Todos os anos quando o Estio surge com estas temperaturas tropicais começo a temer pelas nossas florestas.
Os fogos continuam a ser em Portugal uma enormíssima calamidade que ninguém quer ou sabe controlar. Por muito que se tente, se lute, se sensibilize, certo é que o calor nunca nos traz boas notícias, quanto a incêndios.
Ontem foi às portas de Lisboa. Hoje poderá ser em qualquer lado deste país que vive literalmente sobre brasas. Amanhã à nossa porta.
Sejamos conscientes quanto aos perigos dos incêndios. Deste modo ajudemos a Natureza a manter a sua beleza e força, tendo diversos cuidados.
Não será necessário enumerá-los, pois todos nós temos mais ou menos ideia do que se pode ou não fazer por esta altura.
A luta contra os fogos começa também connosco! Façamos a nossa parte.
Foi superiormente decidido pela geringonça que as matas teriam de estar limpas até ao passado dia 15 de Março. Mas não fosse o Senhor PR falar em eventual adiamento, provavelmente já existiriam por aí algumas coimas passadas.
Dificilmente esqueceremos as tragédias do ano passado, com mais de uma centena de mortes, a queda de ministros e altos responsáveis, como se estas demissões relevassem todos os erros cometidos.
Já aqui escrevi que o problema dos incêndios não se resolve por decreto. Há que pensar e assumir o que será melhor para a nossa floresta.
Eu, muuuuuuuuuuuuuito antes dos ditos decretos e prazos, fiz a minha parte derretendo milhares de euros nas fazendas do meu pai, de forma a evitar males maiores. Alguns destas intervenções foram feitas sob a capa de projectos, apresentados e aprovados pelo PDR2020.
Mas que nunca tiveram cotação orçamental.
Entretanto parece que o prazo para o corte foi prolongado. Todavia retenho ainda uma questão: as matas nacionais que são património do Estado estão todas limpas?
O senhor Ministro da Agricultura deve saber responder.
A prevenção, tal como a palavra o exige, deve fazer-se para prevenir. Ora, se para os incêndios aquela deu no que deu, com as nefastas consequências que todos infelizmente sabemos e ainda estamos no ínicio do Verão, creio que não seria dispiciente começar-se a pensar já no... próximo Inverno.
Ah pois... daqui a uns meses Iniciam-se es estações do Outono e do Inverno e com elas podem surgir fortes chuvadas que, ao contrário do fogo que se apaga com água, esta não tem antídotos. Leva tudo o que apanha pela frente (ainda estão recordados do Funchal em 2010?).
Deste modo coloco uma simples questão: será que alguém já reparou nas sarjetas no local onde mora? Se estão limpas, desentupidas? Pois... provavelmente não reparou. E os Serviços Municipalizados também não. O usual!
Só para dar um exemplo, à minha porta existem duas sargetas, uma em cada lado da rua. A do meu lado está completamente destapada sem haver qualquer perigo de entupimento. A maioria das vezes sou eu que o faço sem qualquer problema. Todavia a do outro lado parece um pequeno canteiro que até flores tem.
Resumindo... passado o Verão quente ou não, temos o Outono e o Inverno sem que ninguém, que eu visse até hoje, se preocupasse em prevenir eventuais inundações.
Se lá chegarmos e tivermos umas bátegas de água fortes com as sargetas entupidas como estão, provavelmente iremos ter grandes inundações. Com os inerentes e graves prejuízos.
Depois virá legislação e mais legislação para... nada acontecer como habitualmente, pois não é a legislação que evitará as inundações, os incêndios e outros desmandos (quase) naturais.
Só o verdadeiro e eficaz trabalho de prevenção. E esse, sinceramente, ninguém quer ter!