Desde há cerca de uma semana que o meu telemóvelo é assediado diariamente por chamadas oriundas... dos confins do Mundo. Sempre que atendo lã vem uma voz num linguajar que não é de Camões e acto instantaneo desligo a chamada.
Se alguns números vêm com indicativos da Lua, Marte ou do planeta AXJ-13, outros parecem tipicamente de operadores nacionais! E mesmo que bloqueie esses contactos, no mínimo manhosos, logo outros surgem com a mesma assiduidade.
Portanto a partir de agora só atendo os números que tenho na minha lista telefónica. Fora isso temos pena mas vão directamente para o lixo.
O que contei até agora são factos, pura e simples. O que me atemoriza é perceber quem é esta gente (marcianos não são de certeza) e o que é que pretendem com estas ligações... E pior é tentar entender como chegarm a este meu número, já que não tenho algumas das conhecidas redes sociais (o feicebuque raramente é usado e no instagram nunca tive conta).
Sou uma pessoa simples e de vida tão banal, sem qualquer tipo de interesse, não entendo porque desejam tanto falar comigo!
Antes de desenvolver o tema sobre a pirataria informática assumo que sou totalmente contra este tipo de actividade. A informática na sua génese é uma criação de um produto que depois será comercializado. Da mesma maneira que são os livros, discos ou filmes. Portanto diria que deveria estar sob a alçada dos direitos de autor. Todavia não sou jurista e nada sei de leis sobre assunto.
A pirataria informática é quase uma indústria paralela tantas são os sítios da Internet que disponibilizam conteúdos supostamente gratuitos que na origem seriam principescamente pagos. Mas é neste litígio de valores que assenta, provavelmente, a maior razão da pirataria.
Se pegarmos na SportTv temos valores que variam entre os 20 euros por mês para o mais básico até aos 40 euros com direito a tudo e "mais_um_par_de_botas"!
Vinte euros por mês dá 240 euros por ano o que equivale a quase metade do ordenado mínimo nacional. Ora se alguém conseguir aceder aos mesmos conteúdos por exemplo por 60 euros anuais (isto é quatro vezes menos) parece quase tentador que se deixe a plataforma legal para passar para a pirataria.
Se juntarmos a tudo isto canais com filmes... passaremos a estar perante um enorme dilema: pirataria sim ou não?
Deste modo, se bem que como já referi acima, não concorde com esta forma ilegal de ver televisão, também me parece uma espécie de forma de luta contra os preços, por vezes, exorbitantes que pedem pela visualização de certos canais.
Não seria mais sensato as empresas baixarem os preços para angariarem mais clientes? Provavelmente ganhariam menos individualmente, mas acabariam por sair beneficiados porque teriam mais gente a assinar as suas plataformas.
Entretanto no vastíssimo mundo dos jogos on-line há um pouco de tudo: acessos gratuitos e outros bem pagos. Mas tenho a ideia que neste as opções são muito maiores porque há muito mais escolha. Logo a pirataria é menos usual.
Não imagino como será daqui a uns anos, contudo fico com a ideia de que a pirataria veio para ficar... E por muito mais tempo do que se julgava!