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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Por amor tudo é válido?

Este texto é, por assim dizer, uma continuação deste meu post, escrito há uns dias. Desta vez abordo não a relação de duas pessoas mas o sentimento que as une ou desune e as respectivas consequências. E este sentimento tem sempre um nome primeiro: amor!

Por amor tudo se suporta, ouvi eu há muitos anos, dito por alguém próximo. Mas será mesmo assim? Será mesmo o amor o único sentimento que mantém a chama de uma relação?

Reconheço e aceito que por amor se fazem muitos (por vezes demasiados) sacríficios. Mas terá obrigatoriamente de ser sempre assim? A resposta é obviamente difícil e depende da capacidade de cada um tem para aguentar, fisica e psicologicamente, o que lhe vai sendo apresentado.

Há quem ao primeiro embate desista de uma relação só porque não está para se sacrificar e há quem nunca desista porque entende que o amor tudo aceita, tudo aplaca mesmo que com isso perca toda a sua identidade. Ora o mais certo seria explicar à outra parte que algo está mal e que está a sujeitar a um sacrifício anormal. Para isso é necessário que o diálogo franco e aberto seja o lastro da relação. Isto é, se alguém pedir sacrifícios ao outro sem disso ter verdadeira consciência, é bom que seja antecipadamente avisado do que está a pedir e que poderá terá custos... Se assim não for alguém deixa de ser quem é, para passar a ser escravo de outrém! E isto não me parece bem. De todo!

O amor deve ser um sentimento mútuo muito à imagem do "eu dou mas também recebo". Mas neste dar e receber não é necessário quantificar nem qualificar. Basta estar permanentemente disponível. E é esta disponibilidade ou não que naturalmente define o amor que se tem pelo outro.

Nos tempos que correm só vive numa relação pouco disponível quem quer!

Porque por amor nem tudo é válido.

A teoria e a prática!

O dia de hoje foi passado em formação.

Tal como vão ser os próximos dois. Um curso em Comunicação, deveras interessante, com um monitor congregador de (boas) ideias. Todavia este curso deveria ser plasmado no futuro, nomeadamente nas relações interpessoais do meu trabalho e na relação com a equipa com a qual estou directa ou indirectamente envolvido.

Mas infelizmente isto não passa de pura teoria. Por muito que o formador nos tente sensibilizar, tudo esbarra num conjunto de conceitos presos a cada um de um nós e dos quais não gostamos de abdicar nem sair da zona de "conforto" a que nos habituámos. No entanto concordamos com tudo, dizemos que sim com a cabeça, mas cá dentro reside um virus que vai contrariando a teoria que nos vai sendo ministrada. Deste modo, ouvimos que a assertividade é uma "coisa" fantástica mas no íntimo dizemos: "Pois, pois... dizes isso porque não conheces o meu chefe".

E acaba por ser verdade. Na maioria dos casos, as teorias que nos apresentam são fantásticas, mas chocam indelevelmente com uma prática interna muito pouco apta a aceitar novas regras de "jogo".

As grandes organizações gostam de mostrar capacidade para aceitar estas novas regras. Todavia nem sempre o conseguem.

Lembro-me, para exemplificar o que disse atrás, do que um dia um Director-Geral de um Ministério me confidenciou vai para perto de quarenta anos:

"Quando mudam os governos, vem novas ordens para alterar tudo. E eu não altero nada! Porque logo cai o governo e o seguinte volta a colocar tudo como estava antes. Sem mexer um palha poupei ao Estado dinheiro e recursos."

Estávamos em 1978!

Infelizmente ainda é assim!

 

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