Nunca fui pessoa para buscar fora de mim desculpas para os meus erros. Como nunca fui capaz de buscar louros nas vitórias dos outros. Porém estes pensamentos nem sempre me tm sido favoráveis... Não importa!
Gosto de me deitar todas as noites numa almofada onde repousará a cabeça e o espirito, consciente de que durante o dia dei o meu melhor. Nunca prejudiquei ninguém nem desejei mal a quem quer que fosse. Mesmo que muitas vezes olhassem para mim de soslaio. Ou me invejassem e dissessem mal de mim.
Estou bem comigo mesmo. Sei que não sou o melhor do mundo, muito menos santo mas também há por aí bem pior que eu...
Finalmente assumo que da vida busco somente a paz de espírito e a serenidade para a minha alma.
Quem simpaticamente aqui me visita sabe que sou católico. Mas não sou beato e muito menos fundamentalista. Tenho a minha fé assente em presssupostos que me foram, primeiro ensinados e só muito mais tarde por mim absorvidos.
Assim é normal que numa conversa eu acabe por afirmar a minha fé sem medos nem rodeios ou problemas de qualquer espécie. Por isso abomino que me digam: "Também sou muito católico!"
Ora há algo aqui que me parece profundamente errado, pois a fé não se quantifica e muito menos se qualifica. Das duas uma ou se tem ou não se tem!
Ou será que pretendem assumir que são um bocado católicos, um naco de hindus e um pedaço de muçulmanos? Ou só são religiosos quando lhes convém? Ou quando não interessa assumir qualquer religião até defendem o ateísmo?
Pois é... a religião nos tempos que correm é uma grande chatice! Mas eu até gosto de ter chatices
Creio já ter escrito neste espaço que a Terceira Guerra Mundial já teve o seu início há muito tempo. Se não, vejamos:
De um lado os Estados Unidos com uma dívida colossal, quase toda ela nas mãos dos chineses, continuam, ainda assim a imprimir notas de dólar. Até que um dia Obama ou um outro qualquer presidente declare que deixa de pagar… Aí a China, India e outros países chamados emergentes, vão acordar de um pesadelo.
Do outro lado observamos uma Europa, renascida das cinzas após a II Guerra Mundial, que teve até à queda do Muro de Berlim uma postura de alguma forma cuidada, muito devido à Guerra Fria e, acima de tudo, à bipolarização bélica, plasmada à época na NATO e no Pacto de Varsóvia.
Com o subsequente desmembramento da “Cortina de Ferro”, a unificação Alemã e a destruição da União Soviética – com as actuais (más) consequências –, a Europa passou a ser uma zona comercial demasiado apetitosa para uma China e outros países orientais, economicamente em crescendo.
A criação do Euro veio dar ao Mundo uma nova alma e uma opção na escolha de uma outra moeda como referência. Só que tudo não passou de um “flop”. E assim que o Lehman Brothers faliu, a economia derreteu-se deixando à mostra as fragilidades do Velho Continente. É aqui que entra então a Alemanha, que do alto do seu pedestal financeiro, vai alimentando os países mais frágeis (especialmente do sul da Europa) com as evidentes e obrigatórias contrapartidas.
Austeridade e mais austeridade, dívida impagável, economia destruída foram as formas dos Alemães, de forma subtil, dominarem a seu bel-prazer os países mais débeis.
Temos assim de um lado a China, senhora de muita dívida americana e alguma europeia, e do outro a Alemanha proprietária dos orçamentos dos países da zona euro com enormes dificuldades económicas. Entre esta balança ficou, todavia, a Grã-Bretanha que não estando na zona Euro, também não ficou imune ao descalabro económico europeu e mundial.
Assim sendo a Terceira Guerra Mundial não se joga nos velhos campos bélicos, mas nos corredores de um Banco Central Europeu, num Federal Reserve ou num Bank of China. E este jogo, em vez de eliminar milhões de pessoas, elimina milhões e milhões de empresas, expurgando a economia mundial de mui pequenos negócios que vão sendo placidamente absorvidos por empresas (muito) maiores.
Estamos (todos???) presos a acordos assumidos por governos democraticamente eleitos, sem hipóteses de renunciarmos a eles.
Deixámos assim de ser donos do nosso próprio caminho.