Um Tour das... Arábias
No final da etapa de ontem do Tour de France pouco se especulava sobre o vencedor da Volta à França. Entre primeiro e segundo havia uma diferença de perto de um minuto que muitos acharam assaz suficiente para Roglic continuar de amarelo até Paris.
Todavia faltava ainda uma etapa, para além da etapa de consagração reservada para amanhã. Um contra-relógio de pouco mais de 36 quilómetros, mas com uma chegada em subida.
Os atletas foram saindo, um a um, até que partiu o esloveno Tadej Pogacar da UAE Teams Emirates, segundo classificado da geral individual, a 57 segundos do compatriota de amarelo vestido, sendo este o último a partir dois minutos depois.
Foi um final épico. A cada pedalada de Pogacar a distância entre ambos diminuia a olhos vistos e depois cresceu quando já tinha eliminado a diferença temporal. Um exemplo de tenacidade, esforço e espirito de sacrifício.
O atleta esloveno ainda de amarelo bem que tentou diminuir a vantagem do seu compatriota, mas tal foi impossível. E quando chegou à meta tinha perto de dois minutos de atraso em relação ao melhor tempo feito por Pogacar.
Mais uma vez fica provado que as vitórias só são efectivas quando tudo acaba e não há nunca vencedores antecipados.
Uma etapa que ficará na história deste Tour e na história do ciclismo mundial.