Ideias de fim de férias!
Comummente mistura-se Igreja, religiosidade e fé tudo no mesmo pacote, como se fossem a mesma coisa.
Sou assumidamente um homem de fé mas não sou nem teólogo nem filósofo de forma a que possa explicar de forma correcta qual a diferença entre aquelas três definições. O que a seguir tentarei escrever é unicamente ensaiar a opinião de um leigo.
Assim sendo, comecemos pela Igreja que aqui não corresponde claramente aos edifícios espalhados pelo Mundo mas unicamente à Igreja como poder. Esta foi na sua génese criada para se poder espalhar a palavra de Deus, mas como foi erigida por homens e comandada por estes, acabou por cair no erro de se tornar uma força muitas vezes com (demasiado!) cariz político.
A religiosidade baseia-se obviamente na fé mas tem mais a ver com a forma como cada um interpreta e aplica esta no mundo que o rodeia.
A fé será o acreditar que somos mortais, que a vida é somente uma passagem e que há Alguém que, para o bem e para o mal, olha constantemente por nós.
É esta fé que bem conotada com a religiosidade cria e engradece a Igreja. Aquela faz-se de obras, de entrega, de disponibilidade em prol dos mais pobres e mais necessitados. De outra forma a palavra do Evangelho seria um mero manual de boas acções a praticar…
Lembrei-me de escrever isto depois de ter lido este texto do Ricardo no seu fantástico blogue. Um homem assumidamente sem crença mais claramente com mais fé (e provavelmente com mais obras!!!) que muitos que se autointitulam religiosos. É nesta postura que reside a grande diferença..
Porque a fé constrói-se dia a dia no relacionamento com os que nos rodeiam, na permanente abertura para os que mais sofrem. Esta é a verdadeira religiosidade e Igreja.