A cozinhar-se nova crise?
Fez no passado dia 15 de Setembro onze anos que um dos maiores Bancos americanos caiu. Falo obviamente do Lehman Brothers que com a sua queda criou um efeito dominó nos restantes bancos mundiais, originando uma crise nas economias de quase todos os países. As consequências são sobejamente conhecidas e pagámos muito caro (e continuaremos a pagar!!!) pelos desmandos que políticos corruptos, banqueiros sem escrúpulos e investidores patetas fizeram durante muitos anos.
Desde essa altura a segurança e legislação financeira apertou em todo mundo e hoje parece ser mais difícil que a história se venha a repetir. Mas será mesmo verdade?
Ontem o gigante turístico Thomas Cook abriu falência atirando 22 mil trabalhadores em todo o mundo para o desemprego, para além da falha de contratos com os operadores turísticos que depressa decidiram não dar mais crédito aos desgraçados dos turistas que previamente haviam confiado numa empresa com perto de 180 anos.
À primeira vista parece não haver quaisquer semelhanças entre o problema de Lehman Brothers e Thomas Cook.
Todavia o turismo tem sido uma indústria que tem crescido exponencialmente. Então em Portugal a coisa parece ter contornos de uma epidemia. Basta saber, por exemplo, quantos hotéis tem hoje a baixa Pombalina de Lisboa?
Ora se decalcarmos o caso de 2008 em cima do que que ontem foi amplamente noticiado, temos que muito brevemente poderá haver uma novel crise…
Esquecem-se os historiadores de economia, e não só, que a história tem, mais ou menos, tendência a repetir-se.
Portanto e antes que tudo falhe, está na hora dos nossos políticos e governantes se precaverem contra o cozinhado que se anda a preparar nas suas/nossas costas. Depois terão ainda menos desculpas que em 2008.