Papa Francisco!
O Mundo perdeu um dos seus melhores homens!
Quiçá mesmo o melhor.
Que repouse em Paz.
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O Mundo perdeu um dos seus melhores homens!
Quiçá mesmo o melhor.
Que repouse em Paz.
As sociedades actuais são pródigas em desperdício. Mas isto não é novidade nenhuma para (quase) ninguém.
Daí muitas pessoas em diversos locais se juntarem para recolherem nos restaurante sobras de refeições não servidas, indo depois entregá-las a pessoas necessitadas, maioritariamente gente sem-abrigo.
Durante muito tempo guardei caixas de plástico que depois entregava a uma colega que fazia parte de uma associação de recolha desses alimentos, para que ela usasse para distribuir a comida em doses familiares ou unitárias, conforme os destinatários
Gestos fantásticos de gente ainda mais fantástica.
Só que o desperdício não é exclusivo dos alimentos. Roupas, mobílias, livros e até brinquedos são depositados no lixo sem que ninguém aproveite.
Hoje fui despejar o meu lixo reciclável nos contentores específicos, que ficam a uns meros 30 metros da minha porta. Desta vez não havia vidros apenas embalagens e papel.
Tudo despejado e já de regresso a casa deparo-me com três boas mochilas e mais um saco repletas de... brinquedos encostados ao contentor do lixo orgânico. Doeu-me o coração.
Há uns anos valentes quando os miúdos cá de casa deixaram de ser miúdos pedi-lhes para fazerem uma escolha do que queriam e não queriam dos brinquedos. O resultado deu uma quantidade de caixas cheias e muito mais espaço em casa.
Os brinquedos sem interesse foram entregues num hospital público à ala pediátrica onde havia muitas crianças internadas. O restante ficou num pequeno baú que a minha neta hoje adora desarrumar.
Tudo isto para tentar perceber como se deitam brinquedos no lixo e ninguém pensa nas crianças que não sabem o que é um boneco, um carrinho, quiçá um jogo! Com tanta associação, tantos centros, tantas escolas não há um telefone para perguntar se querem os brinquedos?
Desilude-me esta gente pouco altruísta e nada humana.
Há muito, mas muito para educar nesta sociedade demasiado preocupada com o faz de conta, mas nada ralada com quem devia contar!
A minha (má) relação com o Natal tem origem numa triste estória que me aconteceu teria eu uns quatro ou cinco anos. Naquela noite o tal de "Menino Jesus" ofendeu-me, deixando uma marca que ainda hoje carrego. Obviamente que naquele tempo o "Pai Natal" não existia... pelo menos na aldeia!
O embaraço que eu criei com a minha zanga foi tamanho que a minha mãe teve de me dizer que as prendas eram as pessoas que as davam e não o tal "Menino Jesus". De decepção em decepção acabei por olhar para esta quadra que se aproxima sempre de viés, não fosse mais alguém pregar-me uma estúpida partida.
Todos os anos por esta altura sentia-me como peixe fora de água. Era um martírio que não escondia. No entanto a idade colocou alguma serenidade nesta bravata e passei a alinhar muito na ideia de que o célebre "Ventoínha" dos Parodiantes de Lisboa dizia: contrariado mas vou!
Foi preciso nascerem os filhos para que o Natal fizesse algum sentido. Não pelas prendas, mas tão-somente pela alegria que via nos meus filhos e sobrinhos.
Mais um passo em frente no tempo e dou agora conta dos netos. Daqueles fedelhos fantásticos que adoro e que me fazem olhar o Mundo com uns olhos diferentes.
É mais por eles que se faz ainda a árvore de Natal, (em 2008 quando morreu o meu sogro não se fez nada, porque ainda não havia crianças), se ilumina a casa por fora como se fosse um Circo qualquer, se procura aquela prenda, mesmo que os pais estejam contra.
O Natal não é só família e amigos...
O Natal não é só partilha e entrega...
O Natal não é só amor e alegria...
É essencialmente um bálsamo para as feridas na alma, um lenço que seca as nossas lágrimas, uma verdadeira reconciliação com o triste passado.
Digo eu!
A gente lê-se por aí!
Digam o que disserem normalmente somos nós que cozinhamos o nosso futuro. Umas vezes conseguimos fazê-lo de forma competente outras nem por isso. Mas exceptuando algumas situações, mantenho a ideia de que cabe a cada pessoa trilhar o próprio caminho.
Ele é mais novo que eu. Uma mão cheia de anos. E se esta diferença em tempos foi enorme agora nem se nota. Ainda por cima porque parece mais velho que o meu pai que já conta 91 anos. Somos amigos há muitos anos. Tantos que já quase me esqueci. Brincámos muito e aprendi muitas coisas com ele. Especialmente espírito de sacrifício.
Eu andei na escola... ele raramente por lá passou. Ele cresceu ao "Deus dará", eu sempre demasiado acompanhado.
A idade foi-nos lentamente afastando, mas sempre que ia à aldeia encontrava-o a fazer aqueles trabalhos que ninguém queria e que só ele aceitava. O caso mais difícil que assisti foi num Verão quente, quente como deverá ser o Inferno. Ele andava a pintar uma parede exterior de uma casa sob um Sol abrasador. Perguntei-lhe o porquê daquela hora e ele respondeu:
- O corpo pode trabalhar e eu preciso do dinheiro.
Doeu-me ver aquele meu amigo entregue a uma tarefa que não merecia. Depois não lhe poderia dizer nada, pois o orgulho é um estado de alma muito difícil de entender.
O tempo passou veloz, como sempre. Eu fiz a minha vida, tomei as minhas boas e más decisões, mas ele, parece que só soube errar.
Revi-o esta madrugada no clube da aldeia onde às 7 horas fui buscar pão. Comia um bolo e bebia um café. Magro como sempre foi a sua vida de muita miséria, devorou o bolo, sem nunca largar o cigarro. Cumprimentei-o como sempre o faço e no fim as acabei por lhe pagar o que comera e ainda lhe dei algum dinheiro.
Quase de certeza que o gastou em tabaco e na cerveja que pode beber.
Finalmente poucos lhe conhecem o seu verdadeiro nome. E mesmo aqueles que sabem nunca o tratam pelo nome próprio usando sempre a alcunha. Ou alcunhas.
Entretanto eu:
- Bom dia Amílcar, como estás?
Ele:
- Vou bem!
Sei de antemão que nunca vai bem. Nunca foi, nunca irá!
Mas não será por isso que deixarei de ser amigo dele.
Mesmo que ele não creia.
Na vida há muitos heróis e poucas lendas. Mas o Manuel Fernandes estava muito para lá dessas figuras quase míticas. Muito mesmo...
Era um Sarilhense simples, mas um homem com agá muito grande. Tão grande que não coube na pequena povoação à beira Tejo plantada.
Decidiu talvez por isso ser futebolista e ainda o vi jogar no Lavradio no velhinho campo da CUF com a camisola do clube da Margem Sul. Para no ano seguinte rumar a Alvalade e ao Sporting clube do seu/nosso coração.
Viu-o jogar tantas vezes, mas tantas, em Alvalade! E marcar golos daquela maneira que só ele sabia. Todavia a todos respeitava sem excepção. Ninguém para ele era um inimigo apenas mais um adversário, como se pode comprovar neste celebérrimo video.
Sei que ninguém vive eternamente porém o Manel poderia ter andado por cá mais uns anitos. Seria bom para todos nós.
Mas Deus também é adepto e convocou-o para a sua selecção de homens bons! Como muitos outros.
Estava em Alvalade aquando da recente homenagem feita ao eterno capitão! Um momento marcante e que o Manel deve ter adorado e que, obviamente, mereceu!
Obrigado por tudo o que nos deste! Pelo exemplo fora e dentro do campo. Pela força e coragem que sempre te levou um bocadinho mais longe.
Até sempre Manuel Fernandes e descansa em Paz!
(Deixa-me chorar em silêncio a tua partida. Posso?)
Com a minha idade já não devia admirar-me com nada, nomeadamente com momentos mais estranhos em meu redor. No entanto tenho sempre aqyela ideia de que a sociedade deveria aprender com os erros e neste sentido tornar este mundo um local bemk mais aprazível para se viver.
Nester texto nem quero referir as guerras lá longe envolvendo demasiados países, acentes num conceito quase sempre fundamentalista. Refiro simplesmente em vivências corriqueiras e que perpassam à minha frente amiúde.
Ao invés de outras ocorrências que assisto e que aqui divulgo, apenas como chamada de atenção, hoje nem pretrendo escrever sobre isso, mas tão-somente como é que as pessoas conseguem viver neste universo sendo mal-educadas, mal-formadas, imbecis e até... patetas!
Vejo cada vez mais inumanos, gente capaz das maiores atrocidades apenas porque consideram-se os maiores desr«ta Mundo. Não imagino se algum dia cairão em sí perante tanta maldade.
Por mim reside a esperança de que um dia entendam o alcance dos seus (maus) actos! Todavia nessa altura será já tarde demais.
O título deste postal traduz o nível dos nossos debates televisivos.
Ontem foi mais uma noite onde o PS e o BE trocaram de argumentos, mas sem se hostilizarem muito. Pudera... PNS vê com bons olhos uma aliança com MM. Livrava-se duma penada da AD e do PCP, enquanto Mariana conseguiria quiça subir finalmente ao poder... algo que procura há demasiado tempo. Vai daqui tivemos um debate sereno sem grandes troca de galhardetes e pautado por uma postura quase amorfa.
Ao invés de muitos comentadores, sinto que o debate esclareceu muito pouco e perderam os dois. Pedro Nuno Santos porque não irá cativar, com aquele discurso, os indecisos, Mariana Mortágua porque assentou os pés num certo registo que jamais abandonou e que se repete debate após debate: habitação e SNS. Parece que o país só tem estes problemas dois problemas! Era bom era!
Interim pelas 22 horas assistiu-se a um espectáculo degradante e pouco habitual em televisão. Escuso-me de falar do nome dos intervenientes pois não merecem um segundo de atenção. Baixaram tanto o nível do debate que até senti dó das figuras tristes que nos ofereceram.
Os eleitores merecem mais e melhor!
Iniciou-se ontem a retirada dos enfeites de Natal cá de casa!
Uma tarefa que sendo mais rápida que colocar dá ainda assim algum trabalho porque há que identificar luzes e locais para o próximo ano.
Também a árvore de Natal foi encaixotada no costumado local para evidente tristeza da minha neta, fazendo recordar este texto que escrevi há quase dois anos.
Este desmanchar de feira anual são momentos, também eles importantes, nesta quadra que agora findou. Não fosse assim não haveria nem sorrisos das crianças quando em Dezembro próximo voltarem a ver tudo iluminado e enfeitado!
Tina morreu hoje na sua casa na Suiça. Para enorme tristeza minha já que nunca a vi actuar!
A minha primeira recordação de Tina Turner remonta aos anos 70 quando a vi como Acid Queen na ópera rock Tommy. Uma memória que jamais esqueci e que alertou os meus sentidos para a sua música.
Durante anos comprei cd´s atrás de cd´s da malograda cantora. A "Miss Legs" deixou uma marca na música e no espectáculo. Ninguém ficava indiferente à cantora. A sua poderosa voz encheu muitos corações. Foi uma verdadeira rainha do Rock'n'Roll.
Custa-me escrever sobre ela porque ela era "Simply the Best"!
Volto à carga!
Já por diversas vezes escrevi sobre as doenças mentais: aqui, aqui ou aqui.
Já em tempo de pandemia escrevi este postal referente a um jovem que era filho de um primo meu. Pois ontem soube que outra prima mais afastada de pouco mais de 20 anos, cujo nome nunca soube, suicidou-se.
Não vale a pena desenvolver mais este tema pois todos sabemos o que é a depressão e quais as nefastas consequências dela. O que provoca na vítima e naqueles com quem esta lida! É quase sempre uma batalha perdida. Mas nunca devemos desistir, nunca!
Porque no fundo, como escrevi num dos postais acima referidos, as pessoas que se suicidam há muito que estão mortas... Por dentro! E viver-se com um cadáver interior não deve ser nada fácil!
O problema é que ninguém percebe, valoriza... cuida! Especialmente se vive numa aldeia: "aquilo há-de passar - dizem."
Amanhã será dia da mãe. E entre muitas mães que já perderam filhos haverá uma que perdeu a sua filha numa guerra injusta para uma doença que não escolhe ninguém em particular.
Pois é... todos, mas todos mesmo poderemos ser abraçados por essa maldita!
Cuidemo-nos e cuidemos de quem nos rodeia!
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