Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

LadosAB

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Debates sem nexo

Não estou a falar de política, não! Tão somente de gente simples, que no café debatem com energia e, quiçá, algum fundamentalismo, as suas ideias.

Desta vez o tema que estava a ser debatido versava sobre os lagares de azeite e na suas capacidades para enganarem os clientes. Entrei na conversa e tentei chamá-los à razão pois pareceu-me que o debate estava repleto de equívocos.

- Se eu mandasse neste país estavam todos na prisão. É vê-los a roubar por tudo quanto é lado - assume um.

Esta ideia de que anda meio mundo a enganar outro meio é antiga, quase ancestral, mas não cria raízes no meu espírito.Todavia se num minuto estamos a discutir médias oleícolas logo a seguir salta-se para o futebol e daqui para a freguesia.

Tudo feito com demasiado alarido sem que alguém consiga provar o quer quer seja das suas desconfianças. O que interessa é que a voz se sobreponha ao do outro.

Verdadeiros debates, mas tal como os dos políticos sem qualquer nexo...

Só porque sim.

A vitória única do bom senso

A vitória de Maria Corina Machado como Prémio Nobel da Paz é um gesto de grande cuidado e acrescentaria de imensa coragem por parte da Academia Norueguesa que escolhe entre os candidatos recomendados.

Obviamente que a esquerda portuguesa não irá perorar sobre a nova laureada até porque a Venezuela é um daqueles países onde a democracia pluralista não existe, tudo em nome de uma filosofia política muito estranha.

Dizem que um dos candidatos seria Donald Trump. O que eu me ri com a ideia de premiar um imbecil daquele calibre. Se tal acontecesse o prestígio desse prémio e dos respectivos premiados roçaria a linha vermelha. O mundo necessita de gente que lute com ganas pela paz, independentemente da sua opção política. Não é defendermos a paz na Palestina e a guerra na Ucrânia.

Assim sendo a Academia Norueguesa poderá ter criado um mal-estar político em Caracas. E as consequência disso pode-se reflectir no preço do petróleo.

Seja como for... saúdo entusiasticamente a vitória de Maria contra o boçal Trump.

A gente lê-se por aí!

O meu certificado de habilitações!

Hoje estive com o meu mais recente certificado de habilitações, passado por uma escola secundária de Lisboa onde nunca andei.

Também curioso é que este certificado está datado de 2009, numa altura em que a Ministra da Educação era a Dra. Maria de Lurdes Rodrigues.

Ora bem... nesse tempo era Primeiro Ministro um senhor chamado José Sócrates, hoje a contas com a justiça, e ao que se sabe (dizem as más línguas|) até acabou um curso de engenharia num sábado chuvoso em que o professor da faculdade nem apareceu.

Terá sido com base neste exemplo prático do antigo primeiro ministro, que mais tarde por despacho da Senhora Ministra, todos que em 1979 ou antes tivessem terminado 2º ano do Curso Complementar dos Liceus (antiquíssimo 7º ano, hoje 11º!!!) poderiam requerer a actualização para o 12º ano actual.

Fui isso que fiz naquele ano de 2009. Hoje sou dono de um 12º ano de escolaridade de papel passado sem sequer ter posto os calcantes numa escola com essa valência.

À boa moda socrática!

Escapar ao negócio!

Vim à aldeia beirã numa viagem rapidinha, quase só para homenagear o meu falecido sogro que fará amanhá 17 anos que partiu e apanhar alguns marmelos e gamboas para a próxima marmelada e geleia.

Saí cedo da capital, parei na feira do Feijão Frade na Lardosa e continuei para a aldeia, onde almocei. Depois do almoço o calor apertou e fiquei em casa até que a temperatura fosse mais branda.

Voltas para um lado e para o outro era já noite quando parei num café e pedi uma "mine" para amenizar a sede. Estava eu dentro do café quando um homem que conhecia, mas creio nunca lhe ter falado se aproximou de mim e perguntou se eu era primo do C., e sem que eu pudesse responder atirou:

- Tenho ali um pedaço de terra ao pé de si e queria saber se estaria interessado em comprar.

Atacado assim de chofre a minha reacção foi genuína e a resposta mais ainda:

- Não sei se quero... já tenho por aí tanta coisa, e depois não sei onde é...

- É a fazenda pegada consigo do lado norte... a que tem um barracão.

Obviamente que a minha série de aquisições de terrenos rústicos nos últimos anos ficou célebre e apetitosa para quem se quer livrar de terrenos. Ou de trabalhos. (Apostaria na segunda!). Mas para esta gente é necessário ter cautela com o que dizemos. Por isso inventei uma desculpa:

- Eh pá... até poderia estar interessado desde que a fazenda esteja em seu nome. Ela está?

A atrapalhação denunciou a venda:

- Ah, não sei... mas acho que não! Aquilo foi herança do meu pai e só soube que tinha aquilo após a sua morte.

- O costume por aqui... Mas então coloque o terreno em seu nome e depois falamos. Pode ser?

Um ar de desânimo surgiu na face, para logo acrescentar:

- Mas fazemos o negócio, o senhor fica com aquilo e quando tiver os papéis prontos faríamos a escritura. E pagava-me nessa altura.

Escapei outra vez:

- Sinceramente não me sinto bem nessa situação... Trate de colocar tudo em seu nome e só depois poderemos falar em fazer negócio. Até lá nada feito. Não me leve a mal...

O homem ficou desiludido com a minha postura. Mas também não poderia ser de outra forma. Farto de pagar escrituras de usucapião estou eu! Ainda por cima são caras e demoradas na sua conclusão.

A minha fama de tudo comprar vai-se esfumar, acredito eu, mas não me importo nada! Até porque prédios rústicos tenho até até.

Agora se ele quiser tratar vai ter que gastar umas boas notas. E o tempo que irá demorar...

Mas antes ele que eu!

Frases para uma vida!

Conheci mal o meu avô paterno já que só tinha 12 anos quando ele (ou Alguém por ele) decidiu levá-lo para o lado da Eternidade.

Deixou cá os seus filhos, sete vivos ao todo, e dos quais ainda sobram cinco, sendo o meu pai um destes...

Com o tempo fui descobrindo momentos da sua atribulada vida. Uns mais fantásticos que outros, mas em todos eles encontrei diferentes e recomendáveis lições, traduzidas em frases que perduraram pelo tempo e pela família. 

De todas ou quase todas as que ouvi reservei para mim como base de vida apenas três. Podem ser poucas, mas reconheço nelas verdadeiros pilares, não só para sermos felizes, mas também para vivermos em paz.

A primeira diz o seguinte:

- Dinheiro e santidade é metade da metade!

Realmente num tempo em que muitos assentam as suas vidas no faz-de-conta, esta máxima contem todo esse triste sentido de ser o que não se é. Não estaremos a mentir aos outros, mas a nós mesmo!

A segunda adapta-se que nem uma luva aos dias de hoje e diz o seguinte:

- Dinheiro no bolso não consente misérias!

Por aquilo que retiro da frase já naquele tempo havia quem vivesse muito acima das suas possibilidades. Nem que fosse à custa dos outros.

Finalmente a terceira frase deveria ser adoptada por muitos políticos e figuras de proa, evitando com isso muitos trabalhos e demais sarilhos. A frase é lapidar e nem necessita que eu acrescente alguma explicação. Diz então:

- Mais vale o que fica por dizer, que aquilo que se diz!

Três frases, máximas o que lhes queiram chamar. Expressões que todos deveríamos ler, nem que fosse uma vez por semana. Talvez vivessemos bem melhor.

Eu bem tento...

A gente lê-se por aí!

 

Falemos de afectos!

Começo pelo princípio!

Hoje, por uma série de condicionantes familiares e logísticas acabei por levar a minha neta à natação, acção para a qual estou apenas convocado para fazer à terça-feira. Assim, e sendo eu o condutor de UBER especializado, levei também o "piqueno" de ano e meio de idade mais conhecido cá em casa pelo "caipira".

Traquina e curioso como qualquer criança da idade dele, coube-me ficar a tomar conta enquanto a avó se dedicava a ajudar a vestir a irmã. O miúdo já anda sozinho e em locais desconhecidos prefere ousar. Deixei-o no chão e ele andou ali para trás e para a frente para depois seguir os caminho da rua naquele seu passo de "saca-trapos"..

A tarde estava amena e na entrada das instalações da piscina há uma série de cadeiras e algumas mesas. Peguei então no cachopito e coloquei-o em cima da mesa e ali estivemos em brincadeiras que obviamente só ele conhece, tendo em conta o tempo que está comigo.

Aquilo foram minutos de muitos afectos, dele e meus, com festas, abraços, muita risota e mais não sei quantas coisas que nos ligam. O estranho foi num momento perceber duas senhoras que ocupavam as cadeiras da rua para fumarem (este tema nem vale a pena falar!!!) e nos olhavam. Percebi pelaa postura de ambas que comentavam esta nossa demonstração pública de carinhos e afectos. Um avô e um neto em verdadeira alegria de viver.

E é aqui que entro directamente no tema de hoje... os afectos!

Sempre fui de afectos e carinhos, traduzidos estes em amplexos e ósculos ou outra qualquer forma de demonstração daqueles, seja de forma privada ou pública. Nunca tive qualquer problema nisso. Imaginem então o que passei, no tempo da pandemia... com uma neta acabada de nascer e eu sem a poder abraçar ou beijar.

Ora bem... cada um tem a sua maneira muito própria de mostrar o carinho que tem para dar. Uns são mais reservados, outros mais expressivos (como será o meu caso!) e há aquelas pessoas que nem sim nem não, antes pelo contrário. Mas o que convém realçar é que ninguém deveria ter receio ou vergonha de mostrar aos outros os afectos que tem para oferecer.

Por este lado nunca tive qualquer problema de publicamente cumprimentar um amigo com afectividade humana. Parece-me um acto normal entre dois seres humanos. Sejam homens ou mulheres... não interessa!

Para não me alongar  mais remato com a ideia de que os afectos não servem somente a quem os tem, mas outrossim a quem os recebe!

Somos todos Palestinianos!

Estou plenamente convicto que a Palestina mais tarde ou mais cedo será um país com os mesmos direitos de todos os outros países. E não digo isto por ser de esquerda ou de direita.

Ou melhor creio que se a Palestina tivesse sido invadida pela Rússia (nesta altura do campeonato Mundial de guerras qualquer razão serviria!), provavelmente os que até agora defenderam a Palestina como um estado independente ficariam em silêncio. Mas isto sou eu a desviar-me do assunto que aqui me trouxe.

Portugal fez muito bem em reconhecer a Palestina como Estado soberano. O que Israel tem feito na faixa de Gaza e arredores deveria ser mundialmente condenado. Todos sabemos o que aconteceu aos judeus aquando da Segunda Guerra Mundial, mas em pleno século XXI tentar fazer algo semelhante por Israel parece-me algo profundamente horrível e condenável.

A Palestina merece o seu lugar, o seu espaço na história do Médio Oriente e do Mundo. Dar a mão a esta gente não é estar contra ninguém, mas apenas a favor da paz.

Uma paz que se pretende duradoura e assente em compromissos de ambos os lados e devidamente monitorizados por equipas da ONU ou outras quaisquer organizações de paz.

Hoje e pegando no estúpido atentado de há dez anos em Paris e na consequente palavra de ordem da li saída diria que actualmente "Todos somos Palestinianos!"

Corpo a bateria?

Tal como os novos carros movidos a electricidade que param quando a basteria está no fim também o meu corpo anda a dar sinais de baterias a roçar o vermelho.

Faz parte do nosso próprio envelhecimento deixarmos de ter a energia que tínhamos há 10 anos. Da mesma maneira que equipamentos electrónicos também as nossas baterias vão ficando viciadas e aquilo que fazíamos numa ápice, agora demora muuuuuuito mais tempo, já para não falar da dificuldade.

Quer queiramos quer não a vida é mesmo assim e a nossa única maneira de lidarmos com estes déficites de força e coragem é... aceitar. Não creio que haja outra hipótese para vivermos minimamente felizes. Também é verdade que isto não acontece a todos da mesma maneira. Nem surge apenas a quem trabalha muito.

Conheci alguém que nunca se esforçou, nunca testou os seus limites físicos ou psicológicos. No entanto morreu mais cedo do que seria previsto para quem tipicamente "nunca fez nada na vida"! Portanto trabalhar ou não trabalhar não será a primeira razão para gastarmos mais ou menos baterias humanas.

Todo esta prosa leva-me a pensar que se não seria prudente estudar-se uma maneira de colocar umas baterias, tipo telemóvel, no nosso corpo (escondido algures), de forma a termos ali uma reserva de força para alguma necessidade premente. É que já para depois do próximo feriado de Outubro (eu sei que calha ao Domingo, mas não deixa de ser feriado!!!) vai principiar a minha primeira campanha de azeitona deste ano. E eu sinto-me com tããããããããão pouca coragem para tal.

Necessitava mesmo de umas baterias!

Ou se calhar uma jeropiga bem apaladada seria suficiente!

Que me dizem?

É oficial...

Estou completamente aposentado.

Se até ontem a minha reforma era paga totalmente pela minha antiga empresa, a partir de hoje há uma parte que é paga pela Segurança Social e completada pelo Fundo de Pensões. Isto é, (x) será a minha pensão total, (z) pagará a SS e o meu Fundo de pensões pagará (y), perfazendo o (x) inicial.

A partir de agora irei somar todos os valores obtidos da minha pensão de velhice (se eu fosse desses wookistas também queria este nome - velhice - alterado!!!) e perceber se no fundo dei lucro ou prejuízo à SS. 

Não  imagino quanto tempo viverei mais, mas já começo a ver um túnel negro ao fim da linha.

Também é verdade que não descontei muitos anos. Nas contas da SS dizem que 28 anos com salários a contar para a carreira contributiva. Eu não estou de acordo com a carreira contributiva pois creio que foi menos. Mas as entidades competentes lã saberão.

É portanto oficial: estou olimpicamente reformado.

A gente lê-se por aí!

A guerra já começou?

Não sou historiador nem para lá caminho. Também tenho consciência que no meu tempo de escola a História de Portugal e do Mundo era explicada de forma diferente do que será hoje.

Visto que não sou um especialista em factos antigos e respectivas razões que originaram longas e sangrentas bravatas, tenho vindo com a idade a tomar sentido que como tudo ocorre. Ou ocorreu!

Pelo que vou percebendo os historiadores gostam amiúde de colocar uma data precisa num determinado acontecimento e a partir dai assumirem que foi nesse instante que uma guerra, uma conquista ou uma derrota principiaram. Aceito essa teoria tendo em conta o passado mais ou menos longínquo.

Todavia nos dias que hoje correm uma longa guerra, principia no momento que a população anónima, mesmo que de um país não directamente envolvido, percebe que mais tarde ou mais cedo haverá enormíssimos confrontos bélicos e que estes entrarão pela casa dentro não só via televisão ou internet, mas infelizmente de forma real e de maneira muito violenta.

Estamos perto desta assumpção... muito perto mesmo! E não me admiraria nada que a Europa, mais breve do que julgava ou desejava, venha a pegar em armas.

Haja alguém que perceba que caminhos andamos a trilhar, para que um destes dias não venha a ser tarde demais! 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Os meus livros

Pela Noite dentro... contos e outros escritos
Des(a)fiando Contos
Quatro desafios de escrita

Os Contos de Natal

2021
2022

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D