O governo pretende que os alunos que desejam concluir com exito o ensino secundário terão de fazer obrigatoriamente exame de... Português, para além de mais duas disciplinas à escolha do aluno.
Imagino que esta não seja uma decisão muito do gosto dos alunos, mas finalmente alguém coloca a Língua Portuguesa ao mesmo nível de outras disciplinas. Já não era sem tempo.
Enquanto trabalhava lidei com muuuuuuuuuuuuuuuitos licenciados, na sua maioria ligados à Economia ou às Finanças. Já para não falar de outros associados à Gestão ou Engenharias.
Se aqui e ali pontualmente se encontra alguém com conhecimentos razoáveis da nossa língua, o certo é que a maioria... era um desastre. Desde uma mensagem de correio electrónico que terminava (... se necessitar não "exite" em contactar-me) até alguém a escrever (... ambos os dois...) num pleonasmo absurdo, apanhei um pouco de tudo!
Assim concordo perfeitamente que não se dê o curso por terminado a quem não consegue perceber a diferença entre, por exemplo, "poderíamos" e "podería-mos" como muitas vezes leio por aí. Ou que um português não saiba quem foi Bernadim Ribeiro nem o seu "Menina e Moça" ou nunca tenha lido "Os Maias" de Eça de Queirós?
Não basta já o assassinato da nossa língua com o tal de (des)acordo Ortográfico?
Todos os anos há quem fique claramente traumatizado.
Falo obviamente das praxes académicas.
No entanto para este ano lectivo o governo lançou uma campanha defendendo o estudante que não pretende participar nos actos das praxes. Ou como diz o povo "depois de casa roubada, trancas à porta".
Vai para muuuuuuitos anos que os portugueses vão recebendo notícias de acções menos próprias e menos correctas nas praxes académicas, já para não chamar a algumas delas violência pura (física e intelectual). Os grandes defensores destes actos, todavia, consideram esta tradição uma forma dos caloiros serem melhor aceites nas respectivas faculdades. Tudo muito bem, desde que o limite do razoável jamais seja ultrapassado. Mas é aqui precisamente que está o busílis da questão: o que é razoável para mim pode não ser para o outro e vice versa.
Vou mais longe... Pelo que sei há caloiros que aceitam todas as acções sobre eles, subordinados a uma ameaça, de durante a futura vida académica não serem ajudados por outros colegas. Chantagem ignóbil!
Por isso não acredito que esta recente campanha, lançada pelo actual governo e unanimemente apoiada pela AR, consiga de alguma forma controlar esta (nova) forma de violência juvenil, devidamente encapotada por "Capas Negras".
Trinta anos a trabalhar numa entidade bancária de renome.
Quinze directamente com a liquidez, o que me tornou uma sumidade em risco da mesma. Se ao fim do dia aquela não batesse certinha, arriscava-me a pagar com a da minha carteira.
Especialidades: Gestão de Risco e Liquidez
Quinze anos em gestão e administração de uma rede informática. Se o tipo não acertasse com a password de acesso, administrava-lhe uma outra e geria a minha fúria antes de lhe dar uns tabefes.
Especialidades: Gestão de IP's (Indivíduos Parvos) e Redes informáticas
Diversos textos publicados em jornais e revistas. Oito anos a gerir uma redacção de jornal com autores a observarem opiniões muito diferentes das minhas.
Especialidades: Gestão de conflitos e conteúdos
Um ror de trabalhos de electricidade especialmente na montagem de calhas, ligação e passagem de fios. Operações de “choque” com diversos critérios.
Especialidades: Engenharia de correntes fortes
Diversos processos de perda de tempo, nomeadamente nas filas de trânsito citadino e repartições públicas.
Especialidades: Gestão de tempo e recursos humanos
Face à minha experiência profissional supra, pretendo três licenciaturas e dois mestrados…