Desafio - A minha resposta...
... ao meu próprio desafio!
Lancei ontem um desafio a toda a comunidade que alimenta esta forma de escrita e publicação.
A dúvida assaltou-me há uns anos quanto fui revisitar alguns dos recortes de jornais onde escrevera e num deles encontrei, numas “Respostas a Proust”, um texto em que me definia como escritor, jornalista, poeta e outros (bons) epítetos.
Foi nesta altura que fiquei a pensar nas palavras escritas, não por mim, mas naquelas que me eram dedicadas. E de todas a que mais me chamou à atenção foi a de escritor.
Ora com a minha entrada na blogosfera passei a escrever mais, a opinar mais, a ler também mais os outros espaços. Compilei também uma série de pequenos contos que já havia escrito e publicado num blogue criado para o efeito.
Mas tudo o que disse atrás será suficiente para me considerar ainda assim um escritor? E nem me estou a qualificar… assinale-se. Somente a assumir uma espécie de estado de espírito.
Diria então que para se ser um escritor não basta criar conteúdos e passar para papel algumas ideias. É necessário muito mais. De outra forma um cientista que publica um ensaio técnico sobre a "influência do acasalamento das pulgas no crescimento das batatas", poderia também ser denominado como um escritor. Ou um cozinheiro que inventa umas receitas e as publica num compêndio, deixaria a arte de Vatel para ser também um homem das letras...
Na minha visão, para alguém ser considerado escritor será necessário, obviamente, obra reconhecida, publicada, assumida e marcante. De outra forma qualquer um de nós o poderia ser. Inclusivé eu!
Termino com um velho provérbio, dizem que é chinês, mas eu não afianço, que diz que para se escrever um livro é necessário ter lido mil.
Tenho dúvidas se já li tantos livros…
Se calhar já... mas para ser um verdadeiro escritor necessito ler muitos mais.