A ciência médica tem evoluído de forma fantástica, principalmente, no último meio século muito à custa das novas tecnologias. Desde um simples RX, à Ressonância Magnética ou a uma Tomografia Axial Computorizada, já para não falar dos potentíssimos microscópios ou demais ferramentas cirúrgicas, em todos estão presentes diferentes e assertivas tecnologias.
Nenhum dos actuais médicos vive sem o uso de ferramentas tecnologicamente evoluídas o que torna a medicina, por um lado mais fácil mas por outro com acrescidos níveis de responsabilidade.
Na passada sexta feira fui ao meu médico cardiologista que até há pouco tempo estava num dos diversos hospitais privados depois de ter passado por alguns públicos.
Sou amigo deste médico desde os tempos de escola. Sempre bom aluno cedo percebi que estaria ali um fantástico clínico. Não me enganei!
Hoje é responsável máximo na sua área, numa conhecida clínica. Saiu de um lado, foi para o outro, avisou.me da mudança, mas eu segui-o como achava que deveria fazer.
Abraço daqui e dali, lá fomos para a consulta.
Após uma espécie de prefácio onde ele me agradeceu a confiança passou a explicar-me o que se seguiria. Disse ele:
- Agora com os computadores muitos médicos têm dificuldades em transcrever na totalidade toda a história clínica do doente, até porque cada paciente fala a uma velocidade e a dicção também é assaz diferente.
Perante esta verdade (quase) indesmentível explicou-me o que se iria seguir.
- Isto é um microfone que gravará a nossa conversa toda. No final perceberás.
Bom iniciámos a conversa e falei de tudo o que já havia tido em termos de doenças, respondendo às diversas questões formuladas. Após uma óptima conversa ele avisou-me que iria desligar o microfone e perceber se faltava alguma coisa.
Segundos depois aparece no visor informático toda a nossa conversa à qual foi subtraída toda a informação sem qualquer interesse médico. Um espanto informático que tem como base a Inteligência Artificial.
Fiquei maravilhado com o que assisti. Não ficaram registos alguns de temas diferentes de área médica. Se falasse de futebol ou política a aplicação não ligaria ao tema.
Assim sim... a IA poderá ser uma mais valia! Que deveria ser implementada em todos dos hospitais e centros clínicos. Poupar-se-ia certamente muito tempo e recursos!
Desde há cerca de uma semana que o meu telemóvelo é assediado diariamente por chamadas oriundas... dos confins do Mundo. Sempre que atendo lã vem uma voz num linguajar que não é de Camões e acto instantaneo desligo a chamada.
Se alguns números vêm com indicativos da Lua, Marte ou do planeta AXJ-13, outros parecem tipicamente de operadores nacionais! E mesmo que bloqueie esses contactos, no mínimo manhosos, logo outros surgem com a mesma assiduidade.
Portanto a partir de agora só atendo os números que tenho na minha lista telefónica. Fora isso temos pena mas vão directamente para o lixo.
O que contei até agora são factos, pura e simples. O que me atemoriza é perceber quem é esta gente (marcianos não são de certeza) e o que é que pretendem com estas ligações... E pior é tentar entender como chegarm a este meu número, já que não tenho algumas das conhecidas redes sociais (o feicebuque raramente é usado e no instagram nunca tive conta).
Sou uma pessoa simples e de vida tão banal, sem qualquer tipo de interesse, não entendo porque desejam tanto falar comigo!
Devido ao Web Summit que iniciou hoje lembrei-me que a tecnologia é cada vez mais importante, mas acredito que jamais conseguirá substituir o ser humano.
As milhentas plataformas que hoje existem para tudo e mais um par de botas ainda não conseguem fazer a totalidade do que o homem precisa.
E por mais inovadores que sejam os equipamentos e plataformas ainda estarão muuuuuuuuuuuuuito longe da enormíssima capacidade intectual do ser humano. Até porque se a base de toda a inovação é um sistema binário (entre 0 e 1) dificilmente uma máquina terá, por exemplo, sentimentos... que são tudos menos binários!
E quem diz sentimentos diz emoções, sensações e demais funções (a rima é propositada)! Não estou a ver uma máquina a operacionalizar coisas que só o homem tem consciência do que é para fazer.
Sei que com acesso a um pequeno telemóvel posso, hoje, movimentar milhões, comprar e vender uma casa, um barco ou simplesmente encomendar uma pizza! Tão simples!
No entant,o por muito que se queira entregar nas mãos de equipamentos electrónicos a responsabilidade de actividades que cabe apenas ao homem, tenho a certeza que um destes dias alguém irá parar e simplesmente dizer:
- Chegámos à fronteira... a partir daqui a máquina não é necessária!
Diria que as descobertas mais importantes nos primórdios terão sido a roda, o uso de metais e o fogo. Depois disso a evolução ter-se-á normalmente acelerado.
No século XIX houve a conhecida explosão industrial que no fundo foi o primeiro grande alicerce para aquilo que somos hoje.
Entretanto no século XX a revolução tecnológica abriu espaço para muitas valências. Dizem que o homem foi à Lua (serei dos poucos que não acredita!!!), as comunicações passaram a viajar à velocidade da luz para finalmente o último grito ser um ser humano artificial (literalmente).
O vídeo chegou-me ontem e fiquei impressionado com o que vi.
Será verdade ou apenas publicidade enganosa? Mas se for verdade como foi possível o ser humano descer tão baixo?
Poderão dizer que é apenas uma máquina com aspecto humano, mas para mim este protótipo poderá vir a ser uma espécie de Caixa de Pandora.
Seria bom que alguém cuidasse que o verdadeiro princípio do fim da humanidade poderá estar para breve.
O título deste postal deveria ser: "Como explicar a uma criança de três anos o que são livros!" Mas como compreenderão seria enorme o que nestas coisas dos títulos não convém nada!
Cá por casa há muitos livros. E não há mais porque os vou distribuindo por outra casa.
Desde sempre a minha neta que aqui passa os dias tem naturalmente convivido com a minha biblioteca. Só que recentemente dei conta que a cachopita, já de três anos, pega nos livros aos quais consegue deitar mão e faz com eles brincadeiras. Trata-os bem, cuida deles, mas creio que ainda não percebe qual a verdadeira função daqueles volumes.
Na verdade os livros a que ela chega são quase todos policiais. Se bem que nestes esteja também incluída uma colecção de 10 enormes volumes de uma colectânea que Ross Pynn juntou e dos quais mostro uma das capas e que começam a ter algum valor e são raros de encontrar, mesmo em alfarrabistas, já que não houve reedicções.
Mas regressando ao tema principal de hoje como explico a uma criança que os livros são genuinamente nossos amigos? Que nos ensinam tudo, baste querermos aprender?
Hoje com tanta tecnologia à distância de um clique de um rato electrónico, os livros tenderão, quiçá, a desaparecer materialmente. Perante isto que justificação dou a uma criança ao ver o espaço que os livros ocupam na casa?
Por exemplo o livro mais antigo que tenho remonta ao século XIX e são as "Les Fleurs du Mal" de Charles Baudelaire que comprei num alfarrabista no Quartier Latin em Paris. Decorria o ano de 1980!
O título deste postal deveria ser: "Como explicar a uma criança de três anos o que são livros!" Mas como compreenderão seria enorme o que nestas coisas dos títulos não convém nada!
Cá por casa há muitos livros. E não há mais porque os vou distribuindo por outra casa.
Desde sempre a minha neta que aqui passa os dias tem naturalmente convivido com a minha biblioteca. Só que recentemente dei conta que a cachopita, já de três anos, pega nos livros aos quais consegue deitar mão e faz com eles brincadeiras. Trata-os bem, cuida deles, mas creio que ainda não percebe qual a verdadeira função daqueles volumes.
Na verdade os livros a que ela chega são quase todos policiais. Se bem que nestes esteja também incluída uma colecção de 10 enormes volumes de uma colectânea que Ross Pynn juntou e dos quais mostro uma das capas e que começam a ter algum valor e são raros de encontrar, mesmo em alfarrabistas, já que não houve reedicções.
Mas regressando ao tema principal de hoje como explico a uma criança que os livros são genuinamente nossos amigos? Que nos ensinam tudo, baste querermos aprender?
Hoje com tanta tecnologia à distância de um clique de um rato electrónico, os livros tenderão, quiçá, a desaparecer materialmente. Perante isto que justificação dou a uma criança ao ver o espaço que os livros ocupam na casa?
Por exemplo o livro mais antigo que tenho remonta ao século XIX e são as "Les Fleurs du Mal" de Charles Baudelaire que comprei num alfarrabista no Quartier Latin em Paris. Decorria o ano de 1980!
Tenho um armário com uma série de filmes que gostaria de ver alguns que nunca vi e rever outros. Todavia o equipamento blu ray que me ofereceram há 14 anos já não consegue ler os filmes. Portanto das duas uma:
- ou deito tudo fora;
- ou compro um novo leitor.
Neste momento estou inclinado em adquirir um novo leitor, até porque não imagino quanto custará mandar reparar o antigo.
Imagino que muitos pensarão, e com alguma propriedade, que esta tecnologia já se encontra em desuso. Mas da mesma maneira que não deitei fora os discos de vinil, as cassetes de bobines, nem as cassetes de vhs também não me sinto confortável em desfazer-me destes dvd's.
Caberá aos meus descendentes dar caminho a estas coisas quando eu já não estiver presente. Para já ficam os filmes e virá um equipamento novo!
A tecnologia é hoje parte integrante da nossa vida. Quase nenhum de nós vive sem um computador, seja ele portátil ou de secretária, sem telemóveis, sem um microndas, enfim sem uma série de equipamentos aos quais nos fomos habituando e sem os quais já nem conseguimos sobreviver... quanto mais viver
Talvez por isso as marcas aproveitem a época de Natal ou de início do ano para colocarem no mercado novos aparelhos, especialmente equipamentos telefónicos ou similares. O consumismo puro e duro a impor as suas regras.
Já nem trago aqui as consolas de jogos que fazem parte de uma outra mole de gente.
Os portugueses não fogem obviamente a este circuito e é vê-los nos cafés ou em almoços a dirimir prós e contras para a escolha na compra deste ou daquele novel telefone. E quase sempre o dinheiro não é a razão principal...
Todavia o que mais me espanta é que a maioria das competências dos equipamentos telefónicos não são nem nunca serão usadas. Ou porque os utilizadores não têm real necessidade ou porque nem sabem das possibilidades dos novos periféricos.
Ora se assim é porquê adquiri-los? Porque um novo telemóvel ou um recentíssimo "tablet" dá um certo estatuto. Provavelmente após a sua aquisição não haverá dinheiro para comer uma refeição decente. Mas isso a quem interessa saber?
Vi hoje na televisão uma palestra sob o título "Imagine 2084".
Conduzido por Graça Castanheiro, reconhecida realizadora de cinema na área do documentário, esta palestra e outras que se seguirão sob a égide do CCB versaram sobre o futuro mais ou menos longínquo: o ano de... 2084.
Estas palestras foram-me indicadas por uma amiga e têm o único sentido de se tentar imaginar o será a nossa sociedade daqui a pouco mais de 60 anos. Obviamente que a data sugere a obra prima de George Orwell, 1984, mas quiçá, por isso mesmo, se torne interessante calcular o que diversas pessoas de diferentes áreas científicas e pedagógicas terão para nos revelar.
Para o ser humano conhecer o futuro foi sempre a sua preocupação primordial. E deste modo estes debates podem, eventualmente, desvendar o que poderá vir a ser o futuro dos nossos filhos e netos.
Sem que ninguém, no entanto, tenha a certeza.
Próxima emissão sexta feita dia 9 pelas 23 horas na RTP 3.
Há muitos anos quando os nossos mais íntimos pensamentos eram por nós verbalizados, vinha sempre alguém que nos dizia: "Estás maluco, agora andas a falar sózinho..."
Nessa altura ficávamos muito preocupados essencialmente pela imagem que transmitíamos.
Mas o tempo e a ciência fez um favor enorme à humanidade...
Com a invenção e posterior proliferação dos telemóveis passámos todos a estar mais contactáveis. O curioso é que muitas vezes quando ligamos a alguém a primeira pergunta é: onde estás?
Mas voltando às conversas a sós nas ruas reconheço que evoluimos muito. De tal forma que quando hoje vemos alguém que aparentemente se encontra a falar sózinho nalgum diálogo aceso, já consideramos que deve ser uma pessoa muito atarefada.
Tudo por causa de uns auscultadores ou então de um qualquer "denteazul".