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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Quando o telefone (não) toca!

As pessoas mais velhas têm uma tendência, diria quase natural, para se queixarem de tudo e mais alguma coisa. Então das operadoras de telemóveis e televisão é um "ver-se-te-avias".

A minha mãe é uma delas. Com 83 anos facilmente as operadoras a enganam. Quando pensa que irá pagar menos... passa a pagar mais! Um horror. Mas um "sim" dito em qualquer lado da conversa gravada serve automaticamente para validar um novo contrato...

Hoje sábado vim à Aroeira passar um fim de semana de praia. Após mais de 15 dias de ausência daquela, era já tempo de regressar a ver e a sentir o mar. Cheguei cedo sem apanhar fila na Ponte 25 de Abril, andei a arrumar umas coisas que havia trazido, quando dei conta que o meu telemóvel estava sem internet.

"Estranho!" - pensei. Ainda da última vez estava tudo a trabalhar. Como tinha de ir para a praia deixei para depois para ver se as coisas normalizavam.

De tarde e após o almoço voltei a tentar a internet, mas nada. No telemóvel, entretanto, surgiam nomes de duas redes que eu não conhecia e pensei até que fosse da moradia ao lado.

Resolvi ligar para a operadora e após algum tempo de espera um senhor apareceu na linha e a quem contei o que se passava. Quando refiro que surgem dois nomes de redes diferentes eis que o operador me comunica que na realidade teria havido recentemente uma actualização de software e que esta, em muitos casos, alterara o nome do distribuidor de sinal (vulgo router).

Experimentei então colocar a password e eis que tudo se liberta. Agradeci o apoio, mas não deixei de referir que a operadora deveria ter comunicado a eventual alteração.

Segundos após ter desligado recebo um sms da minha operador de telemíovel (que é diferente da televisão e internet) a comunicar que a chamada teria tido um custo de 1,82 euros sem IVA.

Fiquei sinceramente varado com a situação. Então a operadora muda as coisas a seu bel-prazer, não comunica aos clientes que se obrigam a telefonar e ainda por cima sou taxado pela chamada...

Obviamente que não está em causa o euro e mais uns cêntimos que terei de pagar, mas deveria haver alguma maneira de eu ser ilibado de pagamento de algo para o qual não contribui e cuja culpa foi de uma prestadora de serviços.

Que tal um provedor para estes caso? Mas fora da alçada da ANACOM, obviamente!

Não se aceita a resposta... NÂO!

Tenho quase a certeza que as operadoras de telemóveis e televisão serão as empresas mais enganadoras dos seus clientes. Quiçá a par com as companhias de seguros.
Um destes dias a minha mãe foi abordada por uma dessas empresas para renovar o seu contrato. Ligaram para o telemóvel e desfiaram um rosário de prendas e serviços, canais e telefones por uma quantia irrisória.

Ao que a minha mãe respondeu:

- Eu NÂO quero nada disso. só pretendo manter os mesmos canais. Até porque só vejo normalmente um canal.

Lá disse o canal preferido, mas o operador manteve o discurso das enormes ofertas e a minha mãe manteve o dela de NÂO querer nada a mais do que já tinha.

Certo é que a palavra NÂO para as operadoras de televisão e seus colaboradores deve estar omisso no seu léxico. E deste modo colocaram um SIM.

Vai daí a minha mãe recebeu uma carta da operadora com cartões para colocar no telemóvel, algo que recusara.

Agora vai ter de ir à cidade, ao balcão da operadora entregar os ditos cartões e requerer o seu antigo contrato, que foi o que sempre desejou. Nem mais nem menos.

Este caso verdadeiro é o espelho real da forma como as empresas de telecomunicações trabalham. Mal...

A verdade é que a minha mãe vai tentar, a bem, resolver o problema que ela não criou, mas as empresas que assim operam - à revelia dos seus clientes - deveriam ser severamente multadas ou mesmo proibidas de exercer a actividade. Não se pode enganar as pessoas... Ponto!

Aproveitam-se de gente incauta, inculta ou idosa para abicharem mais uns milhões. Por seu lado a ANACOM também demora a dar provimento às reclamações, tal é o número de queixas, o que joga sempre a favor das operadoras.

Falta neste negócio verdadeira e feroz concorrência. Daquela que beneficia os utilizadores e não os prejudica!

E uma justiça célere que ajude os consumidores.

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