Respeito: a arte do cidadão
Quando há mais ou menos 40 anos entrei a primeira vez num automóvel para nele aprender a conduzir recebi a primeira lição que surgiu em forma de pergunta:
- Qual a diferença entre velocidade excessiva e excesso de velocidade?
Não me lembro de sequer ter tentado responder pois o instrutor cuidou de o fazer:
- O excesso de velocidade é a aquela velocidade que cada condutor acrescenta à lei, a velocidade excessiva representa a tua incapacidade, mesmo que vás devagar, em parar no espaço livre e desimpedido à tua frente!
Uma lição que ainda guardo e sempre que me lembro. Não obstante não ser um "acelera", infelizmente já fui multado duas vezes por andar em excesso de velocidade.
Sinceramente não me revejo nas limitações de velocidade que o nosso Código de Estrada nos impõe. Ou em alguns locais mais específicos. A verdade é que nenhuma das imposições anteriores minimiza os eventuais acidentes rodoviários, sendo apenas fórmulas quase subtis do Estado angariar mais uns cobres em multas.
Apercebo-me demasiadas vezes que é na falta de civismo dos condutores que reside grande parte dos acidentes rodoviários. Os denominados "desembaraçados do volante" serão, em grande parte, os maiores culpados de alguns mais arrepiantes.
Nota-se esta postura, por exemplo, nas filas de trânsito onde muitos desembaraçados são incapazes de respeitar quem chegou primeiro. Um horror e um perigo! E claro nunca há polícia atenta.
Concluo com a ideia de que o respeito pelos outros não se ensina só na escola. Aprende-se em casa na relação com a família, com os amigos e acima de tudo com os estranhos.