A culpa é (sempre) dos outros!
Já por aqui venho observando que o nosso estado político estará ao nível de vão de escada. Desaparecidos alguns supostos senadores da nossa política, uns porque partiram deste Mundo, outros por que não se querem misturar com gentinha reles, ficaram uns indivíduos que pouco sabem da forma séria de fazer política.
Vendem "banha-da-cobra" como se esta fosse solução para todos os problemas do nosso país! Assim a modos daqueles feirantes que vendiam roupas a alto e bom som e de qualidade duvidosa!
Por tudo isto e se calhar não só, as pessoas começaram a ouvir outros políticos que apresentam um discurso mais assertivo, mas obviamente altamente demagogo. Certo é que pela Europa alguns partidos identificados com a Direita ou Extrema Direita passaram a ter mais voz, tempo de antena, mais votos e até já fazem governos (basta olhar para a Itália).
O que constato é que uma franja de homens e mulheres que toda a vida lutaram e trabalharam para ter um pequeno pecúlio, sentem-se anormalmente desiludidos com a actual estrutura política portuguesa, que não os defende nem aproveita. Ao invés a subsídiodependência é nesta altura o lastro pesado dos partidos de esquerda.
Agora vejamos... se a esquerda defende tanto os pobres como diz, seria suposto que numa futuras eleições ganhassem com enorme vantagem, já que somos um país de gente pobre. Todavia o que nos é dado oferecer, a esquerda continua em queda não sendo compensada pelos partidos de centro esquerda, levando a um incremento vísivel e preocupante da Direita.
Portanto quando (raramente) oiço um político de esquerda a falar, o discurso não muda há dezenas de anos centrando sempre na acusação da direita de tudo o que está de mal.
Lamento que os nossos partidos de esquerda não sejam capazes de mostrar trabalho e obra para conseguirem ganhar (ou pelo menos não perderem) umas eleições.
Cada vez estou mais de acordo com o que li há muito tempo de um escritor que não gosto, mas assino esta sua frase por baixo. Chamou-se José Saramago e reza assim:
“Quando a esquerda chega ao poder, não usa as razões pelas quais chegou. A esquerda deixa de o ser muitas vezes quando chega ao poder e isso é dramático.”
Entretanto do outro lado do Mundo há ministros destes.