Após 10 dias na aldeia eis-me na cidade que continua na mesma... aceleração! Enquanto na Beira especialmente dentro das povoações os condutores andam devagar, nas urbes... tudo é auto-estrada!
Quando entrei na A1 o movimento cresceu bastante. Eu mantive uma velocidade entre os 80 e 90 quilómetros hora. Vinha carregado e não queria ter sarilhos. Depois já era noite e nestas alturas todo o cuidado é pouco.
Conquanto me aproximava de Lisboa maior era o movimento e mais depressa passavam os outros por mim.
Após dez dias num local calmo e sereno custa-me regressar à cidade sempre tão apressada. Sobretudo por saber que a pressa geralmente transforma-se em vagar.
É a hora de descansar já que estou a pé desde as 6 da manhã e só agora consegui parar (são neste preciso instante 23 horas).
O Domingo é geralmente o dia da semana em que escrevo mais tarde porque os temas não abundam e eu não ando por aí em busca de novidades para escrever sobre elas.
Este obviamente não foge à regra. Falar sobre covid já aborrece, sobre notícias tristes nem vale a pena, notícias alegres são cada vez menos. Portanto a minha escrita vai dormir mais cedo hoje para amanhã se levantar carregada de pujança.
Foi bom para mim este dia por ter simplesmente aqui chegado, Quando vejo tanta gente a pretender chegar tão depressa ao futuro!
Actualmente a vida passa a uma velocidade vertiginosa. Pelas minhas mãos e de todos nós... de tal forma que temos imensa dificuldade em antever o futuro com alguma segurança. Ou planificar alguma coisa...
Antigamente tudo era mais calmo, sereno, previsível... e com isso havia uma maior capacidade para controlar os acontecimentos.
Já me consciencializei que o futuro mais ou menos próximo vai depender da forma como olharmos para os acontecimentos que se nos apresentam e das ferramentas que utilizaremos para intrepretar os casos. Mas isso sempre foi assim´dir-me-ão alguns de vós. Verdade... Porém as plataformas que nos rodeiam e que entram pelas nossas casas poderão ter uma enorme influência nas nossas futuras decisões. E nem sempre com os melhopres resultados.
Por tudo isto talvez seja útil começarmos a pensar em alterar alguns hábitos recentes e regressarmos ao que faríamos há meio século.