Esta noite entre as 20 e 30 e as 21 e 30 apaguei todas as luzes cá de casa, numa tentativa de ajudar o ambiente e consequentemente o planeta.
O Homem é um ser pouco poupado. Enquanto tem... 'bora lá gastar! Depois quando não tem tenta correr atrás do prejuízo, por vezes com resultados pouco animadores. Enfim... (debitei um suspiro!)
O ambiente é o problema do século XXI e seguintes (se alguém de hoje lá chegar!). Algumas iniciativas são de louvar, mas são uma gota no oceano.
Se olharmos para a situação de uma maneira realista percebemos que poupamos num lado, mas gastamos no outro. O exemplo primeiro do que acabei de escrever são os carros eléctricos. É verdade que não gastam combustível fóssil, mas quanto se gastará para que um veículo destes seja montado? Falo obviamente desde a sua génese e de todos os seus componentes e respectiva fabricação até à saída da fábrica para ir para um qualquer consumidor.
Os ambientalistas lutam arduamente por um planeta melhor, mas gostaria de saber como contribuem e se já fizerem as contas para perceber esse melhoramento.
Mal comparado, esta gente faz-me lembrar os médicos de cigarro na boca a dizerem aos doentes que não devem fumar, porque faz mal!
Enfim (novo suspiro!)...
Apaguei as luzes durante uma hora! E tu também apagaste?
Há muito que defendo a solução Novaiorquina de não se fumar na rua, nomeadamente em esplanadas, parques ou praças, não obstante o ar livre.
Em Portugal tirando alguns restaurantes, pastelarias e bares a rua tornou-se o sítio ideal para fumar. Em tempos referi o elevado número de pessoas que se concentram à porta dos seus locais de trabalho para queimarem o seu cigarro (e os pulmões). Adiante...
Ultimamente tenho dedicado as manhãs a passear a minha neta. O destino é quase sempre o mesmo: o parque infantil. Aqui há um escorrega, dois baloiços e outros apetrechos para a brincadeira. O chão é de uma matéria quase mole que não magoa as crianças nas normais quedas. São quadrados perfeitos encostados uns aos outros, quais ladrilhos.
Porém há entre eles alguns espaços onde se depositam areias, muitas folhas secas das árvores que rodeiam o parque e... demasiadas pontas de cigarros. Um horror!
Ora uma criança é um ser curioso por natureza e vai daqui aquele rolo pequeno no chão que quase se assemelha ao giz que tem em casa é um chamariz (rima e é verdade!!!). De tal forma que num ápice a minha neta apanhou uma ponta de cigarro do chão para brincar.
Rapidamente a tirei da mão e avisei-a para não apanhar aquilo do chão pois era sujidade (ela já entende estas coisas, mulheres!). Voltou para o escorrega enquanto eu fui tentando perceber a quantidade de beatas espalhadas no chão de um parque infantil que poderia ter muita coisa menos... cigarros.
Ainda me custa entender como uma mãe ou pai acompanham as suas crianças ao parque de cigarro em punho. Para depois o largarem no local onde as suas crianças e as dos outros irão brincar!