Bragança - dia 3
A ideia para este dia seria fazer um périplo por diversos locais que gostaria de visitar. Uns porque sempre ouvira falar neles, outros por algures no tempo vira imagens e dissera para mim "um dia hei-de visitar" e a terceira por indicação de quem conhece a zona.
Comecei por Macedo nde Cavaleiros onde tomei um belo café. Pouca gente na rua, talvez por ser domingo e ser ainda bem cedo, mas gostei da cidade e acima de tudo daquele local onde patrões e futuros empregados se reuniam para chegarem a acordo quanto à féria a pagar. Ao que li aquela zona era muito rica em cereal.
Segui para Vila Flor onde tive a sorte de, à chegada, perceber que estaria prestes a iniciar uma missa na Igreja Matriz
desta bela vila transmontana. Não hesitei e assisti a uma celebração muito concorrida e devota, a lembrar as celebrações semelhantes nos Açores.
Tinha entretanto a indicação de visitar Nabo uma freguesia limítrofe a Vila Flor. O "gps" deu as indicações necessárias e durante minutos desci a uma aldeia remota. Não parei na povoação e voltei a subir por outra estrada, mas ficou o registo de um local onde não vi terras abandonadas e onde as oliveiras parecem ser rainhas.
Segui depois outra indicação de visita: o Santuário de Nossa Senhora da Assunção. Situado no cabeço de Vilas Boas este Santuário é sem dúvida merecedor de uma visita atenta e demorada.
A sua longa escadaria com mais de seiscentos degraus leva-nos a lugar fantástico onde podemos desfrutar de uma paisagem muita bonita ao redor do Santuário.
O tempo corria contra e quando dei por mim já eram quase horas de almoço. Foi o momento de procurar em Mirandela "a bela" local para comer.
Não foi fácil mas após escolher o restaurante e aguardar uns bons minutos vi-me finalmente sentado a comer... alheira! Só podia...
Bom depois foi a volta sacramental à zona ribeirinha de Mirandela donde se destaca obviamente a sua bela ponte sobre o Tua.
Uma zona muito agradável tendo do lado de lá mais um santuário: o de Nossa Senhora do Amparo.
Não tendo a beleza e o assombro do santuário de Vila Flor é ainda assim muito apreciado pela população transmontana,
Uma referência final ao problema que existe no meio do Rio Tua e que se prende com um cano roto. Provavelmente já era tempo de o terem arranjado...
Aproximava-se o fim da tarde mas ainda tive tempo de visitar Valpaços e uma igreja moderna que observa a povoação lá de cima.
Estranhei, no entanto, a falta de pessoas nas ruas desta vila transmontana. Ainda por cima a um Domingo véspera de feriado. Excluindo algumas viaturas creio que se poderia contar pelos dedos das mãos a quantidade de pesssoas com as quais me cruzei. Também é verdade que as lojas estavam todas encerradas. Até cafés e pastelarias...
Regressei finalmente a Bragança, mas desta vez escolhi a velha estrada a EN15. Mas depressa me arrependi tendo em conta a quantidade de curvas e contra curvas com que me deparei! Assim que pude entrei na A4.
Terminei a noite a jantar numa taverna no castelo de Bragança.