Assumi não me deixar vacinar nem contra a gripe nem contra o COVID.
Ao invés do que se possa pensar foi uma decisão pensada e não tenho qualquer problema em dizê-lo publicamente. Era o que mais faltava eu não ser dono do meu corpo. Mas há razões evidentes para a minha negação às vacinas.
Quando entrei para o BdP perguntaram-me a dada altura se queria ser vacinado contra a gripe. Como nunca o fizera aceitei e lá fui eu levar a dita injeção.
O resultado não foi o esperado e durante uma série de dias fiquei completamente ko! Assim que recuperei as forças e capacidades decidi interiormente que nunca mais me deixaria vacinar contra a gripe e afins.
Muitos anos decorreram (uma vida e uma pandemia!) desde essa altura até que recentemente me comunicaram a existência de uma vacina contra a gripe reservada em meu nome.
Como já devem ter percebido não fui vacinado e não deverei sê-lo por opção própria.
Conheço bem o meu corpo. Tal como um bom mecânico que só pelo escutar do motor sabe onde será a avaria, também eu percebo os sinais que este quase cadáver, me transmite!
E sinceramente prefiro apanhar uma gripe na rua que uma feita em laboratório... No fundo, no fundo a primeira é genuína, a outra poderá ser apenas mero placebo!
Face ao que precede estou disposto a vender a vacina da gripe que seria destinada por um bom preço.
Na plataforma do SNS que tenho no telemóvel estava, até há uma semana, a indicação para tomar reforço da vacida contra o tétano.
Conheço uma enfermeira que trabalha aqui perto numa USF (Unidade de Saúde Familiar) que me disse que poderia levar essa vacina onde quisesse. Não há obrigatoriedade de ser no posto de residência.
Posto isto há oito dias fui ao pavilhão pré-fabricado onde está instalada uma subdelegação da USF da zona e perguntei se poderia ali apanhar o dito reforço. Tudo acertado ficou marcada para as 13 horas a tal... pica!
Cheguei a horas mas só perto das 14 horas fui atendido por uma enfermeira. Cuidados especias a ter e sintomologia associada: não fazer esforços com o braço esquerdo, poderia advir uma ligeira febre que deveria ser tratada com Ben-u-ron e pouco mais.
Não sei se o meu corpo está biologicamente atrasado ou se será mesmo assim, certo é que até terça à tarde andei mais ou menos bem. Tinha unicamente uma dor de lado. Andei razoavelmente bem durante quatro dias...
Na passada terça-feira, fim da tarde, comecei a sentir-me mal e acabei por escrever aqui um postalito miserável sobre o dia do Pai e fui até vale de lençóis. Com uma bomba no estômago.
Certo é que na manhã seguinte estava muito melhor.
Desta pequena crónica resulta esta conclusão: fui vacinado mas contrariado. Saí magoado e destinado a nunca mais sujeitar-me a qualquer vacina! Livra!
O meu corpo não aprecia, de todo, a introdução de bichinhos estranhos!
Andava eu em terras beirãs a apanhar a pouca azeitona, quando recebi uma espécie de convite ou convocatória... sei lá, via SMS, para me ser administrada mais uma dose da vacina contra o Covid-19.
Quando olhei para a mensagem vi o dia e a hora (hoje) e fui à minha vida de pobre agricultor. Já estava na cidade quando regresssei à tal mensagem e reli-a até ao fim.
- "Ganda" bronca! - pensei.
No SMS para além do dia e hora havia mais uns dizeres que na altura não li. Teria até ao dia 6 para responder se iria ou não. Acabei por responder apenas no dia 9 e foi-me devolvida nova mensagem com a indicação de "resposta fora de prazo aguarde novo contacto"!
Bom... calculei que a toma da vacina... já era!
Hoje pela manhã recebi novo SMS a recordar a vacinação! Li e reli, porque estas mensagens, por vezes, são indecifráveis. Mas lá estava a relembrar a vacina hoje à hora prevista.
Fui antes da hora porque tive de levar a minha neta comigo. Tudo bem organizado de forma que cheguei a casa, já de vacina no braço, antes da hora da miúda almoçar!
Chegou a tarde e comecei a sentir-me desconfortável. Mas aguentei estoicamente. Porém ao início desta noite um mal-estar apoderou-se de todo o meu corpo e neste momento doem-me todas as articulações do corpo. Sinto-me ainda febril após o milagroso Ben-u-ron (passe a publicidade).
As minhas experiências com este tipo de vacinas nunca foram as melhores. Há quarenta anos tomei a primeira e única vez a vacina da gripe e estive bem doente. Na altura jurei para nunca mais...
Mas com uma neta e pessoas idosas e doentes em casa percebi que teria de tomar a vacina. Mas continuo a não ser forte apologista da coisa...
Ontem foi dia de tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Se a primeira foi da Astra-Zeneca a segunda ao que percebi foi da Moderna.
Tanto de uma como de outra as reacções do meu corpo à vacina não foram as melhores. Em Agosto senti um quebranto que me deixou de rastos.
A de ontem reacendeu os mesmos sintomas e após uma noite mal dormida e com febre, eis-me carregado de comprimidos de forma a minimizar maiores estragos.
Sinto-me cansado, muito cansado e desejoso que esta coisa termine!
Não era minha ideia deixar-me vacinar contra o bichoso gripal. De tal forma que quando falava desta minha recusa, era sistematicamente atacado pela família para que fosse vacinado, ao que sempre respondi:
- Só há um evento que me fará mudar de ideias e que será a possibilidade de ir ao futebol.
Pimba, toma lá “quépraprendres”… O governo autorizou recentemente a abertura dos estádios de futebol, mesmo que a menos de metade da lotação, o meu filho comprou hoje os bilhetes e eu tive de ir à pressa, esta tarde, fazer um teste de antigénios à farmácia e… fui aqui perto de casa à pica.
Portanto a conclusão é mui simples: pelo Sporting faço tudo… até ser vacinado.
No início deste mês fui com o meu pai a uma consulta de rotina de cardiologia. O médico assitente é um velho amigo dos tempos de escola, cujo percurso académico acompanhei.
Quando casei deixámos de nos contactar e só muito mais tarde voltámos a encontrar-nos, curiosamente no hospital onde trabalha.
Isto apenas para dizer que respeito muito a sua opinião porque é geralmente muito bem fundamentada em estudos e experiências e obviamente em muitas leituras técnicas.
Aquando da dita consulta deixei que fosse a minha mãe a acompanhar o meu pai, ficando eu na sala de espera. O médico é muito pontual e assertivo na consulta, mesmo que seja o meu pai que o conhece há mais de quarenta anos.
Quando os meus regressaram à sala de espera vinham acompanhados do meu amigo. Aproximei-me o suficiente para lhe dar uma cotovelada ao mesmo tempo que ele me dizia:
- Então não queres ser vacinado?
- Eu fui infectado... deverei ser dos últimos e não quero tirar a vez a ninguém.
Ele assumiu:
- Dizem que só se deve vacinar após seis meses, mas também não vi nada escrito!
"Touché" pensei eu.
Despedimo-nos.
Desde esse dia tenho matutado na ideia de que, mesmo passado todo este tempo, os médicos continuam com demasiadas dúvidas quanto às vacinas. Fala-se já numa terceira dose...
Entretanto tentei agendar uma vacina, mas ninguém me respondeu. Portanto devem ser mesmo os seis meses.
Estas estórias dos confinamentos e contínuos desconfinamentos acordou a já minha fraca memória para um programa de humor brasileiro que passava na televisão nos longínquos finais do anos 70 e inícios dos anos 80 e que se chamava "O Planeta dos homens", onde o humorista Jô Soares, entre outras personagens, fazia de padre italiano e após conversa com os noivos acabava sempre com a mesma frasa: para evitar o casa, separa, casa, separa, casa, separa, eu não caso!
Em Portugal vivemos momentos confusos, em que cada pessoa interpreta a lei à sua maneira (para não dizer jeito!). Por isso andamos neste sobe e desce de casos e mortes, qual montanha russa.
Desta vez nem culpo o governo que após o primeiro confinamento assumiu que o país não aguentaria nova paragem da economia, acabou por ser obrigado a decretar o fecho de tudo face ao número assustadoramente gritante de casos, internamentos e mortes.
Também é certo que nenhum de nós, por muito que opine e ache que deveria ser assim ou assado, tem a solução perfeita para o que vivemos. Nem sequer os médicos. Diria mesmo que estes últimos serão os que estarão mais aprensivos quanto ao futuro mais ou menos breve.
A vacina pode porventura ajudar, mas não me parece suficiente, até porque já há casos de vacinados que infectaram outras pessoas...
Há que avaliar bem os factos e decidir, não em face de interesses mais ou menos economicistas dos diversos sectores, mas perante a necessidade e cuidado da população.
Ainda não percebi se é para se estar assim tão eufórico no que diz respeito a uma vacina contra o Covid-19, como eu já percebi em alguns sectores.
Na verdade percebo tanto disto como percebo de apanhar crododilos à mão, mas tenho a sensação que se está a andar mais depressa do que seria suposto.
Recordo aqui algumas ideias que ficaram logo em Março quando um virulogista afirmou peremptoriamente que uma vacina só estaria realmente disponível e a fazer o seu efeito ao fim de, no mínimo, quatro anos de testes.
Agora ao fim de um ano já aparece uma vacina com 90 por cento de eficácia? Hummmm... se esta pandemia nunca a colei a nenhuma teoria de conspiração... já esta vacina!
Segundo pude ler a UE já comprou 300 milhões de doses... Trezentos milhões? Quanto irá isto custar? E quem pagará?
Depois não me surge como coincidência a apresentnação da nova vacina a seguir às eleições americanas. Posso acreditar em muita coisa, mas nestas coincidências não! Se foi para prejudicar o Trump, como ele próprio acusa, não sei nem me interessa, mas que é estranho isso é.
Seja como for espero não ser vacinado, da mesma maneira que não tomo a vacina da gripe. E já faz muuuuuuuuuuuuuuuitos anos que não tenho gripe.