Fiquei contente quando soube que a criança em Proença-a-Velha fora encontrada!
Quem como eu lida diariamente com uma neta com idade aproximada do petiz Noah nem imagina a aflição dos pais durante as 30 horas em que a criança esteve desaparecida.
Porém desde o dealbar desta situação que alguns acontecimentos me pareceram de cariz duvidoso. E tudo se adensou no meu pensamento quando o inocente foi, neste fim de tarde, encontrado a quatro quilómetros de casa (se fosse em linha recta), mas que teria de perfazer mais de 10 para chegar ao local.
Ora uma criança de 2 anos, por muito desenvolvida que seja, não apresenta tamanha aotonomia, Diria que morfologicamente seria quase impossível. Já para não falar de diversos cursos de água que teria de encontrar pelo caminho e demais impedimentos naturais. Depois houve a noite, a fome, a sede, o sono, o frio e quiçá a chuva. No fundo demasiados dados negativos concentrados numa só criança. Ainda por cima tão pequena.
Não quero, nem desejo especular sobre aquilo que se irá apurar, se se conseguir chegar a alguma conclusão, mas tenho a sensação de que a verdade sobre este estranho desaparecimento ainda estará muito longe de ser revelada.
Ficam portanto as boas notícias do aparecimento do menino, perduram as estranhas!
São 14 horas de uma tarde nem quente nem fria, muito por causa do vento forte que sacode os lisboetas. Percorro em passo rápido a Avenida Duque de Ávila no sentido da Avenida da República. Aquela artéria foi há uns anos surripiada de uma via para a entregar aos peões e essencialmente para ali colocar um corredor para as bicicletas e outros veículos de duas rodas.
Em sentido inverso ao meu um jovem percorre o tal corredor numa daquelas bicicletas de cor alface que se distribuem pela cidade. Com uma pequena nuance… carrega consigo também uma jovem.
Há um polícia de trânsito muito perto e que reparando no excesso de lotação manda parar o jovem. A rapariga desmonta e ambos seguem a pé empurrando a bicicleta até à “slot” de estacionamento mais próximo.
Ainda não tinha percorrido 5 metros e passa por mim também no tal corredor dedicado dois jovens empoleirados numa trotinete. Avançam rapidamente mas depressa deparam com o mesmo polícia. De dois rapidamente passa a um que sai dali apressadamente, antes que o polícia lhe pespegue alguma multa.
Mas o momento culmina com outro condutor de trotinete que de forma pouco responsável tricota por entre os transeuntes, ainda por cima fora do seu corredor. De súbito dá de caras com o polícia, que o manda parar e desmontar da trotinete.
Não ouvi o que o agente da autoridade lhe terá dito, mas o jovem não se livrou, com toda a certeza, de uma boa reprimenda. Parte a pé... deixando o veículo no meio do passeio. Provavelmente mais à frente terá pegado noutra trotinete, mas até lá não deve ter ficado muito contente…
Sigo o meu caminho a pensar num velho slogan de esquerda…
Na rua, como sempre, fica a carrinha de caixa aberta que uso para ir para a aldeia. Quando cheguei notei, isto é já ontem me haviam avisado da situação, que a parte da frente da carrinha tinha alguns estragos.
A minha rua só tem um sentido e desse modo estacionam os carros dos dois lados da via. Coincidentemente (ou talvez não) do outro lado da rua estava um carro também com estragos coincidentes com os da carrinha.
Durante toda a restante manhã e da parte da tarde andámos a tentar perceber se alguém da rua pegava no carro. Mas nada.
Posto isto falei com o meu mediador de seguros a contar-lhe o caso. E ele mandou-me falar com a polícia. Deste modo chamei os agentes ao local. Perante a situação escusaram-se e mandaram-me ir à Polícia de trânsito. Dirigi-me à esquadra, relatei o sucedido e perguntaram-me se tinha a certeza que fora aquele carro que fizera o estrago na carrinha. Respondi negativamente tanto mais que não houve testemunhas. Respondeu-me que sendo assim a queixa iria para arquivo.
Portanto e face ao que precede vou ter de ficar com o prejuízo sem saber realmente qual das Polícias deveria ter tomado conta do caso. Se é um caso... de polícia!