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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Pequenos e perigosos!

Desde há uns meses que escrevo mensalmente sobre esta malta, correspondendo a um desafio de escrita. Um conjunto de personagens que juntos originaram uma família estranha e... desconfigurada.

Só que as personagens sendo obviamenânciate ficcionadas, foram criadas a partir do que vou vendo por aí e ao mesmo tempo de retratos familiares que me chegam.

Tudo porque aquela família inventada assenta as suas relações em algo que tem vindo a ocupar espaço nas nossas vidas. Chama-se telemóvel ou mais commumente "smart phones"! Estes aparelhos ganharam tal relevância que quase não se consegue viver sem ter um deles ali mesmo "à mão de semear!"

Não fujo à moda... O raio do aparelho faz tudo o que antigamente uma enorme agenda faria e tem ainda o condão de nos relembrar das coisas... 

Se hoje estes equipamentos são verdadeiras ferramentas de trabalho ou actividade (como é o meu caso, que não trabalhando, não páro um segundo!), também em alguns casos tomaram, literalmente, conta da vida das pessoas.

Há quem viva dependente daqueles aparelhos de tal forma que são capazes, por exemplo, de entrar num supermercado, fazer as compras, pagar, arrumar os produtos nos sacos sem nunca, repito nunca, deixarem de falar ao telemóvel. Tal como nos jogos de futebol, no teatro, num concerto há quem não consiga despegar-se das redes sociais e afins! Uma tristeza!

Receio que o futuro dos meus netos fique desde já hipotecado a estes pequenos aparelhos tão giros, tão curiosos, mas demasiado donos das vidas.

Ainda estamos a tempo de arrepiar caminho!

Telemóvel... esse omnipresente!

Os telemóveis entraram nas nossas vidas e alastraram-se qual virus a quase tudo que fazemos. Não há sítio onde esses aparelhos não estejam presentes.

A verdadeira questão nem é a presença dos aparelhos, mas a sua permanente utilização, ao ponto de ser quase doentia. No trabalho, nos transportes públicos, nos restaurantes, em casa, nas lojas, na rua... portanto em todo o lado, basta para tal haver um ser humano.

Já referi algures que não entendo quem, por exemplo, vai ao futebol e passa o tempo a enviar mensagens através do seu equipamento, em vez de ver o jogo que decorre no relvado. Ou quem esteja no cinema a interagir com alguém em vez de ver o filme.

Também notei estas férias na praia algumas crianças já não brincam com a areia ou à beira-mar sendo estas brincadeiras substituídas pelos pequenos equipamentos.

Entretanto esta manhã fui à missa. Ao meu lado sentou-se uma senhora que passou o tempo de culto a enviar mensagens e provavelmente a recebê-las. Não poderia ter simplesmente desligado o equipamento? O meu ficou simplesmente no carro! Mais à frente um outro equipamento tocou... 

Contudo reconheço no telemóvel uma grande utilidade para o dia a dia, mas seria conveniente alertar e cuidar daqueles cuja vida está dependente de equipamentos e não percebem que aquele não é nenhuma pessoa, não tem sentimentos, nem é um verdadeiro amigo, não obstante a sua omnipresença!

Na lista negra!

Hoje tive a triste notícia de que um primo, ainda que afastado, foi neste fim de semana vítima de um acidente de viação, tendo ficado em estado considerado grave.

Segundo testemunhas que assistiram ao acidente a senhora causadora vinha a falar ao telemóvel.

Ninguém consegue nesta altura perceber como irá evoluir o estado de saúde do meu parente, mas o que quero aqui realçar é a origem deste desastre de automóvel. Mais uma vez um pequeno aparelho de telemóvel, na génese de um acidente grave, não obstante as sucessivas campanhas e a proibição por lei do uso daquele tipo de equipamento, enquanto se conduz.

Independentemente das consequências futuras e da imputação de culpas a verdade é que a autora do acidente irá continuar a usar o seu telemóvel, tendo ou não a permissão de conduzir.

Ora bem… eu não tenho nenhuma arma de fogo em casa, nem tenho permissão para a usar. Também é verdade que não necessito, nem a saberia manuseá-la. Da mesma maneira seria importante que quem originasse um acidente deste cariz, também fosse, no futuro, proibido de voltar a usar um aparelho telefónico. Conduzisse ou não!

Criava-se uma espécie de cadastro nacional disponível para todas as empresas que vendessem telemóveis, de forma a que quando alguém fosse adquirir um novo equipamento não o pudesse fazer desde que constasse da lista. Um género de lista negra de má conduta!

Creio que esta medida simples evitar-se-iam, certamente, novos acidentes com origem nos telemóveis.

Mais que campanhas ou leis proibitivas.

Lembram-se?

Lembram-se quando andávamos na rua e conseguíamos ver os prédios que nos rodeavam? Lembram-se?

Também se lembram daquelas infindáveis horas na sala de espera de um consultório médico e que ao fim de dois minutos já estávamos a escutar as lamúrias da anciã sentada ao nosso lado? Lembram-se?

Outrossim lembram-se quando atravessávamos as ruas com todos os cuidados olhando para cada lado no sentido de passarmos para o outro lado em segurança? Lembram-se?

Lembram-se daquele sorriso esboçado por um turista quando olhava estupefacto para uma qualquer praça portuguesa? Lembram-se?

Pois é… hoje ninguém olha para lado nenhum. Nem para os prédios, nem para o vizinho do lado, nem para o turista admirado nem para o trânsito perigoso.

Andamos todos pendurados nuns pequenos rectângulos que cabem na mão e que nos ensinam e mostram (quase!) tudo.

Olvidaram, no entanto, que à nossa volta há outras vidas, outras alegrias, outros sentidos e que, curiosamente, deixámos de dar por isso!

Uma campanha necessária

Tenho notado uma nova campanha chamando à realidade para o uso de telemóveis na condução e dos perigos que eles representam quando roubam a concentração aos condutores. Algumas personalidades deram a cara por esta iniciativa que merece naturalmente toda a nossa atenção. Basta um singelo segundo para a nossa vida ficar completamente virada do avesso.

Por essa internet tenho vindo a asssistir a outras campanhas semelhantes e no mesmo sentido de alerta. Falta no entanto perceber da sua verdadeira eficácia! Mas tudo bem, passemos à frente.

Os telemóveis são hoje objectos quase imprescindíveis (como pode evoluir o Mundo sem eles!!!) nas nossas vidas. São os filhos, pais, conjuges, amigos todos a precisarem dos nossos serviços e atenção.

É por isto que vemos cada vez mais gente na rua com os olhos pregados num rectangulo sem perceberem minimamente onde vão... De quando em vez batem numa pessoa e nem cuidam em pedir desculpa. Seguem o seu caminho sem mais preocupação.

E se o fazem despudoradamente no passeio também ousam fazê-lo ao atravessar uma rua. E é aqui que a coisa se complica... Eu sei que um peão tem prioridade numa passadeira... mas lançar-se assim para a estrada mesmo que seja nas linhas brancas, de olhos fixos no pequeno ecrán ou ao telefone é assumir um risco enorme.

Quantos acidentes já vimos nós perto das passadeiras só porque alguém teve de parar de repente para deixar passar um peão que pura e simplesmente se lançou para a passadeira sem cuidar se o podia fazer ou não? Muitos com certeza. Mas se à face do código da estrada um dos condutores é considerado culpado porque não "parou no espaço livre à sua frente" porque não pedir responsabilidade cível ao peão que provoca o acidente?

Eis assim uma campanha necessária: o peão não pode nem deve ser descuidado. E não sendo a passadeira o prolongamento do passeio, vai sendo tempo de se criar outrossim uma campanha avisando os peões do perigo que é atravessar a rua sem olhar nem tomar a devida atenção.

 

 

 

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