Fiquei contente quando soube que a criança em Proença-a-Velha fora encontrada!
Quem como eu lida diariamente com uma neta com idade aproximada do petiz Noah nem imagina a aflição dos pais durante as 30 horas em que a criança esteve desaparecida.
Porém desde o dealbar desta situação que alguns acontecimentos me pareceram de cariz duvidoso. E tudo se adensou no meu pensamento quando o inocente foi, neste fim de tarde, encontrado a quatro quilómetros de casa (se fosse em linha recta), mas que teria de perfazer mais de 10 para chegar ao local.
Ora uma criança de 2 anos, por muito desenvolvida que seja, não apresenta tamanha aotonomia, Diria que morfologicamente seria quase impossível. Já para não falar de diversos cursos de água que teria de encontrar pelo caminho e demais impedimentos naturais. Depois houve a noite, a fome, a sede, o sono, o frio e quiçá a chuva. No fundo demasiados dados negativos concentrados numa só criança. Ainda por cima tão pequena.
Não quero, nem desejo especular sobre aquilo que se irá apurar, se se conseguir chegar a alguma conclusão, mas tenho a sensação de que a verdade sobre este estranho desaparecimento ainda estará muito longe de ser revelada.
Ficam portanto as boas notícias do aparecimento do menino, perduram as estranhas!
Hoje fui às compras numa grande superfície. Como o faço normalmente de dois em dois meses.
Como ainda somos alguns lá em casa há produtos que compramos em quantidade. É o caso do leite.
Quando cheguei à caixa comecei a dispor algumas compras, mas quando cheguei ao leite achei que não havia problema em deixar estar os pacotes no carro. E disse-o ao operador que concordou.
Por isso ergueu-se da sua cadeira e contou 7 conjuntos de seis pacotes de leite. Avancei eu:
- São 42 litros. São sete vezes seis...
- Mas não são 42... são 48!
Observou tão convictamente que me calei e deixei para o meu filho mais novo o real esclarecimento. Isto entre a juventude corre melhor, digo eu.
Na verdade o jovem caixa insistia nos 48 até que decidiu ir ao bolso, retirar o telemóvel, fazer a conta e perceber no final que estávamos certos.
Não costumo falar nem opinar sobre algo que não entendo ou sobre o qual não tenho todos os dados.
Faço esta afirmação a propósito da actual lei de barriga de aluguer. Sei o que se pretende, mas fico-me por aí. Abstenho-me de fazer mais comentários já que a questão da maternidade é demasiado importante para ser discutida por um qualquer leigo como eu. Ainda por cima sou homem…
Porém, li hoje que uma mulher se voluntariou para gerar um filho dentro de si, que seria da sua própria filha. Portanto… gerará o próprio neto ou neta.
E é aqui que começam as minhas confusões. E não tem a ver com alguma visão religiosa da situação mas somente como factor da Natureza.
Com esta futura engenharia genética, perder-se-á toda a ideia genuína de… mãe. Neste caso a avó é só uma fábrica para fazer crescer um feto até poder ser verdadeiro bebe e vir ao mundo. Ou não? Ou será também ela mãe, para além dos filhos que já teve, muitos anos antes?
Confesso que também nunca fui muito a favor da fertilização invitro. Com tanta criança por esse mundo em busca de um lar, não seria mais fácil adoptar? Pergunto eu…
Este meu texto já leva demasiadas perguntas para as quais não consigo evidentemente arranjar (boas) respostas.
Sinto que, infelizmente, esta nova lei será uma fonte de disputas entre mães verdadeiras (as que geraram a criança) e as mães biológicas. Com consequências impensáveis.
No meio disto tudo onde fica a liberdade da mulher que carrega a criança? Estará sujeita à vontade da outra mulher?
Ui… alguns gabinetes de advogadas já devem ter equipas a estudar a coisa. Digo eu!
Seja a vida, sejam os colegas e amigos, os meus pais ou simplesmente os meus filhos que me dêem lições, a minha mente permanece aberta para receber novos ensinamentos.
Serei, com a idade que o Cartão de Cidadão não deixa mentir, um homem diferente dos demais da minha geração. Gosto muito de uma boa partida, aprecio humor inteligente, tenho uma visão positiva da vida, mesmo que esta me brinde com alguns dissabores. E contento-me com (muito) pouco.
Há quem se sinta feliz com a nova casa, carro, telemóvel, eu sei lá! Eu dou valor a coisas bem diferentes! E o que me aconteceu esta semana no que a blogues diz respeito foi mais uma (boa) lição.
Escrevo há demasiados anos para me preocupar com quem me lê… ou não lê! No entanto alimento (ainda com esta idade) um velhíssimo sonho de um dia publicar o meu livro, escrito há tantos anos que já deve ter apodrecido.
Sei por experiência própria que tudo ou quase tudo no mundo é possível. Mas para tal é necessário acreditar! E é aqui neste campo que exibo uma enorme falha! Sou pouco crente das minhas reais capacidades e considero que todos à minha volta são bem melhores que eu.
Simpaticamente vou recebendo aqui e ali (obrigado BB e Paulo Vasco!) uns votos de confiança que mais não fazem que inchar esta pobre alma. Creiam-me que sabe terrivelmente bem!
Por fim direi que ainda acredito na grandeza do ser humano! Talvez seja apenas (mais) um sonhador… Ou talvez não?