Já náo é a primeira vez que sou enganado pelas oliveiras. Por isso procuro muitas vezes o olhar mais habituado e conhecedor como deveria ser o do meu pai. Mas seja pela idade avançada ou pela própria preguiça que a doença o obriga, já não disponibiliza informação credível.
Passo a explicar: em vésperas da saída de Lisboa para a aldeia pergunto se a azeitona estará madura e pronta a colher. Depois onde é que haverá mais e assim sucessivamente.
Pensava eu ontem mais ou menos por esta hora da noite que neste momento estaria fazer contas ao azeite que adviria da medura entregue no lagar hoje.
Mas tudo falhou... Primeiro a chuva dura e persistente que me forçou a regressar a casa mais cedo e completamente encharcado e a ideia de que no Vale (nome do pedaço de terra e pedras) só três oliveiras teriam alguma azeitona.
O problema é que de tarde corri mais de uma dezena de árvores e ainda tenho pelo menos mais 15 para colher. O resultado está lá dentro do barracão com um conjunto de caldeiros de plástico todos cheios até quase bordar. E amanhã lá regressarei ao terreno de maquinaria em punho tentando despachar trabalho.
Portanto o meu experiente e velho pai errou este ano nas previsões da campanha da azeitona pois estão muito acima do que era previsto.
Ainda bem para os apreciadores de azeite cá de casa.
Já trouxe este tema aqui uma vez, mas venho hoje renovar a ideia de que os técnicos especializados em previsões metereológicas podem prever, mas "errem" muito, como diria um velho amigo.
Há muito tempo que não vi um dia de chuva como o de hoje. Os dias do Dilúvio bíblico devem ter sido assim... Calculo eu!
No entanto em diversos sítios da Internet que pesquisei nenhum deles previa este temporal. A chuva cai com força, sempre ajudada por um éolo pujante.
A rua está deserta. Pudera! Nem pessoas nem carros. As sarjetas por aqui estão desemtupidas o que equivale dizer que a rua tem pouca água a escorrer não obstante as torrentes.
Mas digam o que disserem gosto deste tempo assim... invernoso! Algo que os citadinos provavelmente detestam. O que vale nestas coisas da natureza é que ninguém manda.
Com tanta tecnologia, com tanto conhecimento, com tanta fartura de ideias e estes meteorologistas não acertam uma.
Ontem, escutei eu avisos de todas as cores e mais algumas sobre intempérie no País.
Porém em Lisboa o dia foi fresquinho mas de um sol convidativo ao passeio. Não imagino como foi no resto de Portugal!
Ora bem... só apetece dizer que as lusas previsões do tempo são mesmo me(n)teorológicas... como afirmavam com muita graça os "Parodientes de Lisboa" há algumas decadas..