Sendo católico não posso deixar de me sentir profundamente envergonhado com os crimes de cariz sexual praticados pelos padres. Em Portugal e não só!
Vivemos num Mundo absurdo e sem valores. Já ninguém é de confiança, nem podemos garantir que tal personagem é incapaz de tais actos hediondos. Longe disso…
Neste momento a Igreja como instituição percorre estranhos caminhos. Por culpa própria, acrescento!
Entretanto a justiça humana terá de ser feita, custe a quem custar e doa a quem doer. Porque a justiça Divina será outra bem diferente e não caberá ao Homem fazê-la. Entretanto nestes caminhos não pode ficar uma suspeição, uma mera dúvida em aberto, um caso sem ser deslindado.
Escrevi acima que a Igreja é moralmente culpada por estes crimes horríveis, pois se deixassem aos padres abraçarem o matrimónio, como fazem outras confissões religiosas, provavelmente nada disto aconteceria.
Mas no Vaticano há uma Cúpula que pretende continuar (vá lá saber-se porquê!!!) esta estúpida regra.
A Igreja católica apostólica Romana vai ter que acordar para uma nova realidade se pretender manter a força política que sempre teve.
Porque a influência religiosa há muito que a perdeu!
Quem por aqui passa amiúde sabe que sou católico, professo uma fé, que peregrino, vou à missa sempre que o meu espírito manda. Mas nada desta minha postura me tolda o discernimento no que respeita à postura da instituição Igreja em face dos seus crentes e dos seus padres.
Sempre achei que ser-se padre não é para todos. É necessário sentir o tal “chamamento” do Espírito Santo. Mas como tudo na vida há momentos de dúvidas, incertezas, que podem originar dilemas pertinentes.
O celibato dos padres é uma das mais importantes questões que se levantam actualmente. Será que faz sentido os padres não poderem constituir a sua própria família?
Sinceramente e por aquilo que tenho observado sinto que os padres poderiam perfeitamente casar. Aceito que aquele que o fizesse ficaria sujeito a ser pároco toda a vida sem poder ascender a outro patamar dentro da igreja. Mas provavelmente seria muito melhor padre que seria como Bispo…
Na minha vida conheci, pelo menos, três exemplos de homens que abandonaram a vida eclesiástica para assumirem uma relação fora do contexto da igreja. São hoje homens felizes, realizados e não perderam, ao contrário do que muitas vezes se faz constar, não perderam repito, a fé!
A sociedade “civil” ganhou homens e pais fantásticos, exemplos únicos.
A igreja perdeu padres fabulosos, exemplos perfeitos de como a igreja não deve proceder.
Depois não se queixem de não haver vocações ou da população se afastar da fé católica apostólica romana e optando por vezes por congregações muito duvidosas!
Caberá futuramente ao Vaticano rever os seus dogmas. Assim queira o Papa Francisco e a Curia Romana!