplicável. Que eu saiba nenhum outro animal violenta a sua fêmea só por prazer ou para descarregar as frustações da sua vida.

Depois são as próprias vítimas que, reféns da situação para a qual nada contribuiram, recusam assumir a dita violência e escondem as marcas como podem.

Creio ser assim chegado o tempo das mulheres libertarem finalmente de um dogma que só envergonha a raça humana.

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