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Espaço de reflexões, opiniões e demais sensações!

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A Eça o que é de Eça!

Se Eça de Queirós fosse vivo provavelmente não quereria ir para o Panteão quando morresse. O que já li dele nomeadamente em "As Farpas" que ele escreveu em colaboração com Ramalho Ortigão sugere-me a pouca vontade que teria em ser um dia tresladado para o túmulo dos lusos heróis.

Sei que há uma demanda em tribunal, já com a família a recorrer a uma providência Cautelar para evitar a saída, dos restos mortais do grande romancista, para Lisboa.

Em termos meramente teóricos diria que concordo com a família. Mais... quem teve esta ideia deveria, em primeiro lugar, perguntar à família se o poderia fazer. Não imagino se alguém o fez e foi assim uma decisão à revelia dos herdeiros de Eça.

E porquê Eça? Porque não Camilo ou Herculano já que Garrett também lá está? Ou quem sabe Torga ou Pessoa? Nemésio ou Júlio Pomar? Vieira da Silva ou Cutileiro? Namora ou Almada Negreiros?

Por favor deixem os defuntos em paz e sossego e quem teve esta pouco iluminada ideia seria bom que se dedicasse à pesca, mas sem que o PAN soubesse.

Este é sem dúvida um tema menor que está a ocupar demasiado tempo aos tribunais e à AR. Até porque daqui a uns anos Eça será olvidado como já foram tantos e tantos bons escritores portugueses.

Por este andar ainda um dia o José da Xá também irá para o Panteão.

Digo já que não quero! Prefiro ser "cromado"!

Sanna Marin: uma PM (a)normal?

A polémica ao redor de uma festa onde a Primeira Ministra da Finlândia, Sanna Marin, participou parece ser mais uma daquelas confusões estúpidas e parvas com o único intuito de retirar da situação parcos dividendos políticos.

Se o caso tivesse passado na zona sul da Europa, muito mais sensível a estas situações do faz-de-conta ainda (quase) que aceitava. Só que na Finlândia a cultura política e social é, ao que sei, diametralmente oposta… Ou era, digo eu!

De uma forma desapaixonada diria que a PM finlandesa terá direito à sua normal privacidade enquanto cidadã. Não é por chefiar um governo que nos seus momentos de lazer deverá manter uma postura demasiado formal. Bem pelo contrário…

Acrescento o que fez nem foi crime, mas pura e simplesmente um acto de libertação pessoal numa festa de cariz privado, pois imagino que ser PM num país tão geograficamente próximo da Rússia não deve ser fácil. Ainda por cima com o processo de adesão à NATO a decorrer!

Entretanto e por aquilo que tenho lido, Sanna Marin parece ter “os ditos-cujos” no lugar, onde muuuuuuuuuuuuuuuitos homens não os têm! Talvez por isso e não só, ande muita gente a tentar estragar a sua imagem. Nem mesmo uma foto mais ousada de outras damas num acto mais íntimo me parece ser um caso relevante.

Recordo a alguns esquecidos da nossa praça, sempre tão ávidos a apedrejar os outros, que em Portugal já vi o actual deputado e líder do PCP, Jerónimo de Sousa, a dançar (e dançou até bem!) numa campanha para a Presidência da República, assim como vi o actual PR a colaborar também numa dança em Moçambique. Ambos fizeram-no no âmbito das suas funções políticas.

Tenho perfeita consciência que a senhora PM da Finlândia nunca lerá este meu texto, mas deixo-lhe uma frase de profunda solidariedade e que reza assim: os cães ladram, mas a caravana passa!

Às palavras ditas...

Uma autarca cá do burgo proferiu umas declarações sobre bairros sociais que cairam mal em alguns sectores. Especialmente no BE e no PCP.

Pegando no tema que abordou a senhora presidente da edilidade deveria ser mais comedida nas suas palavras. Já se sabe que há ideias que não podem ser ditas, arriscando a que aquelas se tornem armas de arremesso.

Não estou a criticar a essência do que disse, mas unicamente o estilo e a forma. Os bairros sociais em questão são de gente pobre, quase marginalizada. E deste modo não estou a imaginar a presidente da Câmara de Almada ir viver para um local daqueles. Mesmo que algumas casas tenham vista para o Tejo. Foi, no mínimo, infeliz das suas declarações.

Somos senhores dos nossos silêncios, mas totalmente reféns das nossas palavras. E Inês de Medeiros deveria saber isso muito bem. Tanto mais que é filha de uma jornalista e neta de uma escritora.

Há coisas que nunca se devem pensar... quanto mais dizer!

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