Até que correu bem! Não comi muito, bebi mais do que é costume, mas sem exageros e fiz pratos novos (obrigado MJP!).
Portanto estou na segunda semana já com convocação para amanhã de um almoço de aniversário. Depois seguir-se-á segunda e quarta com consultas médicas de rotina!
Portanto uma semana que se prevê mais atribulada que a anterior, acima de tudo devido ao trânsito que irei apanhar na Ponte. Todavia não tenho pressa de chegar! Quero é chegar bem!
A praia de manhã tem estado muito boa mas conforme avança nas horas há um vento parvo. Um Sol fantástico mas a água continua a ser importada directamento do Polo Norte. Já era tempo de se mudara de fornecedor.
Fiquem bem... Portem-se mal e a gente lê-se por aí.
Jaquim e Eleutéria decidiram ir à praia no Domingo. Previa-se muito calor, razão mais que suficiente para uma escapadinha até ao mar.
No Sábado a mulher encostou, logo pela manhã, a barriga ao fogão e durante quase todo o dia andou a preparar o almoço para o dia seguinte. Entretanto Jaquim estendera-se ao comprido no velho sofá de “bojeca” nas mãos enquanto saltitava suavemente de canal em canal televisivo.
Domingo chegado e todos acordaram cedo. Pequeno almoço tomado foi chegada a hora de carregar o carro. Jaquim foi buscá-lo à traseira do prédio onde morava para a frente da porta, parando em segunda fila com os quatro piscas acesos.
Tudo carregado é a hora de se pôrem a caminho. Já perto do acesso à avenida da Ponte 25 de Abril percebe uma fila lenta de carros a seguirem o mesmo destino. Mas Jaquim não se amedronta e armado em desembaraçado passa por umas centenas de veículos e já bem perto do acesso enfia-se num espaço entre dois veículos quase causando um ataque cardíaco ao condutor do carro atrás de si. Poupou com esta manobra manhosa mais de uma hora de fila. Ri-se da sua esperteza…
Já na avenida da ponte não segue atrás dos outros e vai tricotando pelas três faixas. Ganha com isto mais dez minutos. Entretanto a entrada para a via rápida da Costa da Caparica parece estar cheia. Jaquim vai apertando, apertando e consegue com as manobras arriscadas passar à frente de muitos. Meio hora depois aproxima-se dos acessos à praia que estão repletos. Já passa das nove da manhã e a fila para as diferentes praias desfia-se lentamente. Jaquim tem de aguentar… agora não há volta a dar!
Já perto das 10 da manhã consegue finalmente parar o carro, não no estacionamento devido, mas num acesso encostado à berma. Coloca a viatura no sentido de saída e obriga a família a percorrer mais de um quilómetro de tralha às costas, a saber: chapéu, geleira e toalhas seguem com o homem, Eleutéria leva a alcofa com o arroz de frango, os pastéis de bacalhau e uns rissóis de pescada congelada, para além de uma enorme melancia, o Jaquizinho leva a bola e a Eleutérinha o balde e respectivos acessórios de brincadeira. Há ainda o iglo comprado recentemente e que se abre em dois segundos que vai também às costas de Jaquim.
O areal parece cheio, mas o homem não se atemoriza e num instante encontra um espaço onde descarrega a sua carga. A restante família faz o mesmo. Alargado o perímetro de influência Jaquim abre finalmente o iglo que realmente se desdobra em segundos. Encontra uns ferros que não percebe para que servem, mas atira para dentro a lancheira, o cabaz e demais coisas. ABre por fim o chapéu de sol.
Pega na bola mais o Jaquizinho e põe-se aos pontapés àquela. Logo à primeira vez acerta num velhote que estava serenamente sentado a ler um jornal.
Com um desculpe continua a jogar… Desta vez a bola foge e acerta num miúdo que fica num berreiro. O pai vem de lá e pede explicações a Jaquim e este finalmente percebe que tem de parar com a brincadeira. Decide ir correr à beira-mar. Mas também aqui as coisas não correm bem. Atropela diversos miúdos, dá três encontrões a idosos e molha todos ao seu redor. Sente que barafustam consigo, mas nem liga. Regressa a andar pela areia quente fugindo às vítimas da sua passagem.
Entretanto Eleutéria tentar recuperar o sono à sombra do chapéu. Mas quando chega o marido volta o trabalho. È meio dia e o homem tem fome.
A primeira coisa a abrir é a geleira pois é lá que estão as suas amigas “jolas”. E a salada e mais umas bebidas para os putos. Já para não falar da melancia...
Estendida uma toalha é tempo de comer. Uns jovens espigados passam a correr por entre os chapéus e lançam areia por todos os lados. Jaquim é também vítima e vai ter de acabar os seus pastéis de bacalhau em modo croquete.
O calor aperta assim como o sono. São duas da tarde e todos dormem agora, realçando-se Jaquim que ronca assustadoramente. O areal após o almoço ficou naturalmente mais vazio mas parece que tende novamente a aumentar de utentes.
É a hora dos gelados. Passa o vendedor e o homem abre os cordões à bolsa e compra gelados para todos. Iguais. Só que Eleutérinha tem somente quatro anitos e num ápice espeta com o gelado na areia. Jaquim fica furibundo, mas à menina “não se diz nada qu’é pequenina”.
O calor principia a esvair-se. A mulher pede para irem embora que vão certamente apanhar fila. O marido aceita e toca a arrumar tudo. A geleira está vazia assim como o cabaz. Sobram as toalhas, o chapéu e o iglo. Pois é nesta altura que tudo se complica… O iglo abriu em segundos, mas Jaquim está há mais de dez minutos a tentar fechá-lo para o enfiar na bolsa. Em seu redor todos riem, mas Jaquim nem repara. Mas está numa fúria danada quase decidido a deixar a tenda na praia. Finalmente um miúdo de dez anos aproxima-se e ajuda Jaquim a dobrar convenientemente a tenda e a enfiá-la na bolsa. O homem agradece e está para perceber como o puto conseguiu fazer aquilo… quase sem esforço.
Mais uma caminhada até ao carro. A fila estende-se pelos diversos acessos. Jaquim está contente porque o carro está quase na saída! Chegado ao veículo abre-o levando com uma lufada de ar quente. Já com todos dentro Jaquim vê um papel no vidro da frente, Sai do carro, retira o papel e percebe que tem uma multa, por estacionamente indevido, para pagar.
Furioso arranca com o carro e penetra na fila que o levará até casa nos arredores de Lisboa. Chegaram às dez da noite!
Quando há uns anos surgiu na capital o negócia da UBER, alguns dos meus colegas e alguns amigos, demonstraram a normal satisfação por um negócio, que parecia muito fechado, se abrir à sociedade originando uma concorrência que se pretendia competente e saudável.
Se nos primórdios a coisa surgiu bem feita e organizada hoje, por aquilo que vou constatando, tudo mudou. E para pior, obviamente.
Se antes os "fogareiros" (assim são ainda conhecidos os táxistas em Lisboa!!!) andavam na estrada como se fossem os únicos com direito a circular, hoje temos os UBER's a serem bem piores que os homens do táxi. Das duas uma: ou andam a morrer ou então colocam toda a gente em risco.
Quem anda pelas cidades sabe que geralmente o trânsito no seu interior é caótico. São os transportes públicos a pararem de 50 em 50 metros para largarem ou tomarem passageiros, são as terríveis cargas e descargas de mercadoria em plena via pública, são as entregas e agora os UBER's que atrapalham até mais não. Descobri que muitos dos condutores são imigrantes com pouco ou nenhum conhecimento da cidade e dos seus arredores criando ainda mais confusão.
Nunca soube o significado de UBER. Sei que é um negócio mundial, mas por cá poder-se-ia traduzir por "Um Básico EncaRtado"! Porque "TVDE" já sei o quer dizer!
Uma profissão que poderia ter tido era... táxista.
Conheço bem a cidade de Lisboa. Muitos recantos, ruas estreitas e caminhos mais rápidos para chegar ao destino.
Hoje parecia um táxista ou um condutor dessas plataformas de automóveis de aluguer. Comecei nos arredores de Lisboa, mais precisamente em A-da-Beja para ir parar em primeiro lugar a um hospital na actual zona nobre da cidade, mais conhecida como Parque das Nações.
A meio da manhã lá fui para o outro extremo da cidade em busca de outra pessoa que também estava num hospital. A meio do caminho percebi que havia percorrido somente nesta manhã mais de 60 quilómetros através de estradas e auto estradas que circundam a capital.
Ainda bem que conheço muitas vias alternativas para chegar a qualquer lado nesta urbe. Todavia por vezes também fico preso no trânsito. Hoje não foi um dia desses.
Mas há algo nestas estradas, avenidas, ruas e vielas e que se prende com o estado do pavimento que mui rapidamente se deteora.
Seria bom que alguém com responsabilidades camarárias neste sector tivesse conhecimento e melhorasse as vias.
Quem tem carro e trabalha em Lisboa e vive na Margem Sul sabe que para atravessar aqueles poucos quilómetros tem de se munir de paciência e espírito de sacrifício.
Não trabalhando eu, mas teng«do uma casa na "outra banda" é costume partir à sexta-feira para um fim de semana mais repousado (ou não!!!).
Hoje saí de casa eram duas e meia da tarde para uma consulta na dentista às três, tendo saído por volta das quatro e seguir para a zona de Alvalade em busca de resolver um problema com uma bateria de um aparelho que me faz falta!
Às cinco eis-me a caminho...
Na avenida do Brasil a fila chegava quase à rotunda do Relógio. Depois a Rotunda de Entre Campos estava repleta e a avedina das Forças Armadas compacta! Decidi então ir até ao Marquês e aí seguir para Alcantâra.
Má escolha... Do piorio...
Sei que cheguei a casa eram... sete e meia da tarde! Ou da noite... cerrada!
Já ando nesta barafunda de atravessar a Ponte 25 de Abril desde que tenho carro, mas nunca tive uma sexta feira assim. Pior... não vi nenhum acidente (na maioria das vezes são a razão primeira!), nem obras nem razão aparente para tamanho descalabro de trânsito.
Será que os lisboetas (eu incluído) estarão a fugir do Verão de S. Martinho? Ou será do Inverno?
Nestes dias de pluviosidade incomum o trânsito na capital, já de si assaz caótico, tende a piorar. Ou seja pela muita chuva que obriga a andar mais devagar ou seja pelo estado das ruas sempre muito deterioradas e raramente remendadas.
Os artistas que comandam as áreas dos pavimentos têm pouco senso para a possibilidade de dias com muita chuva, como são os de agora. E esta insensibilidade vê-se na maneira como os arruamentos são feitos, sem escoamentos capazes de evitar os lagos de água que vamos encontrando.
Não me venham com a ideia de que a cidade é centenária pois há zonas novas onde o problema das inundações das ruas também acontece! A maioria das vezes porque as sarjetas encontram-se entupidas e só ajudam alguns condutores imbecis que ao verem uma poça de água junto ao passeio adoram acelerar. Percebem para quê, não percebem?
Por causa desta postura de alguns automobilistas vi alguém, há muito tempo, no passeio com um calhau na mão... Nem imaginam como as velocidades se reduziram!
Quando adei a aprender a conduzir, já faz muuuuuuuuuitos anos, retive uma ideia que o instrutor me disse certa vez.
- Há uma enorme diferença em«ntre excesso de velocidade e velocidade excessiva.
Para logo a seguir explicar:
- Excesso de velocidade existe quando transitas na estrada a uma velocidade superior àquela que é permitida por lei. A velocidade excessiva não tem limite e significa que vais a uma velocidade perante a qual não conseguirás parar no espaço livre e desimpedido à tua frente.
Esta teoria têm-me acompanhado desde sempre e sinceramente não me tenho dado mal. Obviamente que já fui multado por excesso de velocidade, mas nunca tive problemas em velocidade excessiva. Até agora!
Hoje saí de casa para ir a Lisboa tratar de uns assuntos. O curioso ou estranho é que no caminho encontrei diversos acidentes que atrapalharam, e de que maneira, o trânsito citadino. A coincidencia é que foram todos acidentes que poderiam ter sido olimpicamente evitados, bastando para tal que tivessem tido um instrutor de condução como eu tive.
É verdade que as pontes são obras necessárias para acessos sejam pedonais ou de viaturas e comboios. A ponte 25 de Abril que atravessa o rio Tejo já perto da sua larga foz é uma daquelas obras hiper necessárias e movimentadas.
Quem por aqui vive ou como eu que vivi no Laranjeiro, freguesia de Almada e trabalhava em Lisboa, passei esta ponte milhares de vezes. E ainda passo pois tenho residência oficial na margem sul.
Certo é que com o tempo fui ganhando respeito a esta irmã (quase) gêmea da celebérrima Golden Gate de S. Francisco, nos Estados Unidos. Acima de tudo por um acontecimento há muitos, muitos anos! Vinha eu de autocarro no sentido Lisboa - Almada ou Norte - Sul, quando o trânsito parou no tabuleiro. Recordo que nesse tempo havia somente duas faixas para cada lado, quando agora são três.
Estivemos parados sem andar mais de meia-hora até que o motorista saiu e foi em busca de saber o que originara esta imobilização. Passado um bom bocado regressou e avisou que um caminhão se atravessara nas duas faixas e avariara. Não havia forma de sair dali tão depressa.
O final como imaginam resultou em sairmos do transporte e atravessar o resto da ponte... a pé! Era inverno e caía uma chuva forte. Assim que coloquei os pés no chão da ponte senti aquele tremor. Não gostei... mas segui os outros passageiros. Quando 500 metros mais à frente senti o chão fixo... respirei de alívio.
Hoje atravessei a ponte, mas de carro como faço tanta vez. A meio do trajecto parámos todos (ainda estou para saber porquê) e mesmo dentro da minha viatura voltei a sentir aquele tremor. Também é verdade que agora passa o comboio por baixo, mas seja como for não é uma sensação agradável. Eu, pelo menos, não gosto!
Por exemplo já passei a ponte de D. Luis a pé e sendo mais antiga e também com o Metro, não tive aquela sensação estranha que tive hoje.
Será da idade ou a ponte é uma passagem... para o outro lado?
Em termos gerais ou normais como lhe queiram chamar o povo português é boa gente. Obviamente que há sempre alguns mais parvos que outros, mas faz parte.
Gostamos de ajudar, especialmente se isso nos trouxer satisfação pessoal. Gostamos de bem receber quem nos visita, de preferência estrangeiros a quem muitos adoram enganar. Gostamos de festas, beber e comer alarvemente. E finalmente adoramos ser aquilo que não somos!
No entanto neste mundo luso, do Minho ao Algarve, há algo que não nos enobrece e continuamos a ser imbecis, com as consequências que vamos assistindo quase todos os dias. Falo da nossa má cidadania automobilística.
Temos muito que aprender com alguns países na nossa Europa. Mas não seremos únicos já que testemunhei casos como os nossos em Itália, principalmente no sul, e em Espanha onde, por exemplo, o sinal laranja... é para acelerar!
Em Portugal não se pode andar devagar... Se o fazemos arriscamo-nos a sermos vilipendiados e a nossa família até à décima geração por condutores que se consideram donos da estrada. Aquilo são buzinadelas, sinais de luzes, um constante esbracejar... quase desesperado, para no fim ultrapassar o carro mais lento uma via mais larga e ficar ao lado no semáforo vermelho.
Gostraria realmente de perceber o que passa na cabeça de muito portugueses... Fora do carro sáo gente pacata, serena e sempre bem disposta, mas basta entrarem num carro para encontrarem um "onofre" que os liga para a posição... besta!
Mas são tantos... então nas filas de trânsito... ui... Há quem lhes chame carinhosamente os... desembaraçados!
Já por mais de uma vez que refiro que Lisboa deixou de ser uma cidade pacata para se tornat uma espécie de torniquete com gente a entrara e a sair.
Comprfeendo que o turisto poderá ser o petróleo do futuro, especialmente para aqueles locais que souberem agarrar o estrangeiro de todas as maneiras e feitios.
Talvez por isso a cidade de Lisboa, especialmente a Baixa Pombalina e arredores, esteja quase transformada num enormíssimo estaleiro de obras.
De vez em quando tenho afazares na capital. Para tal levo o carro que estaciono num dos parques da cidade, geralmente o que fica na praça do Munícipio, e vou à minha vida.
Mas hoje a viagem correu menos bem, Como não oiço nem vejo notícias, nem vejo televisão não me apercebi de greve na CP. Resultado demorei quase uma hora para chegar onde queria e depois de tudo tratado demorei mais hora e meia a sair da cidade.
Portanto imaginem este cocktail urbano: obras e mais obras, com cortes de vias e muitos desvios, greve de transportes, pré-época de Natal com as descargas habituais de produtos por tudo o que é loja, e a cereja no topo do bolo, a chover...
Dá para perceber que a cidade já de si muito trapalhona tornou-se hoje profundamente caótica! Como já não via há muito tempo!