Não chamem a polícia!
A recente luta dos polícias levou a que alguns jogos de futebol não se realizassem por falta de segurança nos estádios.
Li que esta demanda poderá levar a que no próximo 10 de Março, dias de eleições legislativas, as coisas possam não correr da melhor forma, pois os boletins de voto poderão não chegar às urnas em segurança.
Lamento que se tenham de chegar a estes extremos, para que o Governo mesmo que demissionário, finalmente acorde para uma realidade para a qual deveria ter estado mais atento. Um bom governo não é aquele que se limita a resolver os problemas diários, mas os que podem (e devem) antecipar soluções antes dos problemas surgirem.
Tenho consciência que a luta das forças de segurança é obviamente justa e que mereceria um olhar mais atento do Ministério da Administração Interna e consequentemente do próprio Primeiro Ministro.
Sou filho de um militar. Não tendo sido da polícia ainda assim o meu pai sabia, e muito bem, os seus limites como efectivo militar.
Da mesma maneira os polícias deveriam ter cuidado com estas atitudes e formas de luta porque de uma momento para o outro tudo se altera. E se neste momento as pessoas entendem e apoiam a luta, num passe de mágica, esse entendimento popular pode cair por terra.
Achei curioso à ideia de que sendo o futebol, para já, o maior prejudicado logo o governo se chegou à frente para obter explicações.
Esta procissão parece ainda estar no adro da igreja. Certamente muita coisa ainda irá acontecer e nem prevejo as suas reais consequências!
Para já temos o futebol a meio gás e uma evidente ameaça sobre as próximas eleições.
Vamos aguardar pelos próximos episódios.