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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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O Porto visto por um Lisboeta! #6

Gastronomicamente falando

A gastronomia do Porto é conhecida pelas suas francesinhas, pelas tripas, pelo cabrito ou pelas fêveras.

Naturalmente não sou muito apologista de experiências gastronómicas. Deste modo prefiro comer algo que conheça do que abraçar alguma aventura.

Pelo que me deu perceber o Porto está recheado de pastelarias ou confeitarias/padarias (ainda não entendi bem se são confeitarias que fazem pão ou padarias que produzem bolos!!!).

Seja como for e pelo que nos foi dado observar, as monstras deste tipo de estabelecimentos são autênticas obras de arte de bolos e outras doçarias.

Mas iniciemos então um mui breve roteiro de três dias mal medidos que estive no Porto.

Sexta-feira

Chegámos ao Campo 24 de Agosto pelas 11 horas. Ainda a tempo de um segundo pequeno almoço na pastelaria “Presa Doce”. O primeiro contacto será sempre o mais marcante e este deixou marcas bem positivas. Até o preço foi simpático.

Após muitos quilómetros entre “vielas e calçadas” como cantou Rui Veloso fez-se tarde e na Rua das Taipas encontrei num rasgo de sorte o restaurante “O Caraças”. Um local singelo, sem luxos ou ementas “gourmet”, mas com alheiras.

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Se na capital aquele enchido de origem transmontana é frito e acompanhado de batata frita e ovo estrelado a cavalo, foi com estranheza que a alheira grelhada nos foi servida com batatas, um ovo e uns grelos de nabos (daqueles que amarujam), tudo cozido. Tal como a foto documenta.

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A sobremesa trouxe-nos pudins franceses que estavam excelentes.

Acreditem ou não o almoço já tardio estava divinal. Não necessito de grandes luxos num restaurante, mas tão-somente comer bem e sentir-me em casa. A simpatia do pessoal foi outrossim digna de registo.

A noite já caira havia muito. Não tinha muita fome mas a cara metade desejava somente uma sopinha para poder ir descansar dos quilómetros palmilhados e dfas escadas subidas e descidas. Assim na rua dos Clérigos, ali mesmo à beira do ex-libris da Invicta entrámos numa casa onde nos serviram sopa, dois pastéis de bacalhau com queijo, algo que jamais comera e que não sendo algo fantástico... não é mau de todo e umas sandes de fêvera.

Uma refeição (quase) ligeira antes do merecido descanso.

Sábado

Pequeno almoço no hotel, café no Majestic como já havia aqui falado e lá fomos nós dar uma volta pela cidade. Com o passe "Andante" acabámos por ir até ao Castelo do Queijo e por fim a Matosinhos.

Foi nesta terra de pescadores que saboreei um dos melhores almoços dos últimos tempos. Foi um acaso encontrar o Restaurante Dom Zeferino. Poderei mesmo dizer que foi o melhor momento do dia.

O estabelecimento é muito agradável. o senhor Zeferino irradia simpatia e boa disposição que acaba por alastrar aos próprios clientes.

A sala é ampla, bem iluminada e sem cheiros desagradáveis a comida.

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Logo de entrada fomos brindados com umas mini pataniscas acabadas de fritar e soberbas... a lembrar cozinhas e sabores muito antigos.

Optamos a seguir por robalos grelhados, que haviam sido pescados nessa manhã pelo senhor Francisco, que tive o privilégio de conhecer.

O peixe veio bem acompanhado de umas migas de bacalhau que estavam, simplesmente, divinais.

Dom_Zeferino.jpg

 

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À sobremesa um pão de ló de Ovar que estava espectacular merecendo da minha mulher larguíssimos elogios que ecoaram durante diversos dias.

O vinho verde branco com chancela da casa era muito bom e estava estupidamente fresco.

O preço não foi barato, mas para quem já havia pago nessa mesma manhã 10 euros por dois cafés, também facilmente perceberia que aquele repasto merecera o dinheiro gasto. Local a repetir!

Ao fim da tarde alguém nos falou dos celebérrimos cachorrinhos da Casa Gazela ali bem perto da Praça da Batalha.

Nessa noite e ao mesmo tempo que decorria um jogo de futebol que originava menos gente nas ruas e nos restaurantes, fiquei eu adepto do petisco, não obstante não ter muita fome.

Domingo

Este foi o pior dia para comer. Num dia de chuva miudinha não tive grande ensejo de escolher outros restaurantes. Entrei numa churrascaria na Rotunda da Boavista onde comi frango assado (o cozido parecia ser optimo, mas decididamente não estava para ali virado). Serviço demasiado lento e sem qualquer motivo de interesse que não fosse matar a fome. Restou o preço... menos mau!

Regressei ao Campo 24 de Agosto, debaixo de uma chuva mais intensa, para apanhar o expresso para Lisboa, não sem antes voltar à pastelaria "Presa Doce" para um último café Portuense. Soube divinalmente!

O Porto, também aqui, no seu melhor!

O Porto visto por um Lisboeta! #5

Convictamente diferente...

Viajar pela bela cidade do Porto deu-me a hipótese de observar a capital do Norte por outro prisma.

Aprecio coisas diferentes e estou sempre atento ao que me é dado observar. Depois há curiosidades, momentos, escritos que nos marcam.

Vejamos então o que consegui reter...

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O amor é lindo! Será?

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Rossio na rua da Betesga? Ah não que estamos no Porto.

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Guardas atentos...

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Até parado sou multado... pelo radar!

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Isabel Camarinha passou por aqui?

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Nada como uma boa verdade!

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Serão estes os verdadeiros pássaros?

 

O Porto visto por um Lisboeta! #4

O Porto visto de cima

Há quem afirme que o ex-libris do Porto será a Torre dos Clérigos. Aceita-se.

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Todavia há diversos lugares donde se pode observar a bela cidade do Porto. Da torre da Sé

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de Gaia,

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da ponte de D. Luís,

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mas reconheço que da alta Torre se tem uma visão mais abrangente e claramente mais bonita da cidade Invicta.

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Só que de todas as imagens que guardei esta terá sido aquela que mais gostei.

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Não será obviamente a melhor de todas, até porque foi tirada com telemóvel, mas não sei porquê... gosto desta paisagem nocturna.

O Porto visto por um Lisboeta! #3

A caminho da Ribeira

Chegar à Ribeira do Porto

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é muito fácil: a pé via escadas, ruas e ruelas, 

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ou através de funicular.

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A zona ribeirinha da cidade Invicta é um local agradável repleto de gente vinda de todos os lados do Mundo, uma série de restaurantes e muitas ofertas turísticas especialmente ligadas a viagens de barco.

Do outro lado do rio podemos observar a zona das caves do Vinho do Porto da cidade de Gaia.

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O Porto visto por um Lisboeta! #2

A Baixa Portuense

Subi e desci a Rua de Santa Catarina por diversas vezes. Por ali vão coabitando em saudável despique boas lojas com um marcante e espectacular café, que foi e ainda é, um verdadeiro ex-libris da cidade Invicta.

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Aqui tomei o café mais caro de toda a minha vida. Cinco euros parece ser um valor um tanto exagerado, mas há pequenos prazeres que custam caro. Este foi um deles.

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Obviamente que tudo sob a égide da igreja das Almas,

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e mais ao lado na Praça da Batalha da igreja em homenagem a Santo Ildefonso.

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O Porto visto por um Lisboeta! #1

Introdução

A primeira ideia que muitas vezes temos, sobre o Porto é de que é uma cidade triste e cinzenta. Erro puro!

Sê-lo-á sim plúmbea, mas unicamente porque as nuvens não deixam a cidade em paz, já que quando o sol aparece a luz, que invade a Invicta, é fantástica oferecendo à capital do Norte um beleza inesquecível.

Chegar!

Chegar ao Porto é muito fácil. No meu caso, e tendo em conta os custos, optei por ir de expresso rodoviário. Muita escolha de horários tanto na ida como no regresso e uma viagem rápida, sossegada e sem sobressaltos. O terminal fica no centro da cidade com acesso rápido ao Metro.

Todavia há aviões, comboios e obviamente transporte próprio, que em todos os casos são na sua generalidade mais caros.

A cidade

Falemos então da cidade e do que tem esta para nos oferecer... E retenho aqui uma primeira ideia: há muita coisa para apreciar na Invicta. Desde monumentos, paisagens, arte com exposições, o Porto tem uma oferta digna de uma cidade moderna.

O coração reside na conhecida Avenida dos Aliados encimada pelo bonito edifício da Câmara Municipal e de todos conhecida. A este imenso espaço desembocam grande partes das melhores artérias da cidade.

A rua Sá da Bandeira, a rua dos Clérigos, a rua 31 de Janeiro entre outras. E já que o meu hotel estava ali na rua do Almada, nada melhor que iniciar pela fantástica estação ferroviária de S. Bento.

Um belíssimo conjunto de painéis de azulejos ilustram as paredes da estação da autoria de Jorge Rey Colaço.

O primeiro grande choque estava consumado.

Ainda assim ali muito perto a igreja de Santo António dos Congregados também mostrava a sua beleza de azulejaria. Todavia nitidamente mais pobre.

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Regresso!

Após três dias em visita pela bela e invicta cidade do Porto, eis-me de regresso a casa e à escrita.

Durante estes derradeiros dias li pouco e comentei ainda menos e quando o fiz foi de forma sucinta, qu'isto de escrever e responder via telemóvel nem sempre é fácil.

Este meu fim de semana irá ter direito aqui a umas breves crónicas em jeito de roteiro turístico. Com fotos associadas.

Direi apenas que o Porto superou, e muito, as minhas espectativas.

É uma cidade bonito, com muita vida e diferente da capital... Em (quase) tudo!

A gente lê-se por aí!

Reflexão em fim de época!

Acabou!

 

Finalmente acabou o Campeonato Nacional.

 

O meu Sporting ficou num mui pouco honroso 7º lugar, coisa nunca vista na sua história. Rio Ave, Estoril, Braga e Paços de Ferreira, exceptuando o clube de Bracara Augusta, são equipas que lutam habitualmente para não descer de divisão e terminaram acima do clube de Alvalade.

 

O FCPorto sagra-se campeão à custa de um Benfica muito pouco humilde. Nas últimas semanas, o clube da Luz, assumiu que bastava entrar em campo para ganhar os jogos. E foi este erro, que outros clubes mais propriamente o Sporting, já cometeram em tempos, que originou uma euforia excessiva e sem haver (ainda) razões para tal.

 

Curiosamente, este longo torneio, resume-se à imagem que foi visionada milhares de vezes: Jesus de joelhos, no Estádio do Dragão, após o segundo golo da equipa treinada por Vitor Pereira. Nesse preciso instante, Jorge percebeu que tinha o campeonato perdido para os homens de azul listado. E vergou-se à frente de toda a gente a essa evidência.

 

Agora é tempo das análises. Umas profundas, tentando desculpar o que não tem desculpa, outras demonstrando o impossível. Porque o futebol é feito disso mesmo: impossíveis.

 

No início era impossível o Sporting acabar em sétimo!

 

No princípio era impossível o Paços de Ferreira ficar em terceiro com acesso à pré- eliminatória da LC;

 

No dealbar era impossível serem as arbitragens a decidir os campeonatos, em vez dos jogadores em campo;

 

Ao contrário (eu sou sempre do contra?) do que muitos especialistas dizem e escrevem tenho a sensação que o Benfica perdeu o campeonato ao vencer o Sporting. Disto isto assim parece uma contradição. Mas passo a explicar:

 

Na verdade o problema não foi a vitória em si, mas a forma como foi conseguida: sem mérito desportivo e com demasiados casos de arbitragem. E, curiosamente, foram estes casos ou a forma como Jesus lidou com eles que destruiu a áurea de “quase campeão” que envolvia o Benfica. Muitos foram, que publicamente admitiram uma péssima arbitragem de João Capela, que ficará para sempre indelevelmente associado a este jogo. E o conjunto de críticas à arbitragem colocou os árbitros em “aviso amarelo”, passando nos jogos seguintes, a ter muito mais cuidado e competência nas análises dos lances entre o Benfica e os adversários.

 

É por isso que o clube da Luz acaba por empatar em casa com Estoril, fazendo com o FCPorto dependesse apenas dele mesmo, para voltar a ganhar o ceptro de campeão.

 

Quanto ao Sporting pouco mais há a acrescentar ao que disse atrás: fez a sua pior época, acabando com um saldo a zero entre golos marcados e sofridos. Passaram pelo banco, demasiados treinadores: Sá Pinto, Oceano, Vercauteren e finalmente o Professor Jesualdo. Mas o futebol só melhorou (quase) no fim… quando já havia pouco ou quase nada para ganhar.

 

Agora é tempo de saber quem ganha a Taça! Mesmo que seja o Benfica saberá sempre a (muito) pouco.

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