Parece ser um sucesso além fronteiras a forma com o jornalista da Antena 1 relatou os golos de Ronaldo. O Daily Mail assim o reconhece. Eis a peça: http://www.dailymail.co.uk/sport/football/article-2510481/Epic-radio-commentary-Cristiano-Ronaldos-hat-trick-internet-hit.html
A vida tem destas coisas. Imaginemos que Portugal se apurava directamente sem ter de passar pelo “play-off”… Hoje seria apenas mais um dia normal de quarta-feira fria e sem (muito) interesse.
Mas a selecção gosta de apimentar a nossa vida. E assim displicente e anafada durante a campanha normal e que a levou a mais estes dois jogos, a equipa portuguesa encheu-se finalmente de brios, vestiu o fato de macaco arregaçou as mangas e trabalhou para ser feliz.
Porém muito se há-de falar e escrever nestes próximos dias sobre a “ronaldodependência” da selecção lusa. Um caso de futuro estudo sociológico, estou certo! Porém nada disto teria tanto valor assim se um tal de Blatter não tivesse publicamente auto-ridicularizado com a (má!) demonstração do “comandante” Ronaldo. E mais uma vez se prova que estes dirigentes desportivos, reféns de selecções e países, não percebem nada de futebol nem dos seus artistas. É sobejamente conhecido como Ronaldo gosta de ser apupado, para retirar do fundo de si mesmo ou dos seus pés jogadas mirabolantes e golos fantásticos. E o actual presidente da FIFA, ao colocar-se a jeito com a s suas patéticas declarações, só deu azo a que CR7 respondesse em campo, duma forma que não deixou dúvidas a ninguém.
Hoje Blatter deve ter acordado com uma terrível dor de cabeça, fruto de uma bebedeira de golos de Ronaldo e que a noite (ainda) não ajudou a digerir.
Finalmente a estreia de mais um português na selecção. Creio que a primeira de muitas… William Carvalho mostrou estar ao nível dos seus companheiros e, curiosamente ou não, foi já com este jogador em campo que Portugal deu a volta ao marcador.
E repetindo a história antiga, lá vai mais um punhado de portugueses “achar” terras de Vera Cruz!
Dizia o meu avô, homem pouco letrado mas de imensa sabedoria, que o “calado vence sempre”. Durante anos a fio não entendi o que pretendia dizer com aquela máxima. E se até hoje não tivesse percebido as suas palavras, as controversas declarações do Presidente da FIFA hoje apresentadas serviam de perfeito exemplo.
Mais do que brincar com Ronaldo e idolatrar Messi, o actual Presidente da mais importante organização futebolística do Mundo, acabou involuntariamente por derrotar o jogador do Barcelona num próximo duelo para “Melhor do Mundo”.
Blatter ficou refém das suas próprias palavras. E nem mesmo o pedido de desculpas que a seguir apresentou publicamente consegue limpar a face.
E muito provavelmente, na altura de se escolher o melhor jogador do Mundo, muitos dos votantes desviarão o seu voto para outros jogadores que não Messi, pois não pretendem ficar ligados às declarações e preferências de Joseph Blatter.
Polémicas à parte CR7 acabou hoje por marcar mais três golos pelo Real Madrid, numa vitória da equipa merengue por 7-3 contra o Sevilha europeu, exibindo assim ao mundo porque é um dos melhores, se não mesmo o melhor!
E eu, que nunca gostei por aí além deste jogador, rendo-me à natural evidência!
Vi-o jogar no meu clube de coração vezes suficientes para perceber que era um craque. Mas daí a ser homem… vai um passo gigantesco.
Mas o pior é quanto menos o admiro mais ele me obriga a engolir os meus (maus?) pensamentos. Bolas, é demais! Sofro horrores com este atleta.
No entanto se me perguntarem porque não o aprecio… nem sei responder correctamente! Mas foi algo que me ficou colado dentro de mim vai para uns tempos.
A Cristiano falta-lhe algo que tinha Luís Figo, por exemplo, e que se chama maturidade.
Quer se queira quer não, os jogadores de futebol têm a natural tendência para amadurecerem mais cedo que os da mesma idade e que não têm a mesma actividade. As viagens, os estágios, as longas ausências do seio familiar, o lidar constantemente com gente (muito) mais velha, dá ou devia dar uma maior capacidade de entender os problemas. E claramente crescer!
Ronaldo, não obstante a sua qualidade técnica e o seu talento inato para num segundo resolver um problema, é em campo ainda um miúdo, onde a sua voz não parece ser (muito) ouvida.
Restam-lhe finalmente os golos, sim! Para alegria dos portugueses e, obviamente, para meu desespero.
Previa-se um dérbi renhido. É por demais sabido a rivalidade entre os dois clubes madrilenos. O Real a minimizar uma autêntica hecatombe de desaires, esta época. O Atlético a tentar recuperar um troféu que não lhe pertencia ia para 17 anos.
Começou bem o Real com um golo ainda antes de passar o primeiro quarto de hora de jogo. Ronaldo foi o seu autor. Mas o Atlético não se atemorizou e aos 34 minutos empatou.
A segunda parte trouxe um jogo de (muita) pouca qualidade mas rasgadinho. Muitas picardias que o árbitro foi controlando com uns amarelos. Oportunidades flagrantes de golo para o Real mas o guarda-redes colchonero mostrou-se à altura do e,mbate e por diversas vezes salvou a baliza do Atlético.
Ao fim dos noventa minutos o empate ajustava-se ao que se passara em campo. No inicio do prolongamento Mourinho, entretanto expulso por contestar a arbitragem, faz de uma assentada três substituições, que nada valeram ao Real. Bem pelo contrário pois aos oito minutos Miranda colocou a Atlético na frente do marcador.
Redobraram então as picardias que culminaram na expulsão de Ronaldo num lance muito pouco desportivo. O “caldo” estava entornado e até ao fim do jogo foi um fartote de faltas para ambos os lados, diminuindo em muito a qualidade do jogo já de si muito depauperado.
Deste modo Mourinho e quiçá Ronaldo despedem-se de Espanha sem um único título esta época.
Claramente uma alegria para os detractores do “Special One”.
Não bastava a política onde todos criticam mas ninguém avança com qualquer proposta viável, na justiça onde quem tem dinheiro consegue adiar o que num pobre é condenado, na economia onde cada emprego dá direito a meia dúzia de desempregados, não bastava tudo isto, repito e temos aí mais um caso no futebol.
Primeiro o Apito Dourado, uma montanha que pariu um rato (leia-se Boavista FC). Depois os casos Carlos Queiroz, Bozingwa, Simão e quejandos. Mais recentemente o assalto à FPF e finalmente o alargamento da 1ª liga para 18 clubes de forma a incorporar o Boavista…
Todavia para que esta última acção se desenrole é necessário que o clube do Porto faça prova de uma quantidade de pagamentos que tinha em atraso… Se assim não for mantem-se na liga onde se encontra actualmente. E o alargamento consumado!
Tudo somado, um imbróglio à portuguesa. O costume!
Podemos ter dos melhores jogadores do mundo, os melhores treinadores mas sem dúvida alguma exibimos dos piores dirigentes desportivos, especialmente no futebol. Se exceptuarmos o senhor Jorge Nuno Pinto da Costa, que do alto da sua antiguidade sabe mais a dormir que todos os outros com insónias, todos os restantes dirigentes são fraca gente.
A única coisa que pretendem é aparecer seja onde for, qual conhecido “emplastro” na Avenida dos Aliados. Faz tempo que ouvi alguém dizer que o negócio do futebol mexe com muuuuuuuuitos milhões. E quem mete as mãos nesse cesto de cifrões jamais tira de lá as mãos sem algo agarrado.
O pior é que olhamos aqui para a nossa vizinha Espanha, campeã da Europa e do Mundo, e surge com duas equipas nas meias finais da Liga dos Campeões. Algo se faz em Espanha para se chegar a esse patamar.
E Portugal? A nível de selecção vamos lutando para os playoff’s, porque já não sabemos ganhar como outrora. Quanto às equipas vivem numa dimensão tão diferente… quanto o sol é diferente da lua. É por tudo isto que Cristiano Ronaldo vê fugir, todos os anos, os melhores prémios para os adversários, mesmo que estes nada ganhem. É claramente a má imagem desportiva que continuamos a apresentar lá para fora que nos prejudica.
Talvez por isso José Mourinho apareça quase sempre como um homem a abater. Assim foi em Portugal, Inglaterra ou Itália. É a vez de em Espanha tentarem “incomodar” Mourinho apelidando-o de Ditador. Mas para o setubalense a forma soez e vil como o atacam ainda lhe dá mais força e prazer.
Acabei mesmo agora de ver o jogo Real Madrid contra o Manchester United e já tenho saudades. Independentemente da equipa que passar aos quartos de final, o jogo desta noite foi de… pormenores. Mas dos bons…
Aquele toque com a luva, logo no dealbar da partida, por parte do guarda-redes visitante e minutos depois a falha clamorosa da defesa do Real, deu ao Manchester uma vantagem que durou “apenas” 10 minutos. E digo apenas porque, não obstante se encontrar a perder mesmo contra a corrente do jogo o Real não se desnorteou e mostrou força e carácter, qualidades que tem faltado em jogos bem mais fáceis…
No final o resultado parece claramente injusto para a equipa de José Mourinho que (quase) sempre mostrou ser muito melhor que o seu adversário. Todavia coube ao Manchester a última grande hipótese de marcar, tendo o guarda-redes madrileno defendido um remate de Van Persie nos últimos segundos. Ronaldo esteve muito bem, marcando o golo da ordem (e que golo!!!), jogando e fazendo jogar. Gostei também de ver Di Maria que esteve sempre num ritmo elevado, quebrando um pouco antes da sua substituição. E de tal forma este atleta foi influente que com a sua saída, o Real jamais foi a mesma equipa. Fábio Coentrão proporcionou duas enormes defesas ao guardião da equipa britânica e foi talvez um dos melhores em campo.
Fica todavia uma ou mais questões em aberto:
1 . terá o Real capacidade para arrancar do Teatro dos Sonhos um resultado positivo?
2 . onde está esta equipa, que hoje subiu ao relvado, nos jogos da Liga Espanhola?
E finalmente:
3 . resistirá Mourinho a mais um desaire, se não passar aos quartos de final?
Estas e outras perguntas ainda não formuladas ficarão a aguardar resposta até dia 5 de Março.
RonaldoEu sei que esta fotografia vai correr blogues e mails, que vai ser tema de debates e discussão, mas depois do que vi hoje já sei quem vai ser o melhor do Mundo… Fernando Torres de seu nome.
Vencedor da Taça de Inglaterra e melhor, vencedor da Liga dos Campeões já marcou neste europeu dois belos golos. E para que não haja dúvidas entre um bom jogador (CR7) e o melhor do mundo nada melhor que estas imagens.
Uma noite, num jantar, dizia-me o saudoso Vitor Damas: só os bons guarda redes é que dão frangos, os melhores nunca dão!
Por isso não me venham com desculpas e dizer que todos falham. Os bons falham os melhores jamais…