Hoje acordei a desoras. Ainda não eram cinco da manhã! Como não tinha sono ataquei o meu portátil e fui rever uns textos. Mas o tempo passou depressa e às sete da manhá já andava numa fona para avançar para as filhós. Às nove já estavam amassadas e prontas para começar a fintar
para às onze e meia estarem prontas,
Para iniciar a bravata de as fritar.
Foram preciso cinco horas para fritar nove quilos de massa de filhós, ficando com este aspecto.
Mas o dia não ficou por aqui e toca arranjar tudo para preparar e fritar sonhos de... cenoura!
Entretanto fizeram-se já as pêras bêbadas.
Amanhã seguir-se-á as rabanadas e mais uma série de bolos e doces.
Portanto tal como falei ontem neste postal a azáfama natalícia paira no ar (e dói nas mãos e braços).
A partir da proxima madrugada principia a costumada azáfama natalícia cá em casa.
E a primeira irá levar o dia inteiro que são as filhós (que cá para mim que ninguém nos ouve, não prestam para nada... alguma vez se viu filhós sem açucar?)
Segunda-feira seguirá o resto dos acepipes para terça finalmente tentarmos descansar-antes da Consoada.
Este ano ainda se pensou reduzir muito estas actividades tendo em conta a parftida da matriarca da família. Só que nasceram duas crianças e celebrar a vida não será todos os dias nem para todos.
Portanto bora lá arranjar estômago para armazenar tantos doces.
Eu vou ser cuidadoso pois a idade não perdoa e não vale a pena perder a saúde por um naco a mais de doce. Mas de uma coisa vou ter a certeza de fazer se chegar à manha de 25... Arrigementar um pijama de bolos...
Faz hoje precisamente um ano que passei para o extenso grupo dos reformados.
Quando estamos no activo esta situação surge-nos num horizonte longe, mas para o qual vamos assumindo alguns desejos que não conseguimos cumprir enquanto trabalhador.
É comum ouvirmos: Quando me reformar irei... farei... lerei...
O problema pela minha parte é que me reformei no meio desta pandemia e tudo aquilo que eu imaginei... caiu por terra. Não passeei o que desejava, não fiz o que queria e muito menos li metade do que gostaria.
Mas houve boas contrapartidas... daquelas inesquecíveis e que ainda perduram. Uma delas prendeu-se com a assumpção dos cuidados diários de uma neta, que tem sido neste último ano a luz que ilumina os meus dias. Depois a escrita, especialmente na blogosfera, tornou-se permanente. Já para não falar de um mês completamente encerrado em casa pois fui infectado pelo bicho!
Finalmente sobrou tempo para aqueles pequenos concertos domésticos que andei tantos anos a adiar.
Mas sinceramente descansar... não foi, de todo, possível Só trabalhos!