Ontem entregaram-me em casa esta arca, que eu tinha mandado forrar,
cujo destino era ser devorada pelas chamas numa qualquer lareira.
A antiga dona era uma prima que ma ofereceu, provavelmente na espectativa de que se libertaria de lixo. Mas como aprecio estes objectos (por vezes demais) entreguei-a a um amigo de infância na aldeia que com paciência e muuuuuuuuuuito tempo a restaurou.
Finalmente trouxe-a para a cidade e pedi a um estofador para a forrar por dentro. Chegou ontem já perfeitamente arranjada.
Agora falta encontrar um local em casa para a colocar...
Há muitos anos alguém me ofereceu uma telefonia (mais uma) daqueles de válvulas muito usuais em Portugal após a Segunda Guerra Mundial. Dizem que muitas daquelas vieram por troca do volfrâmio que o país exportou para o 3º Reich.
Bom... seja como for estes aparelhos são todos muitos curiosos e diferentes. Mas este que recebi tem o condão de ser bem português.
Quando chegou à minha mão vinha em muito mau estado com as folhas de madeira que a forravam descoladas, algumas partidas e também espaços já sem elas.
Como conheço um restaurador entreguei-lhe, no início deste Verão, o aparelho para ele restaurar. Com calma.
Recebi-o hoje neste estado:
Este restauro é realmente uma autêntica obra de arte, mas nem digo quanto me custou o trabalho.
Tal como havia prometido aqui, chegou ontem a casa mais um relógio de parede. Antigo relógio de ponto este "Simplex" (terá sido a esta marca que o outro veio buscar a ideia?) veio de Serpa onde no Museu do Relógio se sujeitou às mãos habéis dos mestres relojoeiros que fizeram um trabalho fantástico.