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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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Sexta-feira... a santa!

O Papa Francisco exortou num belíssimo e recente texto que é muito mais importante cuidarmos uns dos outros que seguir algumas das estranhas regras da Igreja.

O caso de não se comer carne à sexta-feita durante a quaresma foi um dos exemplos, já que há muita gente a seguir esta regra de maneira quase fundamentalista, mas descura pais, filhos, netos, amigos.

Finalmente o Sumo Pontífice a dar luz e a mostrar assertividade neste tempo da Santa Quaresma. Na verdade de que serve eu seguir os preceitos todos que manda a Santa Igreja, para aquilo que deveria ser o mais importante, permanecer fora do nosso coração?

Há uns anos numa missa na aldeia, muuuuuuuuuuito antes da pandemia, o padre não pediu o abraço da paz entre os fiéis. Eu fiquei admirado para no fim perguntar a uma tia que estava presente se sabia a razão primeira daquela situação.

Ela respondeu que o Padre não o fazia porque sabia que dentro da igreja havia pessoas que não falavam umas com as outras por antigas demandas. Zaragatas na maioria tolas quase sempre por nacos de terra que não valiam um chavo. Mas ao fim do dia iam à missa como se através da eucaristia expiassem os seus pecados.

Considerei corajosa a atitude do padre que muito deveria ofender as doutas beatas.

Sou católico apostólico romano. mas há na comunidade da igreja demasiada gente a ousar enfrentar a Santa Palavra do Senhor!

Talvez a Sexta-Feira Santa tenha o simbolismo de uma vez no ano matarmos as nossas tristezas, dúvidas e bravatas para que no Dominngo de Páscoa possa haver um homem novo ocupando o lugar deixado por tudo aquilo que nos faz sentir menos felizes.

Pensemos nisto!

Quarta feira de Cinzas

Principia hoje a Quaresma.

Um tempo que requer predisposição para assumirmos que somos todos seres mortais nesta Terra e imortais se entrarmos no Céu.

Como católico gosto deste tempo de reflexão, de serenidade interior que nos faz falta. Serão 40 dias e mais os Domingos até que tenhamos novamente flores nas igrejas e se cante novamente o "Aleluia" na Eucaristia!

A carne que se deve evitar comer à sexta-feira não deve ser levada à letra, até porque há muita gente (como eu, por exemplo) que gosta mais de peixe do que carne.

O não comer carne serve essencialmente para percebermos até que ponto estamos dispostos a privarmo-nos de algo que gostamos. E até que ponto esse pequeno sacrifício nos impele a ver mais além.

Sei que muita gente neste dia queima os ramos benzidos no Domingo de Ramos da Páscoa anterior. No fundo para percebermos que tudo na vida é efémero. E as cinzas são o que sobra de nós depois da nossa passagem por este Mundo terreno.

Portanto... de que vale uma bravata se amanhã seremos somente cinza e pó? Que interessa termos quando o melhor é sermos!

Amigos;

Companheiros;

Camaradas;

Humildes;

Justos;

e acima de tudo

Verdadeiros.

 

Santa Quaresma!

Em Sábado de Aleluia...

Quando pensamos que a nossa boa vida de antigamente iria regerssar à normalidade, eis novo acontecimento para adiar aquela nossa vontade.

Há uns anos Portugal acorda com uma geringonça política que criando alguma estabilidade social, deixou o país economicamente pior do que estava, pelo menos os estudos de entidades isentas assim o afirmam.

Ainda não refeitos desta solução governativa, o PS ganhou as eleições em 2019 rasgando então o acordo com a esquerda que mais tarde devolveria esse não acordo com o chumbo do orçamento para este ano, obrigando na eleições antecipadas e originando uma maioria absoluta por parte do partido liderado por António Costa.

Entretanto a esquerda caiu nas eleições para valores mínimos o que traduz um pouco a ideia de que o povo não gosta muito de jogos políticos.

A meio deste trajecto surge uma pandemia, desvalorizada no dealbar pelas nossas entidades de saúde para logo a seguir pararem o país. Portanto desde 2020 que vivemos muito ao sabor das linhas vermelhas e verdes da pandemia. Com as óbvias consequências a nível económico, social e laboral.

Entra 2022 e no dia 24 de Fevereiro a Rússia entra na Ucrânia. Não bastava os últimos anos atípicos já referidos e somos brindados com uma guerra sangrenta, estúpida e aberrante, quase às nossas portas.

Chegámos à Páscoa e a guerra parece não dar tréguas. O Mundo vive suspenso sobre o que virá a seguir e nós mantemos a nossa postura procupada, não por aquilo que se passa lá fora, mas por aquilo que não se passa nas nossas vidas.

Somos um povo genuinamente obnóxio.

Rezar pela Paz no Mundo!

As quartas feiras seguintes ao Entrudo são a porta de entrada para a Quaresma. Quarenta dias mais os Domingos que nos distanciam desse dia fantástico em que a Vida venceu a Morte, numa sucessão de episódios e momentos marcantes para todos os católicos.

Os mais antigos jejuavam neste dia (o meu avô paterno era um deles). Agora apenas não se come carne, assim como às sextas-feiras e durante todo o tempo quaresmal.

Mas a Quaresma tem (ou deveria ter) um significado mais vincado nas nossas vidas. Não é por acaso que aquela decorre entre o fim do Inverno e o início da Primavera, num real simbolismo que plasmado nos nossos dias deveria significar uma renovada perspectiva da mensagem da Páscoa.

O lavrador lança à terra as sementes, para que estas cresçam e se transformem em novos frutos que, por fim, nos alimentarão. Da mesma forma a verdadeira fé católica tem por missão colocar nos corações de cada um de nós a semente de paz, concórdia e amor. Se esta semente germina e dá frutos é responsabilidade nossa. Depende se a regamos com ternura, disponibilidade, espírito de entrega ou, ao invés, nem sequer a regamos de todo.

Num momento em que a palavra Guerra soa ferozmente, seria bom que todos percebêssemos até onde somos capazes de chegar para tornar este Mundo melhor.

Não cabe somente ao Papa rezar pela paz. Também nós que professamos uma fé, seja ela qual for, temos o dever de o fazer!

Boa caminhada até à Páscoa!

Que se inicie a Quaresma

Hoje foi dia de Carnaval. Dia de folia para muita gente... e ainda bem.

Para mim, no entanto, foi mais um dia de trabalho na aldeia. Cortar lenha, carregá-la e arrumá-la para os próximos invernos.

Após três dias de renovados trabalhos agrícolas regresso à cidade para uma pausa.

Entretanto amanhã é quarta feira de Cinzas, dia em que se queimam os ramos do Domingo com o mesmo nome da quaresma distribuídos no fim da eucaristia do ano anterior. Neste mesmo dia há muitos e muitos anos o meu avô, homem católico e temente a Deus, partia de madrugada de casa e andava por lá o dia todo sem comer, levando apenas uma infusa cheia.

Um dia de jejum a que o meu antecessor se obrigava antecipando uma quaresma que se prentendia de preparação interior para a Páscoa, a pouco mais de quarenta dias de calendário.

Gosto especialmente desta época que me irá conduzir a momentos de imensa busca interior. Oxála consiga apaziguar esta minha alma tão dorida.

Há coisas que não consigo esquecer. E queria tanto!

 

Tempo de Quaresma

Hoje ainda é quarta-feira de cinzas, o primeiro dia da Quaresma.

Daqui até Sexta-Feira Santa decorrerão 40 dias, sem contar com os Domingos.

Este será um tempo de reflexão, de busca da serenidade para recebermos nos nossos corações, ávidos de esperança, a mensagem de Cristo Ressuscitado.

Cumpri também eu o desígnio deste dia ao fazer jejum. O meu avô fazia-o em todas as quartas-feiras de cinzas. Para seguir este ritual partia cedo de casa, ainda o sol não despontava, para só regressar já noite dentro.

Olho cada vez mais para a minha fé, não como uma tábua de salvação mas como uma linha condutora do meu futuro. Quantas vezes dou por mim a falar com Ele, a pedir-Lhe ajuda, a agradecer-Lhe as graças concedidas.

Cada vez mais sinto que é Deus que me leva e ampara neste caminho tortuoso e duro que a vida de todos os dias.

De outra forma não imagino se aqui teria chegado.

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