Não imagino como terá nascido este "dia das mentiras", mas não sendo apologista da mentira ainda assim há algumas que acabam por ter graça.
No entanto a piada não advém da própria mentira em si, mas da sua consequência, isto é, o que em termos de futuro poderá significar. Complicado? Nem por isso! Eis um exemplo concreto que assisti faz muito, mas muito tempo, ainda a televisão era a preto, branco e cinzento!
Todos os anos a RTP inventava uma peta! Naquele tempo a maioria das pessoas ainda tinha aparelhos monocromáticos em casa e a ideia de passar para os de cores ainda saía cara. Então a televisão pública num dia 1 de Abril apresentou uma reportagem onde se apresentava um aparelho que adaptado às televisões antigas, estas passariam a transmitir a cores.
No dia seguinte a RTP apressou-se a desmentir dizendo que fora mentira de 1 de Abril, como sempre o fazia. Todavia nem toda a gente escutou o desmentido e alguns dias depois um colega de trabalho começa a dizer para outros:
- Já comprei o aparelho que transmite a cores... Aquilo é fantástico. Parece quase milagre.
Obviamente que todos os presentes perceberam a tentativa do colega de fazer da mentira uma verdade riram com vontade... eu incluído. Todos? Todos não... Porque houve um que a meio da tarde e quase em surdina abordou o outro e pergunta-lhe:
- Onde compraste o aparelho?
Mantendo a mentira activa deu a indicação de uma certa loja numa rua conhecida. No fim do expediente percebeu que o outro saira em passo apressado e seguiu-o.
Foi obviamente encontrá-lo na dita loja onde o balconista afiançava a pés juntos que não existia o "tal" aparelho... milagroso, que fora "somente" mentira da RTP:
- Mas o meu colega tem um... que comprou aqui!
Resposta devolvida:
- Mentiu também!
No dia seguinte muito nos rimos à conta de uma mentira quase transformada em verdade!
Diria que as descobertas mais importantes nos primórdios terão sido a roda, o uso de metais e o fogo. Depois disso a evolução ter-se-á normalmente acelerado.
No século XIX houve a conhecida explosão industrial que no fundo foi o primeiro grande alicerce para aquilo que somos hoje.
Entretanto no século XX a revolução tecnológica abriu espaço para muitas valências. Dizem que o homem foi à Lua (serei dos poucos que não acredita!!!), as comunicações passaram a viajar à velocidade da luz para finalmente o último grito ser um ser humano artificial (literalmente).
O vídeo chegou-me ontem e fiquei impressionado com o que vi.
Será verdade ou apenas publicidade enganosa? Mas se for verdade como foi possível o ser humano descer tão baixo?
Poderão dizer que é apenas uma máquina com aspecto humano, mas para mim este protótipo poderá vir a ser uma espécie de Caixa de Pandora.
Seria bom que alguém cuidasse que o verdadeiro princípio do fim da humanidade poderá estar para breve.
Pois é... por vezes dá-me para ser injusto e idiota.
Um destes dias escrevi aqui umas patacoadas criticando as praxes e sugeri que estas tivessem uma função mais ambientalista.
O problema é que não fiz previamente qualquer investigação, assumindo que aquilo de vi era alastrado a todos os desgraçados caloiros e deste modo cometi uma gravíssima injustiça.
Na verdade no Instituto Politécnico de Setúbal os caloiros entram em iniciativas de apanhar o lixo junto ao Rio Sado. Pelo que percebi este já é o segundo ano que o fazem. O primeiro teve 500 novos alunos nestas iniciativas e este ano são 600.
Portanto "mea culpa" e mordo a língua para quando voltar a acusar alguém, ter comigo todos os dados evitando assim erros próprios.
A internet é um veículo de informação fantástico. Num ápice e à distância de um clique temos acesso a um manancial de dados que dificilmente de outra forma conseguíamos obter. O correio electrónico, as redes sociais, os blogues, os sítios, todas elas são formas muito úteis e rápidas de comunicarmos e aprendermos.
No entanto, neste novo mundo que agora temos acesso permanente. há imensas imprecisões – para usar uma expressão benevolente - que podem deturpar a verdade. A liberdade de expressão adquirida com o 25 de Abril não deve ser um veículo de alteração da realidade.
Custa-me por isso entender como é que muita gente usa este meio para fomentar notícias falsas. Foi o caso de hoje. Recebi esta manhã na minha caixa de correio electrónica uma mensagem reencaminhada por um familiar. Não é relevante o tema da notícia para este caso, mas sim o seu teor.
Uma profunda mentira…
Porque falava de pessoas que conheço pessoalmente. E de factos que não correspondem à verdade. E o pior é que os restantes leitores deste tipo de mensagens acreditam piamente no que lêem… Porque lhes faz jeito!
Obviamente que apaguei aquela mensagem. E todas as que vierem do mesmo teor, irão parar ao lixo do meu portátil. Esta forma sabuja, vil e soez com que se atira para a lama o bom nome das pessoas, parece-me do mais reaccionário que se possa imaginar.
E a maioria dos casos, em nome dos (altos?) interesses de (algumas) ideologias!