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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

Dia zero!

Terminou ontem a campanha eleitoral. Que não vi nem ouvi e muito menos li!

Entretanto hoje é o tal dia de reflexão pré-voto. Ou dito de outra maneira é o momento dos eleitores ainda indecisos (e parece que são muitos!!!) escolherem finalmente quem querem ou desejam para governar este rectângulo à beira-mar plantado!

Há nisto tudo, todavia, uma certeza: nenhum dos eleitores pensa no país. Nenhum!

Pensam unicamente em si próprios e no que poderão vir a ganhar se vencer este partido em vez daqueloutro. Faz parte deste povo "que não se governa nem deixa governar" esta postura de lutar devagar, pois não quer que ninguém se magoe. Por isso ainda hoje há muita gente a agradecer a Salazar por não termos entrado na Segunda Guerra Mundial.

Eu, ao invés, afirmo sem receio que terá sido o maior erro político de Portugal do século XX, obviamente a par da Guerra Colonial.
Portanto... amanhã será o dia zero de uma nova política e de um novo governo. Ou será a repetição de algum anterior?

Estamos perto de saber...

A história pode repetir-se!

Estava eu preparado para escrever aqui mais uma parvoíce quando dei conta que activistas climáticos atacaram hoje o líder da AD, Luís Montenegro com tinta verde.

Provavelmente todos estes activistas ainda não eram nascidos quando um político, entretanto falecido, recebeu uns tabefes e uma paulada na Marinha Grande. Estávamos em plena campanha eleitoral para a presidência da República e a vítima do ataque foi Mário Soares, que nas sondagens da altura tinha apenas 6 por cento dos intenções de voto. Decorria o ano de 1986.

Na altura o empolamento ao ataque foi tão grande que Mário Soares acabou por ficar em segundo lugar obrigando a uma segunda volta e nesta levar o PCP de Álvaro Cunhal a aconselhar o voto em Soares, não obstante o ódio, quase visceral, do PCP pelo antigo fundador do PS.

Recordei-me deste bizarro episódio ocorrido há perto de 40 anos quando percebi estes ataques. Se a história se repetir o actual líder do PSD/AD tem a vitória, no próximo dia 10 de Março, garantida.

Porque sinceramente não estou a ver o Luís Montenegro com uma obra de arte!

A democracia em perigo!

Por vezes tenho medo dos meus pensamentos. É verdade, tenho medo... pronto!

Receio essencialmente que alguém os oiça, até porque posso sem querer e mesmo que seja de forma quase silenciosa verbalizar algum deles.

Isto para dizer que daqui a dois meses estaremos a comemorar o meio-século daquele que foi um golpe de esatado. A revolução dos cravos foi apenas um epíteto aproveitado pelo PCP para dar nome à sua ideia política. Que como todos sabemos nunca vingou neste País de gente preguiçosa, invejosa e de brandos costumes.

Hoje tenho mais cuidado com o que digo e escrevo, não vá eu ofender algumas alminhas que há meio século ainda nem existiam, nunca souberam o que foi viver sob a ditadura e muito menos o que foi a censura. Falam e escrevem, eles e elas, considerando que têm sempre razão olvidando que há outras opiniões e visões e que podem não coincidentes com eles. Então ofendem-se com isso!

Tenho a certeza que a democracia lusa tal qual como foi criada ou inventada pode não ser perfeita. Como nenhum regime político o é! Mas até há uns tempos convivia bem com ele. Todavia sinto-me cada vez mais apertado num espartilho de pensamentos e acções que me leva a sentir que é a hora de termos um novo 25 de Abril.

Que até pode ser a 24 ou a 26 do mesmo mês! Ou de outro mês qualquer!

Os debates!

Os debates entre os partidos com assento parlamentar terminaram ontem após o "duelo final" entre Pedro Nuno Santos do PS e Luís Montenegro da AD.

Finalizada esta espécie de epopeia verbal fica a triste ideia de que estes políticos continuam a exibir de uma linguagem muito política, mas pouco esclarecedora das verdadeiras necessidades do País.

Tivesse eu força e tempo de antena faria a campanha pelo maior partido da nossa sociedade, não tendo, todavia, lugar na assembleia da República e que se chama... abstenção.

Faz tenpo que defendo que os portugueses não deveriam votar ou melhor se votassem que colocassem o voto em branco. Imaginem uma votação em que os votos em branco fossem muito superiores aos votos expressos nos partidos. Como se sentiriam os actuais lideres partidários? Como constituiriam um governo em que o povo não se reveria?

Demagogia, insensatez, imbecilidade e acima de tudo demasiada má educação resume de forma sucinta, este conjunto de troca de galhardetes entre os diversos partidos. Mas o que mais me chocou foi a postura de alguns lideres partidários ao mostrarem quase uma subserviência aos partidos maiores.

Portanto agora segue-se a campanha eleitoral que eu tentarei, por todos os meios ao mdeu alcance, não ver!

Como cidadão com os direitos (ainda) intactos irei votar. Mas a única coisa que sei neste momento é em quem não irei votar!

O triste definhar do PCP

Quando há meio século se fez o 25 de Abril logo surgiu o PCP, o PS comomaiores forças políticas. Com a evolução do golpe de estado e a quase certeza da democracia rapidamente surgiram novos partidos.

Nas primeiras eleições para a Assembleia Constituinte em 1975 o PCP teve cerca de 12% dos votos correspondendo a 711 935 eleitores.

Se dermos um salto no tempo para as últimas eleições em 2022 temos o mesmo Partido Comunista que não chega aos 5% correspondendo a 238 962 votos. Isto é o partido da Soeiro Pereira Gomes perdeu meio milhão de votantes. Ora se eu fosse líder do PCP ficaria deveras preocupado.

E não me venham dizer que a culpa é da Direita. A esquerda em Portugal, especialmente através do BE e do Livre, tem crescido. Não tanto quanto muitos gostariam e desejariam, mas a verdade é que desde 2015 é a esquerda que mexe os cordelinhos do poder.

No outro dia vi e ouvi o debate entre Paulo Raimundo e Pedro Nuno Santos. Sinceramente fiquei com a nítida ideia de que o Secretário Geral do PCP estava mal preparado para o debate. Muito mal...

A verdade é que os comunistas mantêm o discurso como estivessem ainda no PREC, olvidando que o Mundo se alterou, as pessoas mudaram e o acesso à informção generalizada está ali à mão de semear.

O PCP teve no seu auge o apoio do trabalhadores das indústrias, transportes e obviamente agricultura (esta mais reflectida no Alentejo). Actualmente muitos desses antigos operários e trabalhadores rurais já não existem e os operários mais jovens não se interessam por sindicalismos nem reindivicações. O que equivale dizer que o PCP perdeu influência a nível operário e agrícola. Depois faltaram ais comunistas renovarem-se, mudarem o discurso, olharem para os problemas com visão de futuro e não como se URSS ainda existisse.

Se se confirmarem as sondagens que tenho visto, Paulo Raimundo pode ver o seu partido a perder (ainda) mais deputados.

Termino então com esta ideia: o País está envelhecido e o PCP muito mais! E é pena!

Pobreza franciscana... os nossos debates!

Quase a comemorar meio século de democracia, fico com a ideia de que esta é um conceito em vias de extinção. Hoje como o Mundo e a nossa sociedade estão a ser formatados, a ideia genuína do bem comum quase desapareceu. E uma das razões prende-se com a dificuldade dos lideres partidários falaram, a sério, dos problemas das sociedades. A sério e a fundo...

Isto percebe-se muito bem nos debates televisivos, pois o tempo para falar realmente dos problemas da nossa sociedade é tão escasso que quase nem merece a pena ver um debate. Também os representantes dos partidos são culpados porque, em vez de exporem as suas propostas para o futuro, passam o pouco tempo que têm a atacar políticas antigas ou outros partidos. A conclusão primeira que se tira disto é: não votes em mim pelo que apresento, vota por aquilo que sou contra!

Tenho vindo a dar alguma atenção aos encontros televisivos. A primeira irritação é aquele cronómetro indicando o tempo gasto por cada responsável político, a falar! Depois vem aquele discurso contra a tróica, ou a Europa, o Euro em vez de se esclarecer verdadeiramente o que se pretende para o futuro.

Li que até as sapatilhas da Mariana Mortágua foram mais faladas que as soluções que apresentou. Isto mostra que as pessoas já não querem ouvir estes políticos e que preferem saber mais da vida dos famosos ( oque comem, bebem, vestem, etc.).

É usual escutar-se referindo os políticos: são todos iguais, são farinha do mesmo saco! Diria que é quase verdade!

Mas... e muitos de nós não seremos outrossim iguais a tantos outros?

Finalmente estes debates só demonstram que a estamos muito longe de sermos um país evoluído e competente. Daí estes debates a roçar o sofrível!

A verdade dos comentadores!

Ontem, já noite dentro, lembrei-me das eleições para a Assembleia Regional Açoriana. Então ligueio uma televisão e abri num canal qualquer, que nem me recordo qual era.

Percebi logo pelas notícias em rodapé que a AD de 2024 tinha ganho as eleições, mas sem maioria absoluta. Que o PS voltava a cair, que o Chega subia e de que maneira, a esquerda mais radical continua no seu trambolhão! Portanto tudo normal após os sarilhos socialistas no Continente.

Entretanto no rectângulo superior dois comentadores trocavam ideias sobre estes resultados. Um dizia que sim e mais que também, outro nem por isso mesmo que o achasse...

Isto é, tentando fugir à brincadeira...  os comentadores televisivos devem pensar que o povo luso é todo ele cego ou... mouco. Porque vão repetindo por outras palavras o que na televisão está a passar.

Tudo isto não me aborrece porque já sei ao que vêem esta gentinha. Todavia sempre pensei que houvesse alguma inovação por parte dos moderadores.

Os comentadores por seu lado continuam a ser quase todos os mesmos, ligados aos partidos retirando por isso alguma clarividência.

E o pior é que se julgam os reais senhores da verdade, passando verdadeiros atestados de incapacidade ao povo português, olvidando que foi este eleitorado que votou Soares, Cavaco, Sócrates, Passos ou Costa.

Provavelmente gostariam alguns  quer o português fosse mais burro.

Felizmente não é!

Eles "andem" aí!

Li apenas agora que o Presidente da Câmara do Funchal pediu renúncia do cargo devido à situação que tem com a justiça. Em bom português diria: Cafôfo!

Tirando do episódio a brincadeira custa-me perceber como chegam estes tipos a lugares de destaque par depois serem apanhandos na curva, assim sem mais nem menos!

Ou dito de outra maneira custa-me entender estes políticos de meia tigela, que nunca souberam realmente o que foi trabalhar e continuam a querer viver à custa do erário público ou seja... dos meus impostos.

O problema é que a nossa justiça é lenta e permite que esta gente mesmo que acusada e condenada regresse... onde foi feliz. Veja-se o caso de Isaltino Morais no concelho de Oeiras qque depois de ci«umprida a pena numa prisão foi logo ganhar as eleições autárquicas.

Fosse Portugal um país de gente minimamente decente este tipo jamais voltaria a uma edilidade (nem como varredor!)

As eleições aproximam-se e a contagem de hipóteses continua. Para mim que já sou velho nada temo, mas para os meus filhos e netos o futuro prevê-se certamente muito complicado.

Curiosamente meio século após a implementação da democracia!

Os iliteratos que nos governam!

A iliteracia financeira é nos tempos modernos um problema grave e que ultrapassa os limites do bom-senso. É certo que nós, todos os dias somos aliciados para consumir! Uma espécie de "gastar vamos" sem rei nem roque que amanhã logo se verá!

Aquela ideia de poupar porque no futuro pode ser preciso está fora de moda e em contraciclo ao que hoje uma série de empresas nos oferecem quase por tuta e meia!

Também na política os diferentes e diversos governos têm usado da mesma iliteracia financeira do povo para ir governando este país a seu bel-prazer! Com as consequências respectivas e pagas por todos... Por aqueles que não gastaram e pouparam e por todos os outros que sempra viveram muuuuuuuuuuuuuuito acima das suas possibilidades.

Todos sabemos que Portugal é um país pobre, recheado de gente de mente pobre e de políticos mais pobres ainda, já que todos os dias há notícias de alguém na política envolvido em escândalos financeiros.

Imagino que a poucas semanas das eleições cada lider partidário venha agora publicamente e em pré-campanha prometer este mundo e o outro aos pobres portugueses, como se o dinheiro fosse algo inesgotável. E aqueles acreditam... porque o povo luso é sistematicamente enganado, mas gosta de o ser, não se importa nada... desde que façam almoços na Ponte!

Um político sério não é aquele que diz o que o povo gosta de escutar, mas o que fala a verdade da sua actuação futura. Mas destes ninguém gosta porque as pessoas odeiam escutar verdades!

Uma mulher às direitas

O país politico está a partir de hoje mais pobre com o desaparecimento da antiga deputada do PCP Odete Santos.

Não estando eu, politicamente falando (andei há muito tempo por outras esquerdas), no mesmo patamar da ora malograda militante comunista, ainda assim nutria por esta beirã radicada em Setúbal uma genuína simpatia. E porque não dizê-lo enorme admiração.

Recordo muitas das suas polémicas, mas assertivas intervenções parlamentares, que deixava muitos dos seus adversários políticos quase sem resposta. Dona de uma refinada ironia era fiel aos seus princípios ideológicos dos quais jamais abdicava.

Partiu hoje aos 82 anos de idade uma mulher às direitas!

É tempo agora de finalmente poder descansar... em paz!

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