Ainda não percebi bem o que se tem passado com as vacinas. Li que um Presidente de Câmara chegou-se à frente para a vacina antes dos prioritários e pouco mais. Também já ouvi falar em demissões, acidentes de viação com perda de vacinas... isto é um ror de acontecimentos à boa moda lusa.
Todos neste país acham que têm mais direitos que os outros para serem vacinados o que se deduz que há gente que sente que é mais importante que o vizinho, independentemente do que cada um faça da vida!
Entretanto a União Europeia mantém um braço de ferro com uma das empresas fornecedoras da vacina. Sinceramente já esperava isto. Com tantas doses a serem necessárias não estava a ver a tal empresa disponibilizar o número suficiente de vacinas em tempo útil.
Demandas, bravatas, litígios, desacordos, guerrilhas palacianas tudo junto não dará uma melhor vacina, mas um conflito de impensáveis contornos e do qual as populações irão ser as principais vítimas.
Como li hoje: se a vacina fosse mesmo, mas mesmo eficaz todos os ricos do mundo já a haviam tomado. Assim está-se a usar a população para testes em massa e gratuitos... ou quase!
Esta estória do Brexit tem que se lhe diga e já cansa. A UE quer a saída definitiva da Inglaterra e está já a preparar-se para o abandono do país da Rainha Isabel II.
Só que os políticos britânicos estão a tentar a todo o custo adiar o Brexit ou como escrevi aqui a fazer o possível e o impossível para que aquele simplesmente não se realize.
Entretanto as sucessivas votações no parlamento inglês continuam sem que os deputados ingleses cheguem a um consenso e todos os dias vamos escutando novas propostas de adiamento do Brexit.
Os custos inerentes a esta estapafúrdia saída da Grã-Bretanha são tão elevados que neste momento não há ninguém que arrisque um resultado plausível para este desafio político, económico e até social.
O antigo PM inglês, James Cameron, é moralmente culpado destes impasses e falhas da negociação com a Europa. Essencialmente porque ao fazer um referendo que, erradamente julgou ganho e que depois como se viu perdeu, deixou nas mãos de um povo a decisão não só da manutenção da Inglaterra no Mercado Europeu como de outros países que pretendiam manter-se neste clube de gente rica (p.e. Escócia). As coisas correram mal e nest momento estamos num impasse onde ninguém quer ser verdadeiramente responsável peço deslacabro da Inglaterra. Ainda por cima Teresa May tem de negociar algo com o qual politicamente não concorda.
Finalmente seria bom que a Inglaterra, de uma vez por todas, saísse na Europa. Acabava-se com todo este foguetório que só envergonha os súbditos de Sua Majestade e deixa a restante Europa numa enorme pilha de nervos.
Com os resultados do referendo de ontem no Reino Unido fiquei com a certeza de que os britânicos conseguiram, de forma democrática, acabar com a União Europeia e consequentemente com o Euro.
O Estado Islâmico, que tanto tem lutado por isso, não faria melhor!
Ainda não entendi a alegria desmesurada dos nossos partidos de esquerda, no que se refere à vitória eleitoral do Syrisa na Grécia. Das duas, uma: ou os nossos políticos pretendem a toda a força uma falência total do país com as respectivas consequências económicas mas acima de tudo sociais ou então não percebem rigorosamente nada de política económica.
Se um país como o nosso não cria riqueza suficiente para pagar o que gasta, como pode alguém, de ânimo leve, dizer que tudo se resolve cortando as amarras à União Europeia, da mesma forma que a Grécia pretende fazer, deixando de honrar compromissos? E depois onde se vai buscar o dinheiro para pagar os salários da Função Pública, as pensões, os subsídios de desemprego e de reinserção social? Os países ricos são-no porque não esbanjam… ao contrário desta Europa mediterrânea pouco disposta a grandes sacrifícios… e a muuuuuitos gastos.
Por seu lado o povo grego acredita que tudo vai mudar para melhor, renegociando dívidas ou mesmo olvidando-as. O problema é que se o fizer, o futuro primeiro-ministro grego vai ter um sério problema de liquidez. E aquilo que poderia ter sido uma solução passa a ser um gravíssimo problema para o próprio país e para toda a Europa.
Nisto das economias não há verdadeiros milagres!
E a esquerda europeia, por muito que queira e deseje, não pode “fazer de Tsipras, coração”.