Por aqui o vento abriu as portas e deixou-se correr. Há uma agitação tão frenética que temi pela minha pobre horta. O feijão já deu o que tinha a dar. As curgetes estão a produzir com frequência e as aboboreiras crescem no terreno com à-vontade, como tanto gostam! Entretanto mesmo ao lado o tomatal verde faz pela vida e balança ao sabor do vento inclemente. Receei que a estrutura que vai suportando os tomateiros se desmoronasse qual castelo de cartas.
Por isso fui ajustar a estrutura e prender melhor algumas pernadas dos tomateiros, nomeadamente os mais carregados de tomates.
Gosto de passear por entre os tomateiros, perceber a próxima colheita e imaginar uma próxima e bela sopa de tomate.
Agora é aguardar que venha o calor para amadurecer os frutos ainda muito verdes.
Mais ou menos por esta altura do ano costumo fazer aqui um ponto de situação da minha horta de Verão.
Porém este ano fiz as plantações de forma diferente. Em vez de comprar plantas já crescidas fiz o meu próprio alfobre com as sementes de tomates que colhi o ano passado e também de algum feijão. Somente as curgetes é que comprei já crescidas e replantei-as.
Mas ou fosse do alfobre ou da qualidade das sementes, certo é que os tomatteiros estão pujantes e muitos deles com uma profusão de frutos.
Estes tomateiros requerem agora muito trabalho no sentido de os prender à estrutrura evitando que com o peso dos tomates caiam na terra.
Por outro lado o feijão está a produzir uma média de um quilo de feijão-verde por dia. O que é muito mais do que é necessário cá em casa. As curgetes, por seu lado, já enchem o frigorífico. O que vale é que a família é grande e vai-se distribuindo!
Para terminar a ameixeira já tem ameixas maduras. Muuuuuuuuuuuuuuuitas.
Já plantei os primeiros tomateiros, Não sei que tipo são, mas certamente não serão daqueles berlindes que é só casca e semente e quase nem servem para comer, somente para enfeitar.
Há dois anos vi uma plantação de tomateiros que me encheu o olho. Era aquela de uma prima direita que esteve muitos anos radicada nos Estados Unidos e de lá trouxe algumas sementes de tomates que nunca vi em Portugal.
Ficou na altura combinado que me arranjaria uns pés. Estávamos em 2019...
Devido à pandemia o ano passado não pude passar por casa dela, mas este ano não falhei... e de lá trouxe uns pés de tomateiros com os seguintes nomes:
Manitoba;
Brandywyre Black;
Best Boy;
Soldecki;
Ponderosa Pink;
Money Maker.
Plantados que foram acabei por fazer um mapa das linhas, identificando quem são e em que lugar se encontram.
Por aqui só conhecia o chucha, o coração de boi, o tomate maçã e o tal que falei no início e que dá pelo belíssimo nome de... chérri.