À laia de conclusão gostei muito de Trás-os.Montes. Não obstante os montes e vales que percorri, esta região tem tudo. Bonitas aldeias, vilas e cidades, belas paisagens, comida fantástica e gente muito afável.
Obviamente que esta província não é uma ilha açoriana onde os verdes são constantes e quase todos iguais. Aqui também vi muita zona verde, mas de diferentes tons. Uns mais claros, outros mais fortes, mas todos, todos simbolizando uma região virada para a agricultura.
Depois a comida superlativa em quase tudo. Se frequentei restaurantes quase vulgares, também comi em casas de qualidade muito acima da média. Mas tanto numas como noutras gostei do que comi, nomeadamente a posta mirandesa, a alheira ou o javali.
Os vinhos são bons, muito bons mesmo, mas isso já eu sabia tendo em conta uns amigos que são daquela região e também produzem vinho. Os enchidos de fumeiro são também excelentes donde se destacam, obviamente, as alheiras.
Fiquei três noites numa quinta de Agro-turismo, enorme e muito bonita. Serviço impecável, quarto enorme e muito confortável. O pequeno almoço estava também incluido e deu para provar um pouco de quase tudo da região: pão, fruta e diversos doces. Tudo no aconchego de uma lareira acolhedora.
Termino com a ideia de regressar a Trás-os-Montes brevemente. Todavia desta vez para conhecer outra zona. Quiçá Chaves ou Miranda do Douro! Na altura verei para onde tombará a balança.
Após um dia de ontem muitíssimo chuvoso temi que o dia de hoje tivesse o mesmo fim.
Felizmente tal não se confirmou e assim bem cedo parti para Quintanilha, uma aldeia encostada a Espanha. Aqui não consegyui perceber onde seria a antiga fronteira, mas pude embrenhar-me por caminhos desertos até encontrar isto.
Como não imaginava onde iria se optasse por um dos caminhos, preferi regressar ao carro.
Voltei à estrada e percorri muitos quilómetros sem ver vivalma, nem sequer um carro. A paisagem parecia quase inóspita com muitos terrenos pouco ou nada cultivados,
A determinada altura a indicação de Petisqueira. Virei para lá comecei a descer até que fui parar a Espanha, após atravessar umã fronteira natural que é o Rio Maçãs em português e Manzanas em castelhano
Após uma brincadeira com a fronteira meramente virtual acabei por chegar a Rio de Onor que foi uma bonita surpresa. O rio não é a fronteira como o Rio Maçãs, mas a beleza do local merece um cuidado especial. Um passeio lento por entre casas recuperadas e outras em mau estado.
E obviamente por Espanha oonde pude fazer este breve filme no meio do rio.
Aproveitei ainda para comprar artesanato nesta loja
Parti em busca de novas terras transmontanas e antes do almoço encontrei... França!
O ano passado fiz três viagens turísticas: ao Porto ainda antes da pandemia, a três ilhas dos Açores (Santa Maria, Graciosa e S. Miguel) e ao Alentejo profundo, estas últimas em pleno Verão.
Todavia este ano as coisas estão muito diferentes. Primeiro porque há uma criança que felizmente me inibe a liberdade. Mas nada que me preocupe... É bom sinal.
Depois a confiança nesta vacinação roça o vermelho o que me impede de fazer outras viagens. Entretanto tenho um "voucher" de estadia, num grupo hoteleiro conhecido que me foi oferecido. Desta vez irei, se arranjar vaga, para Trás-os-Montes. Gostaria de conhecer Vila Real, Mirandela, Vila Flor para além de Quintanilha, Rio de Onor e outras aldeias transmontanas.
Desconfio que o futuro não venha a ser simpático para as minhas próximas férias.