Ser ou não ser... vaidoso!
Hoje entreguei a um amigo o meu mais recente livro e no momento deu-se este breve diálogo:
- Tens aqui o meu segundo livro.
- Outro?
- Sim!
Pegou no exemplar, mirou-o e após algumas voltas na sua mão, acabou por dizer:
- Muito bonito. Já o outro também era.
Sorri. Finalmente:
- Deves estar muito vaidoso...
Nada disse apenas esbocei um sorriso semi amarelo que ele não percebeu!
Durante o resto do dia andei com aquela frase a tinir no meio dos meus neurónios. Vaidade foi defeito ou virtude que nunca tive. Nunca.
Quando trabalhava era aquele fato, camisa e gravata. Banal vestimenta!
Tive, por exemplo, diversos carros, mas nunca me envaideci de os ter, nem nunca me tornei vaidoso por adquirir algo... diferente.
Por ser assim sóbrio e simples (mas nunca simplório!!!) também não me envaideci de ter já publicado os meus dois livros.
A vaidade é um sentimento estranho! Se o formos sem razão arriscamo-nos a ser vítimas da nossa própria arrogância. No entanto se não nos envaidecermos com o que já fizemos poderemos ser alvo de criticas sob o lema: modéstia a mais também é sobranceria.
Por fim uma ressalva: sou muuuuuuuuuuuuito vaidoso dos meus netos.
Será que também conta?