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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

O meu número 17!

Tinha 17 anos quando, pela primeira vez, um texto meu apareceu publicado no extinto Jornal de Almada. Estávamos em Novembro de 1977 e ainda não passara um ano sequer sobre o 25 de Novembro e pouco mais de três sobre o 25 de Abril.

Portugal era então um país completa e politicamente à deriva com algumas forças partidárias a tentarem que o rumo político fosse um tanto diferente do que seguiu. Tudo era mal organizado e rodava em quase roda livre. Porém e em relação â escrita tudo era válido e não tinhamos medo de escrever o quer que fosse. Ao invés de hoje que temos de ter muito cuidado com o que vamos debitando não nos vá cair um processo em cima!

Perguntam o porquê deste entróito quase histórico? Na verdade tudo isto para fazer a ponte aos 17 anos deste blogue. Mais um número primo na minha vida...

Dezassete anos será na vida de um ser humano uma pequena parte daquilo que alguém poderá viver! O meu pai já soma 92 anos e ainda quer viver muitos mais! Portanto 17 é coisa pequena.

Noto com alguma tristeza que a blogosfera tem vindo a decair de actividade muito por culpa de umas quaisquer redes sociais que raramente ensinam alguma coisa de útil aos seus utilizadores, bem pelo contrário.

Não obstante esta triste constatação continuo a ser, quiçá, um resistente e mantenho aquela disciplina de todos os dias publicar um postal. Reconheço que por vezes não é fácil, mas até agora tenho conseguido escrever diariamente qualquer coisa. Nem que seja uma mera parvoíce.

Posto isto Muito Obrigado a quem me lê, a quem me comenta ou simplesmente a quem vem aqui para se divertir à minha custa.

Escrever num blogue assemelha-se ao pescador que lança a linha ao mar em busca de algum distraído peixe. Umas vezes pode aparecer um robalo daqueles que os mentirosos adoram gabar-se de ter apanhado, mas a maioria não apanham nada. Todavia aquele tempo ali gasto vale por muito nas suas vidas.

É assim que também penso sobre a minha escrita.

A gente lê-se por aí!

Orgulho lusitano!

É com imenso orgulho que escrevo estas linhas finais sobre a belíssima participação de Portugal no Campeonato do Mundo de Andebol que se realizou em Oslo no belo país dos fiordes.

Quem no dealbar do evento ousasse afirmar que Portugal terminaria num fantástico quarto lugar, seria provavelmente apelidado de tonto ou no mínimo de assaz optimista.

Porém a boa selecção portuguesa, desde o início desta fase final, mostrou ser uma equipa acima da média. Pela sua qualidade de jogo, pela forma como os atletas se dedicavam ao jogo, pela união dentro e fora do campo.

Lentamente os comandados de Paulo Jorge Pereira foram crescendo em qualidade de jogo e mais que tudo em coragem. Daí se ter eliminado a Espanha e a Alemanha (duas selecções potentíssimas!!!) e termos saído da nossa “main round” sem qualquer derrota.

Os nossos adversários, provavelmente, começaram a olhar para a nossa selecção de maneira diferente e tiveram de mostrar que tinham mais e melhores argumentos que nós. E fizeram-nos fazendo com isso que tenhamos saído desde campeonato com a moral valorizada e cientes que um dia mais tarde chegaremos lá-

O pior já foi feito… agora é manter!

Finalmente e tendo a real consciência que nenhum dos Heróis-do-Mar lerá o que aqui deixo escrito, ainda assim sinto que como português e amante de desporto, encarecidamente agradecer a todos, todos, todos (como disse um dia Papa Francisco!) as alegrias que me foram brindando (quase) diariamente.

Bem hajam!

O país que temos!

Ainda estou para perceber a razão da aprovação da desagregação de umas centenas de freguesias. Num país pobre como é o nosso o Estado continua a ser o maior sorvedouro de riqueza que vamos criando, sem que se veja melhorias significativas no país. Basta perceber o estado a que chegou o SNS e a Educaçáo, só para referir dois exemplos gritantes.

Todos temos mais ou menos consciência que um presidente de Junta pode vir a ser alguém destacado no seu partido ou como diz o povo "é de pequenino que se torce o pepino".

As freguesias são outrossim a forma mais simples de ligação entre o poder autárquico e o poder central, se bem que esta relação nem sempre seja amigável ou simpática.

Seja como for um presidente de Junta é alguém com algum poder, mesmo que a freguesia tenha poucos fregueses. Dito isto parece-me que as eleições autárquicas que ainda se realizarão este ano podem ser a razão da aprovação (quase) apressada deste diploma, já que é necessário distribuir uns lugares pelos amigalhaços partidários. Quanto antes!

Por isto e muuuuuuuuuuuuuuuuito mais seremos sempre, mas sempre o Portugal dos pequeninos. E não estou do parque da cidade de Coimbra!

Um exemplo de desportivismo!

Por causa de um caso de doping numa conhecida agremiação desportiva portuguesa, um atleta luso que havia sido convocado foi suspenso do Campeonato do Mundo, o que é naturalmente uma tristeza, todavia foi suficiente para eu saber que hoje a selecção portuguesa iniciaria a sua participação no Campeonato do Mundo de andebol, em Oslo.

A partida principiou às cinco da tarde e foi transmitida pelo canal2 da televisão pública, terminando com uma folgada vitória lusa. No entranto o que mais me espantou nesta partida prendeu-se com os árbitros ou neste caso... árbitras. Duas romenas impuseram as suas decisões sem haver qualquer postura anti-desportiva por qualquer dos atletas presentes. Achei piada à forma como ambas trabalhavam em conjunto num campo recheados de homens com quase o dobro do tamanho e do peso. A título de exemplo direi que Salvador Salvador, um dos esteios da Selecção Nacional tem 23 anos e “só” mede 1,97 de altura.

Tendo eu nascido numa época em que as meninas raramente praticavam desporto e nem pensar serem juízas desportivas, noto com elevado orgulho como os nossos atletas se mostraram tão respeitadores das decisões das jovens árbitras romenas. Um exemplo!

Por aquilo que tenho vindo a constatar o desporto tem-se mostrado paulatinamente muito mais aberto, que outras actividades, à presença do eterno feminino.

Infelizmente o futebol continua a ser a ovelha ronhosa deste Mundo já que, não obstante a campanha de algumas organizações, continua a léguas de ser uma actividade desportiva livre de preconceitos e misoginia.

É por estas e muitas outras...

... que somos um país atípico.

Hoje um médico comunicou que para fazer determinado tratamento levaria x dinheiro. Todavia não passaria factura nem recibo. Isto é, embolsou o graveto todo sem partilhar com a Autoridade Tributária.

Este é um exemplo perfeito da mentalidade portuguesa: fugir aos impostos.

Somos um país curioso. Detestamos os políticos que se aproveitam da sua actividade para abichar uns cobres, mas por outro lado aplaudimos quem consegue, de forma evidente ou velada, enganar o Estado no que respeita aos impostos devidos.

Depois somos publicamente capazes de dizer que somos gente seriíssima.

Não sou nada apologista desta filosofia de xico-esperto. Também não sou um santo, mas não compro a ideia de quem rouba o Estado está a fazer justiça, muito naquela velha máxima de "quem rouba um ladrão tem 100 anos de perdão".

Penso que quanto mais gente pagar devidamente os seus impostos, menores serão estes. Mas como se consegue enfiar esta ideia na cabeça deste teimoso e imenso povo?

Nem daqui a séculos este pensamento conseguirá ganhar espaço na nossa sociedade.

Entretanto vamos deixando que o virus anti-impostos se alastre.

Serenamente!

Coisas da "bola"!

Tenho lido por aí que há um europeu de futebol a iniciar brevemente. A exemplo do que aconteceu no último Mundial mas por razões diferentes, farei todos os possíveis por não ver. Nomeadamente os jogos de um conjunto de jogadores de nacionalidade portuguesa e com os quais eu não me identifico. Eu e muuuuuuuuita gente.

Acrescento se tiver que ver algum jogo com atletas representando as cores portuguesas, irei puxar sempre pela equipa adversária. Até que os portugueses levem uma coça tamanha originndo que os tecedores desta selecção sejam olimpicamente corridos.

Estão a ver a Suécia sem Gyokeres ou a Dinamarca sem Hjulmand. Pois não, mas os espertos lusos não levaram o melhor futebolista luso a jogadar em Portugal e que por acaso, só por acaso, faz parte da equipa ideal do último campeonato e escolhido por uma série de pessoas ligadas ao futebol. Não se entende... ou melhor muitos sabem o que se passa, mas assobiam para o ar. Provavelmente porque também ganham com isso. Digo eu!

Para rematar este postal recordo a célebre frase de Scolari em 2008: "e o burro sou eu"?

Deixai-os trabalhar!

Compreendo que a esquerda portuguesa ande ressabiada com a derrota nas passadas eleições. Ainda por cima os sucessivos ataques a um líder político só tiveram o condão de o tornar mais conhecido e com isso angariar tantos votos que a Assembleia da República vive perrmanenetemente sobre um vulcão pronto a explodir.

Mas será bom dizer que a culpa deste estado de coisas não é certamente da direita, que apenas fez o trabalho de casa. Foi a esquerda que durante oito anos deixou que o país caminhasse para um caos social nunca visto. A oposição fez apenas o trabalho que lhe competia.

Por muito que tentem arranjar desculpas, a verdade é que os portugueses não são burros nem parvos. Tivesse o PS com o apoio meio velado da restante esquerda, governado com competência, provavelmente outro PM estaria sentado em S. Bento. 

No futuro próximo tudo servirá para atacar o actual governo, mas faz parte do jogo político. O que importa é que os novos ministros e secretários de Estado se mostrem à altura dos desafios que têm entre mãos. Porque de outra forma continuaremos a marcar passo sem sair do lugar.

Portugal tem diversos problemas para resolver e já: habitação, saúde, educação, segurança nacional. Será bom que o foco esteja na solução destas situações.

Espero que Marcelo Rebelo de Sousa encoste o indicador aos outros partidos e lhes dè sinal evidente que os próximos tempos não serão para brincadeira política!

"Habemus" governo!

Finalmente já se conhecem os nomes do próximo governo. O XXIII desta república.

Poucas surpresas nos nomes, sendo que a maior delas seja a quantidade de mulheres como ministras (ao todo serão sete num governo de 18 pastas).

A partir de terça feira irão todos trabalhar para fazer deste país um local melhor para se viver. Seja para jovens e menos jovens! Ricos e pobres.

As criticas irão agora chover de todos os sectores políticos ainda antes de alguém poder fazer algo. É sempre assim!

Por mim dou o benefício da dúvida a todos. E só espero e desejo que nenhum deles seja envolvido em escândalos ou em processos judiciais como em casos recentes. Necessitamos de gente que aja, que ponha este motor a trabalhar, que retire as pessoas das depressões políticas que têm vivido nos últimos meses e anos.

Acima de tudo que este governo nos coloque a todos no caminho saboroso e renovado da esperança!

Os debates!

Os debates entre os partidos com assento parlamentar terminaram ontem após o "duelo final" entre Pedro Nuno Santos do PS e Luís Montenegro da AD.

Finalizada esta espécie de epopeia verbal fica a triste ideia de que estes políticos continuam a exibir de uma linguagem muito política, mas pouco esclarecedora das verdadeiras necessidades do País.

Tivesse eu força e tempo de antena faria a campanha pelo maior partido da nossa sociedade, não tendo, todavia, lugar na assembleia da República e que se chama... abstenção.

Faz tenpo que defendo que os portugueses não deveriam votar ou melhor se votassem que colocassem o voto em branco. Imaginem uma votação em que os votos em branco fossem muito superiores aos votos expressos nos partidos. Como se sentiriam os actuais lideres partidários? Como constituiriam um governo em que o povo não se reveria?

Demagogia, insensatez, imbecilidade e acima de tudo demasiada má educação resume de forma sucinta, este conjunto de troca de galhardetes entre os diversos partidos. Mas o que mais me chocou foi a postura de alguns lideres partidários ao mostrarem quase uma subserviência aos partidos maiores.

Portanto agora segue-se a campanha eleitoral que eu tentarei, por todos os meios ao mdeu alcance, não ver!

Como cidadão com os direitos (ainda) intactos irei votar. Mas a única coisa que sei neste momento é em quem não irei votar!

Os iliteratos que nos governam!

A iliteracia financeira é nos tempos modernos um problema grave e que ultrapassa os limites do bom-senso. É certo que nós, todos os dias somos aliciados para consumir! Uma espécie de "gastar vamos" sem rei nem roque que amanhã logo se verá!

Aquela ideia de poupar porque no futuro pode ser preciso está fora de moda e em contraciclo ao que hoje uma série de empresas nos oferecem quase por tuta e meia!

Também na política os diferentes e diversos governos têm usado da mesma iliteracia financeira do povo para ir governando este país a seu bel-prazer! Com as consequências respectivas e pagas por todos... Por aqueles que não gastaram e pouparam e por todos os outros que sempra viveram muuuuuuuuuuuuuuito acima das suas possibilidades.

Todos sabemos que Portugal é um país pobre, recheado de gente de mente pobre e de políticos mais pobres ainda, já que todos os dias há notícias de alguém na política envolvido em escândalos financeiros.

Imagino que a poucas semanas das eleições cada lider partidário venha agora publicamente e em pré-campanha prometer este mundo e o outro aos pobres portugueses, como se o dinheiro fosse algo inesgotável. E aqueles acreditam... porque o povo luso é sistematicamente enganado, mas gosta de o ser, não se importa nada... desde que façam almoços na Ponte!

Um político sério não é aquele que diz o que o povo gosta de escutar, mas o que fala a verdade da sua actuação futura. Mas destes ninguém gosta porque as pessoas odeiam escutar verdades!

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