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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Crónica na cidade triste!

Sentado à mesa onde antigamente foi uma das melhores pastelarias da Baixa Pombalina, agora substituída por uma daquelas casas de poucos produtos, mas muitos estrangeirismos, bebo um café quase frio.

São oito e meia da manhã. Noutros tempos o movimento por aqui seria enorme. Hoje aquilo que foi o coração da capital é um "pacemaker" sem graça nem força.

As livrarias foram substituídas por lojas desinteressantes. Os cafés fecharam quase todos e os poucos que ainda resistem mudaram de filosofia.

Os bancos que por aqui acolhiam milhares de empregados foram substituídos por hotéis, vulgares entrepostos de um Mundo sem rumo.

As lojas de pronto a vestir deram lugar a espaços atafulhados de lembranças de uma cidade que na realidade já não existe.

Os restaurantes da minha boa memória são agora casa de comidas sem gosto nem qualidade.

Mas a Baixa vai, todavia, sobrevivendo.

Triste, demasiado triste para uma capital.

Mui ínfima crónica de uma viagem!

Como muitos já saberão parti hoje de Lisboa para a belíssima ilha das Flores no também fantástico arquipélago dos Açores.

Zarpei cedo de casa pois já sei que por estas alturas o movimento nos aeroportos é de loucos e Lisboa náo foge a essa regra.

Durante os próximos cinco dias apenas virei aqui rabiscar um breve apontamentoe colocar apenas uma fotografia que resumirá o dia! Fica já prometido muitas fotos em crónicas futuras, mas nestes dias serão mais simples.

1223099622_20230720_180416_3298733_resized.jpg 

Por isso esta fotografia das hortenses que proliferam pela ilha açoriana mais bonita de todas (esta com a particularidade de mostrar ao longe a ilha do Corvo). São quilómetros de estradas sempre ladeadas por bonitas flores. Depois nas encostas onde as vacas comem, passeiam e ruminam a erva fresca há extensões de paredes de pedra negra cobertas por cores lilazes.

A ilha mantém o seu recato e aqui a civilização tem demorado (e ainda bem!) a chegar. Para dar um exemplo estou alojado no centro da vila e às dez horas da noite o silêncio era tão profundo que quase poderia escutar os gatos vizinhos... a respirar!

Amanhã haverá mais nova crónica! Breve!

Vai ser o dia de visitar o lado oeste da ilha!

A gente lê-se por aí!

Caos na capital!

Já por mais de uma vez que refiro que Lisboa deixou de ser uma cidade pacata para se tornat uma espécie de torniquete com gente a entrara e a sair.

Comprfeendo que o turisto poderá ser o petróleo do futuro, especialmente para aqueles locais que souberem agarrar o estrangeiro de todas as maneiras e feitios.

Talvez por isso a cidade de Lisboa, especialmente a Baixa Pombalina e arredores, esteja quase transformada num enormíssimo estaleiro de obras.

De vez em quando tenho afazares na capital. Para tal levo o carro que estaciono num dos parques da cidade, geralmente o que fica na praça do Munícipio, e vou à minha vida.

Mas hoje a viagem correu menos bem, Como não oiço nem vejo notícias, nem vejo televisão não me apercebi de greve na CP. Resultado demorei quase uma hora para chegar onde queria e depois de tudo tratado demorei mais hora e meia a sair da cidade.

Portanto imaginem este cocktail urbano: obras e mais obras, com cortes de vias e muitos desvios, greve de transportes, pré-época de Natal com as descargas habituais de produtos por tudo o que é loja, e a cereja no topo do bolo, a chover...

Dá para perceber que a cidade já de si muito trapalhona tornou-se hoje profundamente caótica! Como já não via há muito tempo!

Aeroporto - versão 2022

A porta das chegadas está sempre aberta ou melhor sendo automática nunca se fecha tal é a quantidade de passageiros a saírem após as suas longas ou curtas viagens.

Espero alguém que deveria ter chegado às 20 horas, mas o avião aterrou hora e meia depois do previsto.

Nem imagino como estará lá dentro... mas uma coisa é certa: o turismo, provavelmente ira ressentir-se desta morosidade em sair do aeroporto.

Mais uma realidade idiota deste pobre país, na qual as autoridades competentes nem sequer poisam os olhos.

Como sempre aliás quando há problemas. Desde que não se saiba... não há problemas!

Bragança - dia 1

Tal como havia dito ontem parti de casa precisamente às 14 horas e 8 minutos com destino a Bragança onde cheguei precisamente 5 horas depois.

Desde Lisboa e até Coimbra. a bela cidade dos estudantes, o céu mostrou-se plúmbeo, mas sem chuva. No entanto bastou passar a barreira física do rio Mondego para a chuva começar a cair com intensidade. De tal maneira era forte que cheguei a conduzir a 60 quilómetros por hora devido à chuva, mas acima de tudo devido aos aspersores que são os rodados dos inúmeros camiões que rolavam â minha frente.

Antes do Porto desviei para a A41 para mais à frente apanhar a A4. Sempre sob chuva copiosa, que só abrandou quase à chegada a Bragança. Todavia valeu pela pouca paisagem que vi e por aquela obra que é o maior túnel de Portugal, o Túnel do Marão. que durante anos andou envolvido em acesa polémica.

Resumindo foram mais de 5 horas de volante nas mãos para percorrer mais de 500 quilómetros que separam a metrópole ulissiponense à capital de Trás-os-Montes. Uma temperatura agradável recebeu-nos com todo o seu esplendor: 5,5 graus centígrados.

Não houve direito a fotografias neste primeiro dia.

A Baixa lisboeta...

... É uma tristeza!

Já falei por diversas vezes neste espaço sofre a desconfiguração da Baixa pombalina da capital.

Quem, como eu, ali trabalhou tantos anos sente que aquele centro citadino deixou de ter o charme, a beleza e acima de tudo a vida humana que caracterizou a Baixa durante uma enormidade de anos.

É verdade que o turismo voltou à cidade de Ulisses, após muitos meses de inactividade, mas ao mesmo tempo deixei de ver as lojas que foram referência na minha vida.

Lembro aqui algumas:

Old England, Casa Africana, Central da Baixa, Casa das Limonadas, Palmeiras, Camisaria Moderna, Loja dos Pneus, Restaurante Vitória, A Regional e tantas outras casas ora substituídas por restaurantes de comida luso-italiana ou "fast-food".

Muitos hotéis, muitas lojas de bujigangas na maioria sem graça nem qualidade, muitos bares, enfim muito nada!

Curioso é que numa altura de autárquicas só vi o PCP em acção de campanha. No largo do Intendente!

A cidade e as serras (versão nocturna!)

Ontem à noite passseei pelam baixa Pombalina já noite feita.

Tal como de dia ou quiçá até mais, as ruas que o celebérrico Marquês de Pombal mandou eregir estavam repletas de estrangeiros.

Os enfeites natalícios iluminam profusamente as ruas e ruelas e a Rua Augusta quase se assemelha às tão conhecidas Ramblas da cidade condal e capital da Catalunha,

Para além dos restaurantes que alargam as suas esplanadas para om passeio vazio, dei conta de performers que dançado ou imobilizando-se até cair a douta moeda dão graça e alegria à rua.

AS lojas abertas dão hipótese de se comprar mais um trapo, uma bugiganga, ou uma mera recordação.

Desde o largo Camões até à rua da Prata, passando pelo Rossio, Praça da Figueira ou Praçã do Comércio os turistas pura e simplesmente conquistaram Lisboa.

Lisboa a capital dos turistas!

Hoje desci à cidade.

Saí na estação do Metro da Baixa-Chiado, subi as escadas e encontrei-me na Rua do Cruxifixo.

Uma rua repleta de história. Desde o extinto Banco Angola e Metrópole, célebre nos anos 20 do século passado por estar directamente envolvido na maior falsificação de dinheiro em Portugal e quiçá no Mundo, passando por pequenas tascas que alimentaram tanto trabalhador da baixa, esta rua foi um recanto da cidade muito próprio. Por ali se viam muitas vezes personalidades da nossa sociedade, fosse no Império das Limonadas ou no conhecidíssimo Palmeiras ou mesmo no “Quando o telefone toca” uma espécie de restaurante “sempre-em-pé” que servia umas omeletes fantásticas.

Ao fundo os Grandes Armazéns do Grandela, uma loja enorme que eu, enquanto miúdo, adorava visitar, só para andar nas escadas rolantes e que o incêndio do Chiado derreteu.

Olho agora para a rua e mais parece um estaleiro de obras.

Desço a rua da Vitória e encontro-me na Rua Áurea mais conhecida como Rua do Ouro. O trânsito desce no sentido do rio mas as pessoas quase se atropelam num sobe e desce na artéria de origem pombalina.

Atravesso a rua para o outro lado desço até à transversal da rua de S. Julião. Aqui viro à esquerda. Ao fundo volto novamente à esquerda e subo e desço a rua da Madalena. Entro no Poço do Borratém.

Chego ao Martins Moniz e subo a Almirante Reis até à zona dos Anjos.

Não imagino quanto terei andado a pé, mas seguramente que a língua que menos escutei durante este meu trajecto foi o… português.

Estes turistas que nos invadem…

O conceito de turismo transformou-se em Portugal, nomeadamente em Lisboa onde a baixa pombalina passou a ser uma espácia de Nações Unidas em ponto pequeno, tal é a quantidade de gente oriunda de todo o lado que visita a capital.

Se juntarmos os emigrantes oriundos da Ásia que proliferam com lojas de recordações onde antigamente havia lojas de qualidade, temos uma mistura de povos raças e línguas impensável há uns anos.

Os turistas invadem assim a nossa cidade tomando-a literalmente de assalto. No metro, nos restaurantes, nas lojas ou simplesmente nas ruas eles exibem muitas vezes de uma prepotência que roça por vezes a imbecilidade. Nem imagino se procederão da mesma maneira nos países de origem. Quero crer que não…

Também sou turista, mas normalmente quando passeio respeito os lugares onde estou e acima de tudo a sua cultura e modo de vida dos locais.

Lisboa é neste momento um local de gente quase louca… dando razão a uma célebre personagem de BD.

Obelix_loucososromanos.jpg

 

Na minha cidade X - hospitalidade lusa!

São dez da manhã. Acabo de sair do consultórtio dentário onde fui retirar os pontos após a intervenção da semana passada. Tudo nornal.

Umas nuvens aqui a ali vão tapando o sol, dando à cidade uma atmosfera serena.

No cruzamento da Rua do Conde de Redondo com a Rua Gomes Freire encontro na passadeira um casal a falar francês com uma ranchada de filhos (contei pelo menos 5). Percebo pela sua postura que se encontram perdidos. Tento entender se já se situaram enquanto vão olhando para o telemóvel.

Finalmente, no meu enferrujado francês, pergunto para onde querem ir. A senhora responde que é para o hotel. Devolvo a questão no sentido de saber a morada que ela não tem. Diz que o marido é que sabe, mas que entretanto passara para o lado da lá da estrada.

Quando regressa reafirmo se precisa de ajuda. Responde de maus modos dizendo que não!

Dexo-os então e sigo a minha viagem.

Já relativamente longe olho para trás e eles continuam às voltas completamente perdidos.

Pois... não aceitaram a costumada hospitalidade lusa e provavelmente ainda agora andam em busca do hotel!

 

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