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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Nem bons ventos, nem bons casamentos!

Estamos a poucos dias da tomada de posse de Donald Trump. E esta tomada de poder pelo mais polémico candidato que há memória nos Estados Unidos pode originar, para já, duas reacções.

A primeira prende-se com o prometido fim de guerra na Ucrânia, ideia que me surge como quase impossível, basta pensar que do outro lado existe outro louco. A segunda prende-se com uma eventual batalha comercial com a China, com consequências imprevisíveis.

Não tenho qualquer tendência a ser analista politico, mas tendo em conta a minha idade, o que já vi e vivi, ao que terei de somar o que aprendi, diria que os próximos tempos vão ser bem curiosos, acima de tudo por aquilo que se poderá ganhar ou perder com esta nova entrada de Trump na Casa Branca.

Obviamente que os olhos do Mundo estarão quase todos virados para Washington e para aquilo que sairá da cabeça e das mãos do próximo Presidente americano. 

Porém e por aquilo que já foi capaz Trump de fazer ou de não fazer, temo que os próximos tempos não nos tragam bons ventos.

E muito menos bons casamentos! 

O chamariz da Paz!

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia é no actual contexto mundial assunto permanente em todas as reuniões de alto nível. Imagino eu!

Mas nestas coisas da política internacional nem sempre o que parece é (quase nunca!).

Vejo alguns presidentes de países a chegarem-se à frente no sentido de encontrarem meios e fórmulas de obterem a paz. Reparem que quem conseguir mediar este conflito de forma a alcançar o fim da guerra, ficará não só nos anais da história Mundial como angariará um enormíssimo prestígio para si e consequentemente para o País.

Notei isso com a visita do Presidente chinês Xi Jinping à Rússia. Como percebi a mesma ideia, logo no início do conflito, em Erdogan da Turquia, se bem que os interesses deste seriam também meramente locais. Agora escuto o actual Presidente Lula da Silva ao mostrar uma vontade de estar no centro das grande decisões internacionais. E o fim da guerra pode ser (será certamente) uma delas.

O problema porém está do outro lado da guerra, onde dois contendores estão olimpicamente de costas voltadas para a paz.

Dois momentos e duas palavras de 2022

Estamos a dias de um Novo Ano. Não tenho por hábito fazer um levantamento do melhor e do pior que acontecxeu no Mundo.

Mas este ano de 2022 abro uma excepção para referir dois momentos que me tocaram profundamente.

- O primeiro, como não poderia deixar de ser, foi o início da guerra na Ucrânia que se denrola longe deste rectângulo, mas num ápice pode entrar pelas nossas casas. Uma guerra estúpida e imbecil como são todas as guerras. Não imagino onde e quando este conflito irá parar, mas tenho algum receio... no futuro!

- O segundo foi a morte da Rainha de Inglaterra, Isabel II. Alguém que conseguiu permanecer em cena durante muitos anos sem nunca se desviar do propósito de manter a sua "comunidade" unida em torno da sua "real" personagem.

Finalmente as duas  palavras deste ano de 2022 com a mesma carga serão:

- guerra - porque existe e é real

- paz - porque se procura e não há meio de ela se tornar realidade.

Oito meses de guerra!

Há oito meses iniciava-se um confronto bélido entre a Rússia, comandada por ex-agente da KGB, e a Ucrânia , liderada por um ex-humorista. Uma guerra para a qual não se vê fim à vista.

Todos as guerras são estúpidas, já cantava Boy George e os seus Culture Club nos anos 80, e esta no coração da Europa parece ser ainda mais imbecil que todas as outras.

Se Putin pensava que iria invadir a Ucrânia sem custos, então deveria ter pensado melhor. É que para além de estar agora (quase) só no Mundo, a Rússia perdeu muito do seu poder económico com a questão do gás e do petróleo, pois deixou de ter clientes para os seus produtos energéticos.

Os ditadores ou tiranos são geralmente pouco inteligentes. Valem-se de algum verbo mas essencialmente da força contra os outros, não contando que do lado de lá poderá haver quem de maneira inteligente consiga refrear os ímpetos violentos.

Entretanto as sansões que os oligarcas russos têm sofrido, especialmente nas suas contas bancárias, as constantes baixas nas tropas e a dificuldade em ter o povo a seu lado, estão a encostar Putin contra a parede.

Obviamente que o Presidente russo jamais teria coragem, quanto mais humildade, para perceber e assumir que esta guerra estava perdida ainda antes de ter início. Mas já teve tempo e oportunidade de refrear os seus ímpetos bélicos.

O futuro pode ser negro, muito negro e seria bom que alguns donos deste Mundo (leia-se grupo Bilderberg) percebessem quanto antes que esta guerra jamais terá um vencedor!

Só derrotados!

Repetir a história

Recentemente tem vindo à minha memória uma das imagens da minha juventude e que se prende como acordo de PAZ em Paris que envolveu os dois Vietnams (norte e sul) e os Estados Unidos.

A imagem que me refiro via-a no já extinto jornal "A Capital" quando regressava a casa vindo da escola. Como andava sempre com dinheiro à conta para o autocarro nunca comprei o dito vespertino, mas guardei a capa até aos dias de hoje.

Recordo, se a memória não me atraiçoa, que podia ler-se no jornal a palavra "PAZ" em letras garrafais, acompanhada de duas mãos que se apertavam selando um acordo e que ocupavam toda a prineira página.

Quando vou lendo o que se passa actualmente na Ucrânia gostaria de ver repetida essa história que eu acima evoquei.

Será que algum dia conseguirei?

Os meus receios!

Ando genuinamente preocupado com esta guerra, que não obstante decorrer a muitos milhares de quilómetros deste rectângulo, virá a influenciar o futuro do Mundo.

Quando no dealbar dos anos 90 a antiga Jugoslávia se desmembrou originando uma guerra civil culminando na independência de uma série de países, nem nessa altura tive qualquer receio.

Mas chegado aos dias de hoje temo francamente o pior… Porque é uma guerra sem sentido e criada na cabeça de um lunático que tenta reerguer a extinta URSS.

Depois há zonas na Ucrânia afectas à Rússia como são Donbass e Luhansk e que se autoproclamaram independentes. Situação que a Ucrânia não aceita.

No entanto é sabido que o âmago desta guerra nada tem a ver com os grupos separatistas, a maioria pró-russos, mas tão somente a aproximação da Ucrânia à União Europeia e consequentemente à NATO. Se tal acontecesse a posição da Rússia na Europa sairia demasiado enfraquecida, situação com a qual Putin politicamente falando não conseguiria resistir.

Entretanto também a Suécia e a Finlândia mostraram interesse em aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), enfurecendo Putin.

Quando pensávamos que já tínhamos vivido tudo de mau com a pandemia, eis que surge uma guerra estúpida (como cantou Boy George e os Culture Club em 1984), de sequências e consequências imprevisíveis!

Teorias (parvas) de conspiração!

O jornalismo é uma profissão tramada. Anda um jornalista dias e dias a trabalhar tendo como pano de fundo determinado assunto, por exemplo a pandemia com Covid19, para de um momento para o outro nada disse ter importãncia e ser transferido para o outro lado da Europa todo o interesse e atenção.

Obviamente o que escrevi é uma mera brancadeira, todavia com a invasão da Ucrânia pelas tropas Russas todos os outros assuntos passaram para segundo ou terceiro plano.

Desde o Coronavirus à inevitável subida das taxas de juro com a consequente subida da inflação ou a crescente subida dos combustíveis, nada agora interessa. Não é que os problemas tenha desaparecido, apenas as atenções desviadas.

Provavelmente alguns teóricos da conspiração dirão que tudo isto fará parte de um acordo prévio com contornos mais ou menos recambolescos.

No entanto os mortos em terras ucranianas continua a crescer. Infelizmente aqueles não fazem parte de nenhuma conspiração.

Novos receios!

O pior aconteceu e temos uma guerra na Europa.

Não interessa saber quais os motivos q8ue originaram este conflito bélico já com demasiados mortos, mas fico com a sensação de que a Europa fez muito pouco para evitar este desenlace.

A dependência europeia ocidental do gaz e petróleo russo deixou o velho continente quase de mãos atadas e incapaz de negociar ou levar os antagonistas a uma mesa de negociações.

Entretanto a China vai apoiando veladamente a Rússia enquanto do lado ocidental (leia-se Estados Unidos) não há uma reacção frontal e real a esta invasão. Nunca gostei de Trump, mas imagino este conflito com este na Casa Branca...

Recordo que nos anos 90 a Europa foi também palco de uma guerra que envolveu diversos países saídos da Federação Jugoslava. Mas esta foi uma demanda quase regional e não incluiu directamente a Rússia. Todavia desta vez a guerra envolve este enorme país que, sinceramente, nunca soube lidar com o desmembramento da antiga União Soviética.

Não bastava a pandemia que nos tem atentado nos últimos anos, a próxima subida das taxas de juros ou a escalada da inflação, ainda nasceu esta estúpida guerra que todos previam, mas que ninguém pretendeu evitar.

Sinceramente receio muito as consequências deste conflito.

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