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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Até sempre Manel!

Na vida há muitos heróis e poucas lendas. Mas o Manuel Fernandes estava muito para lá dessas figuras quase míticas. Muito mesmo...

Era um Sarilhense simples, mas um homem com agá muito grande. Tão grande que não coube na pequena povoação à beira Tejo plantada.

Decidiu talvez por isso ser futebolista e ainda o vi jogar no Lavradio no velhinho campo da CUF com a camisola do clube da Margem Sul. Para no ano seguinte rumar a Alvalade e ao Sporting clube do seu/nosso coração.

Viu-o jogar tantas vezes, mas tantas, em Alvalade! E marcar golos daquela maneira que só ele sabia. Todavia a todos respeitava sem excepção. Ninguém para ele era um inimigo apenas mais um adversário, como se pode comprovar neste celebérrimo video.

 

Sei que ninguém vive eternamente porém o Manel poderia ter andado por cá mais uns anitos. Seria bom para todos nós.

Mas Deus também é adepto e convocou-o para a sua selecção de homens bons! Como muitos outros.

Estava em Alvalade aquando da recente homenagem feita ao eterno capitão! Um momento marcante e que o Manel deve ter adorado e que, obviamente, mereceu!

Obrigado por tudo o que nos deste! Pelo exemplo fora e dentro do campo. Pela força e coragem que sempre te levou um bocadinho mais longe.

Até sempre Manuel Fernandes e descansa em Paz!

(Deixa-me chorar em silêncio a tua partida. Posso?)  

Foi bonita a festa, pá!

Todos sabem que sou um adepto fervoroso do Sporting. Gosto obviamente que ganhe, mas sempre sob a capa do desportivismo e sem malícia!

Desde o passado dia 6 que a equipa de futebol do Sporting havia garantido o primeiro lugar que deu direito a muita festa, que eu assisti. Conforme escrevi aqui, em devido tempo.

Hoje sábado o Sporting regressaria a sua casa, após duas semanas de muita alegria e muita festa por todo o lado, onde se jogaria uma partida da derradeira jornada do campeonato. Curiosamente o primeiro contra o último. As malhas que o destino tece...

Obviamente que eu não poderia faltar. Após o derradeiro apito do árbitro, veio a consagração final com a entrega, ao nosso capitão de equipa, do troféu.

Uma festa bonita com o estádio cheio, cheio com muita juventude, muitas senhoras e muitos adeptos que se sentiram estranhos num ambiente pouco habitual (percebia-se bem isso!).

Para os outros costumados clientes era só aproveitar o momento. Que foi de muita luz, cor e fogo de artifício.

Festa_scp.jpg 

festa_scp_1.jpg 

Obviamente muita alegria, no fundo o extravasar de tantos momentos sofridos durante toda a época. Não obstante o futebol ser por vezes e infelizmente, palco para algumas bravatas desta vez tudo correu muito bem. Não imagino se a entrada da polícia de choque não terá também inibido algumas pessoas.

Seja como for: foi bonita a festa, pá!

Crónica de uma longa noite

Desde algumas semanas que se previa a vitória do Sporting no campeonato maior do nosso futebol. Então desde que ocorreu o empate no estádio do Dragão, há aproximadamente uma semana, a previsão quase passou a ser uma certeza. Faltava apenas saber qual seria o dia.

Neste fim de semana desportivo o Sporting cumpriu a sua parte perante um Portimonense aflito com uma vitória por três a zero, conforme eu e mais 49556 almas testemunhámos no estádio.

Faltavam, após esta vitória leonina, somente dois preciosos pontos para a equipa de Alvalade se sagrar campeã. Para isso bastaria que o perseguidor "apenas" não ganhasse o seu jogo, que à partida se antevia complicado. E foi... De tal forma que às 22 e 30 minutos quando o jogo terminou em Famalicão, uma onda verde irrompeu no país inteiro.

Por aqui já havia comunicado à família que se o Sporting fosse campeão iria até ao Marquês. Mas passaria primeiro por Alvalade para seguir atrás do autocarros dos campeões. A pé... obviamente.

Partimos três de casa e quando chegamos ao estádio a festa estava já instalada.

 

Muitos adeptos de todas as idades e géneros, vestidos a rigor e a entoar cânticos bem conhecidos de todos os sportinguistas. Foram quase duas horas de espera. Tochas, muitas tochas, potes de fumo, bombas que rebentavam de propósito sob o viaduto criando um barulho ensurdecedor. Já para não falar dos diversos e pequenos fogos de artifício.

Era quase impossível filmar alguma coisa tal era o fumo que cobria a zona.

A determinada altura as pessoas agitaram-se para logo percebermos que o autocarro estava a aparecer com os atletas. Ali estavam eles, jogadores, treinadores e dirigentes... os enormas obreiros desta vitória.

 

Foi entáo neste preciso momento (o ficheiro diz que era meia noite e quinze) que se iniciou a minha longa noite.

Durante muitos minutos ainda tive a companhia do meu filho e do meu sobrinho. Porém e tendo em conta que hoje seria dia de trabalho para eles acabaram por regressar a casa onde chegaram à uma da manhã... Ainda assim melhor que eu, mas já lá vamos.

As ruas e avenidas ao redor do estádio de Alvalade eram um mar de gente de verde vestida, que seguiam simplesmente atrás do autocarro, aos cânticos e debitando slogans já sobejamente conhecidos. Eu incluído.

Já sozinho apressei o passo para me chegar mais perto do autocarro dos "Campeões". De vez em quando parava-se mas era mais por causa dos fumos e bombas, já que não havia trãnsito. A estrada e passeios, entretanto, atapetavam-se de lixo, muito lixo.

Depois os adeptos... tantos, tantos de camisolas ou t-shirts vestidas com muitos nomes. Uns dos próprios, mas a maioria com nomes dos atletas. Os de agora como Gyokeres, Pedro Gonçalves ou Coates e alguns antigos como foram Palhinha, Porro, Ronaldo e até Figo.

Quando cheguei ao Saldanha estava perto do autocarro e foi aí que assisti a um belo lançamento de fogo de artifício.

 

Mas foi também nesta zona que dei conta de algumas pessoas já caídas no chão e tal era a bebedeira, que nem queriam ser socorridas. Acabei por continuar a minha marcha até ao Marquês onde cheguei já muito tarde e só depois de ter sido devidamente revistado pela polícia.

O Marquês era agora um mar completamente verde.

20240506_015120 (2).jpg

Até os edífícios perto se solidarizaram.

20240506_014124.jpg 

Ninguém conseguia caminhar. Estava-se preso no meio de uma multidão em extase e que não paráva de gritar e cantar. E não interessava se eram homens, mulheres, jovens ou velhos... Naquele instante eram todos, todos, todos um só: o 12º jogador, que tanto ajudou a equipa.

Olhei o relógio e as três da madrugada aproximavam-se. Senti que era hora de regressar a casa. Porém havia um pequeno detalhe que eu contara: não havia transportes para casa. Assim decidi seguir para casa a pé. Poderia ser que a caminho apanhasse um táxi. Poderia... se tivesse aparecido.

Doze quilómetros calcorreados a pé para chegar a casa bem de madrugada e muito, muito cansado. Não sou filho da Madrugada como cantou o Zeca, mas simplesmente um adepto tonto como tantos milhares que encontrei a noite passada!

Há emoções...

... a falar mais alto.

Hoje ou melhor este fim de tarde, início de noite, o meu foco não estava na minha vida pessoal, mas lá no Minho, terra de um amigo meu onde o meu Sporting jogava um jogo com atraso de... 77 dias.

Não pago canais de futebol. Razões minhas que agora não interessa! E daí não assisti ao jogo em directo na TV. Mas ia escutando via rádio o relato da Antena 1. Ao intervalo com o Sporting a ganhar apenas por um a zero, pensei melhor e desisti também de escutar o relato. O meu pobre coração não resiste a tantas emoções.

Por isso hoje não escrevo mais nada.

Como disse no início deste postal há emoções que falam mais alto. Eu sei que isto é uma doença ou uma loucura. Mas ninguém é perfeito, pois não?

Deixem-me viver esta doidice!

Crónica de uma tarde de Domingo

Para a tarde de hoje estava programada uma ida à bola.

O Sporting iria jogar no seu estádio contra o Dumiense, equipa minhota que milita nos Campeonatos de Portugal, o que equivale dizer de um escalão muito inferior ao da Primeira Liga. Portanto nível de dificuldade a roçar o fraco.

Mas como o jogo era de Taça de Portugal e nesta competição são frequentes os tomba-gigantes seria bom o Sporting respeitar o adversário não fosse o Diabo tecê-las. E não teceu!!!

Saí de casa eram 17 e 06 minutos já que o jogo principiaria às 18 horas. Pouco trânsito e num instante tinha o carro estacionado. O cachecol embrulhou-me e a camisola Stromp agasalhava-me (ainda não me pagam para fazer publicidade na minha vestimenta!!!)

Passo rápido e ainda longe do estádio apercebi-me de mais adeptos e seguirem o mesmo trajecto. Tudo normal em dia de jogo. Mas muitos deles vinham acompanhados das esposas e companheiras e consequentes infantes, todos vestidos a rigor.

Quando cheguei perto do estádio vi uma enorme fila para entrar na minha porta de acesso. Caso raro! Depois entendi a verdadeira razão: as crianças. Muitas…

Sentei-me por fim no meu costumado lugar. Todavia ao meu redor gente diferente da que costumo ver noutros jogos. Acima de tudo muitas mulheres de todas as idades. Vi idosas, jovens e crianças da idade da minha neta mais velha.

Ao intervalo um conjunto de miúdos gritava a plenos pulmões o nome do clube do seu coração.

Depois os diversos golos e a festa estava por fim consumada!

Fim de jogo e regresso a casa! Para trás ficaram duas horas de pura e genuína alegria! Não só pelo volumoso resultado, mas por este publico tão jovem, mas já tão fervoroso adepto.

Imagino que sejam assim os jogos de futebol em Inglaterra!

Isto anda tudo preso ...

... por minudências!

Depois do meu Sporting ter ganho um jogo no último segundo do tempo de desconto, para na semanaseguinte  haver um fora-de-jogo por uma mão-travessa não assinalado e que favoreceu também o Sporting, desta vez foi a atleta Auriol Dongmo, do lançamento do peso, que perdeu a medalha de bronze por um pé maroto que ultrapassou os limites originando a invalidação do seu último lançamento, que a ser válido lhe garanteria o terceiro lugar, nos Campeonatos Mundiais de Atletismo a decorrer em Budapeste.

Este intróito serve de lançamento para a ideia de como em tudo na vida basta uma fracção de segundo, um "cagagésimo" de mílimetro para que tudo ganhe novos contornos - bons e maus! No desporto então... é um ver-se-te-avias de casos destes. Mas no nosso dia a dia também assim é!

Há quem chame a todas estas situações sorte ou a falta dela. Eu, sinceramente, nunca soube o que lhes chamar!

O que sei e tenho consciência é que são estas minudências que comandam a nossa vida.

A gente lê-se por aí!

Futebol inteligente!

A célebre  máxima “o futebol é um jogo de cavalheiros jogado por brutos e o rugby é um jogo de brutos jogado por cavalheiros” pressupõe, à partida, que os jogadores de futebol serão na sua maioria gente de bestunto mediano. Sabem fazer uns malabarismos com a bola, umas fintas, são vistos por olheiros mais ou menos competentes para depois se tornarem vedetas, algumas pagas a peso de ouro.

Porém o futebol como desporto requer, como tudo na vida, de inteligência. Por vezes daquela superlativa.

O golo de ontem no Emirates Stadium na bela cidade de Londres, casa do Arsenal e que já deve ter dado três voltas ao Mundo, é um perfeito exemplo do que acabei de escrever.

O transmontano Pedro Gonçalves que o Sporting em boa hora foi buscar ao Famalicão mostrou como se pode usar a inteligência no relvado. Não é só a técnica do remate, mas essencialmente ter a capacidade de perceber que dali donde se encontrava poderia ser feliz.

Obviamente que para tal necessitaria de rematar com conta, peso e medida. Foi o que fez o jogador leonino que tantas vezes é criticado, em outros jogos, pela sua postura menos assertiva ou alguma ineficácia.

A inteligência no futebol rege-se pela forma como o atleta em campo consegue perceber o momento em que pode ser feliz.  Torna-se óbvio que necessita de ter técnica acima da média para executar um passe ou um remate, mas hoje em dia quase todos os jogadores profissionais são anormalmente habilidosos.

Jogadores verdadeiramente inteligentes não evoluem muitos nos nossos relvados. Infelizmente para o bom futebol!

Eu estive lá! (outra vez)

Na passada quarta feira escrevi num blogue cooperativo um texto sobre o jogo do dia anterior que tinha oposto o Sporting do qual sou fervoroso adepto, como todos sabem, ao Manchester City quiçá actualmente a melhor equipa do Mundo.

Entre várias coisas que escrevi disse que o treinador leonino, não obstante a derrota. poderia aprender alguma coisa mais com o jogo adversário que com o resultado.

Não imagino se Ruben Amorim leu o tal postal, mas no jogo de hoje percebi uma equipa diferente daquela que costumava ver. O Sporting puxou dos galões de campeão nacional e mostrou que ainda é candidato à vitória do campeonato, todavia não dependendo somente de si.

Mas o melhor mesmo desta tarde/noite, para além dos sempre apetecíveis golos, foi a postura da equipa, que vendo-se a ganhar por três a zero e jogando 11 contra 10 do Estoril, não deixou de carregar no acelerador de forma a ampliar a vantagem.

Boa atitude dos jogadores. Óptima presença dos espectadores acima dos 35 mil.

Eu estive lá, outra vez, e não me arrependi!

Ruben Amorim e as CI

Um caso de estudo!

Nunca vi nenhuma conferência de imprensa de Ruben Amorim enquanto treinador do Braga. Actualmente não perco uma…

Seja na vitória ou na derrota a forma como Amorim estilhaça as perguntas dos jornalistas com respostas assertivas, bem estruturadas e sem nunca fugir ao assunto, traduz uma apetência inata para o lugar que ocupa. Não se refugia em velhas e gastas desculpas quando as coisas correm menos bem, como também não se coloca em bicos dos pés quando ganha.

Aquela postura e discurso não se aprende em nenhum compêndio. Advém, calculo eu, de uma convicção e uma crença que nasce no seu interior e se transmite a quem o escuta.

Nesta altura o que mais me diverte ver e ouvir nas Conferências de Imprensa com Ruben Amorim, não será como pretende ele que a equipa jogue o próximo jogo (isso já todos sabem!), mas perceber como ele se esquiva e sai sempre por cima nas respostas aos diferentes jornalistas.

Diria que este cavalheiro merecia ser um caso de estudo.

 

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